Estas e outras notas estarão em minhas colunas de amanhã nos jornais Super Notícia e O Tempo:
* Com muitos gols e bons jogos começou a decisão do Mineiro. O América mostrou de novo que é um time bem treinado e com opções de jogadas ofensivas. O gol de cabeça do Gabriel foi fruto de jogada ensaiada, até para escapar da marcação do Serginho, que vacilou.
Aos 30 do primeiro tempo Ricardo Bueno deu uma furada dentro da área americana e Dorival Junior acatou a exigência da torcida que pedia a saída do atacante. Neto Berola entrou em seu lugar e bagunçou a defesa do Coelho. Deu o passe para Patric empatar e voltou endiabrado no segundo tempo, virando o jogo. Um dos melhores em campo nestes 3 x 1.
Dia após o outro
Maldosamente o goleiro Fábio, do Cruzeiro, estranhou o placar de 7 x 1 do Atlético sobre o América de Teófilo Otoni. Porém, menos de uma semana depois, o seu xará Fábio Noronha, do próprio América, lamentou que muitos companheiros se deram por satisfeitos com o título de Campeão do Interior, e se empenharam menos que o normal, tanto nos 7 x 1 quanto nos 8 x 1.
Os dois goleiros estão certos, por um motivo simples: pelo menos cinco titulares estão negociados, com grandes perspectivas de futuro melhor, ainda na atual temporada.
Já foram
O zagueiro Luis Henrique, o lateral Bruno Barros, o armador Wellington Bruno e os atacantes Jonatas Obina e Rogélio Ávila.
Nenhum deles tem seguro, e como jovens, sonhadores por dias melhores, é óbvio que não se arriscariam tanto, já que a missão do América estava triplamente cumprida: ficar na primeira divisão; entre os 4 melhores, e de forma inédita, na Série D nacional.
Estão certos
Mais um público ridículo (2.818 pagantes) para um clássico como América x Atlético. Em rede nacional, no canal PFC, Zezé Perrella foi claro ao dizer que Cruzeiro e Atlético estão pagando a conta de 2014: o Independência não poderia ter sido fechado, sem que a dupla que sustenta o futebol mineiro fosse ao menos ouvida. Alexandre Kalil fez as mesmas lamentações ontem em suas entrevistas.
Lamentável
Pena que os editores de imagens das TVs, na maioria dos casos, só mostram a finalização das jogadas ou a bola entrando. Não exibem o início de tudo, que valoriza o trabalho que é feito nos treinos para que essas triangulações funcionem. Thiago Ribeiro foi fundamental nos 8 x 1, nos dois primeiros gols, mas quem vê a repetição na TV, nem fica sabendo que ele participou das jogadas.
Até o Ramires!
O Atlético ficará com Jonatas Obina, o América com Wellington Bruno, o futebol grego com Rogélio Ávila e o futebol carioca Luis Henrique e Bruno Barros. São os possíveis novos destinos da “espinha dorsal” do América-TO.
Psicologicamente isso afeta. Até Ramires, vendido pelo Cruzeiro ao Benfica, foi acusado de jogar menos que sabe na decisão contra o Estudiantes em 2009.
Explicável
Antes do jogo contra o Atlético o time comandado por Gilmar Estevam já tinha conquistado a condição de melhor do interior e vaga na Série D.
Tanto nos 7 x 1 quanto nos 8 x 1 foi um time passivo, que correu bastante, mas não deu um pontapé sequer e nem fez lembrar aquele América aguerrido que perdeu a duras penas, em casa, para o Cruzeiro por 2 x 1, com várias polêmicas, ou o que venceu o América na Arena do Jacaré por 2 x 0.
Agravante
O América-TO tinha uma agravante a mais contra o Cruzeiro: teria que se abrir porque o empate era favorável à Raposa. E abrir contra o atual Cruzeiro significa risco de quase 100% de tomar gols. Seja qual for o nome, qualidade do adversário ou local da partida.
O jogo estava até disputado, mas aos 21 acabou a dificuldade, com um gol muitíssimo bem trabalhado por Thiago Ribeiro para Montillo, este para Henrique marcar.
Massacre
O segundo foi mais bonito ainda, que confirma o conjunto e o futebol solidário do time: Thiago Ribeiro, Montillo, Gilberto, Walysson, Thiago Ribeiro e Gilberto para concluir. Em alta rotatividade, que deixar qualquer marcação zonza.
O resto foi consequência de desorientação total do adversário, que não sabia se tentava diminuir ou segurar e perder de pouco.
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