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Imprensa do Paraná destaca Marcelo Oliveira, o mineiro que “superou desconfianças”

Tomara que o Marcelo se firme entre os técnicos da prateleira de cima do futebol brasileiro.

Será ótimo para o futebol de Minas, que há anos não emplaca nomes desta área nos maiores clubes do país e na seleção.

O Coritiba realmente está se destacando, mas só mesmo no Brasileiro é que veremos se é pra valer ou mais um fogo de palha regional.

Veja números e fatos interessantes do Coxa na atual temporada, do site NoticiaFC.com, da Capital paranaense:

MARCELOOLIVEIRA

* “Superando desconfiança, Marcelo Oliveira conquista primeiro título”

 

Mineiro chegou quieto e foi um dos responsáveis pelo futebol vibrante

 

Se para o Coritiba a conquista do Campeonato Paranaense de 2011 é a 35ª em sua história, o técnico Marcelo Oliveira não pode dizer o mesmo. Como treinador, esse é o primeiro título de expressão ganho em sua curta carreira do lado de fora das quatro linhas.

Os primeiros passos foram dados em 2002, no Atlético Mineiro, clube no qual jogou e marcou época na década de 1970. No entanto, nas cinco vezes em que comandou o Galo, ele só teve espaço para atuar como interino. A última foi em 2008, depois de voltar de uma passagem pelo CRB-AL no ano anterior.

Como bom mineiro de Pedro Leopoldo, em 2009 ele esteve no Ipatinga. Aliás, sua cidade natal também serviu de berço para o médium Chico Xavier e para o jogador Dirceu Lopes, que ao contrário de Marcelo, fez história

no rival Cruzeiro. Inclusive, talvez seja em sua velocidade que o treinador tenha se inspirado para montar o campeão absoluto de 2011, guiado por baixinhos mais altos – mas não muito – do que Dirceu, de 1,62m.

Provavelmente os torcedores do Coxa só tenham ouvido o nome de Marcelo Oliveira quando este treinou o Paraná, em 2010. Embora tenha tido uma passagem duradoura pelo Tricolor, acabou amargando a fama de retranqueiro. No entanto, nada que impedisse o Verdão de contratá-lo ainda em novembro do ano passado para substituir Ney Franco, de partida rumo às categorias de base da Seleção Brasileira.

Diante de tamanha responsabilidade, a torcida iniciou 2011 com o pé atrás. No entanto, logo no início do Paranaense, Oliveira resolveu privilegiar o talento dos jogadores de frente e foi muito feliz ao apostar no esquema 4-2-3-1, com os três homens de meio-campo (Davi, Rafinha e Marcos Aurélio) chegando à frente o tempo inteiro.

Para aqueles que duvidam da permanência do sistema até o fim da competição, a resposta é a taça. Para o Coritiba, mais uma que ficará guardada no coração do torcedor junto com muitas outras. Para Marcelo Oliveira, a primeira de expressão como técnico, mas se tudo permanecer como está, a segunda pode chegar logo.

 

Dez motivos para o título do Coritiba

Notícia FC lista fatores que fizeram a diferença do time no estadual

O Coritiba foi campeão paranaense de forma incontestável. Na soma dos dois turnos, o Alviverde chegou aos 59 pontos e se o campeonato fosse por pontos corridos, já teria levantado a taça há muito tempo.

Mas porque tanta superioridade? O Notícia FC listou dez motivos para a invicta conquista do time de Marcelo Oliveira.

1 – Couto Pereira – sinônimo de vitória

O time jogou dez vezes em casa e venceu todos os jogos. O primeiro a sentir o ‘veneno’ foi o Paranavaí, no dia 20 de janeiro e o placar final apontou: 3 a 1. Cascavel, Iraty, Roma, Atlético, Operário, Paraná, Arapongas, Rio Branco e Corinthians-PR. Todos, nesta ordem, jogaram no estádio e saíram com mais uma derrota na competição.

2 – Manutenção de Marcelo Oliveira

Quando contratado para substituir Ney Franco, que foi comandar a Seleção Brasileira Sub-20, Marcelo Oliveira foi muito contestado pela torcida e boa parte da mídia colocava em dúvida o seu trabalho. Nem mesmo os empates com Tricolor, na terceira rodada, e Arapongas, na quinta, colocaram o treinador na corda bamba. Ao contrário de outras oito equipes, a diretoria apostou na sequência de trabalho e o resultado foi mostrado dentro de campo.

3 – Esquema tático

Depois de três vitórias e dois empates, Marcelo Oliveira resolveu mudar a forma de o time jogar. Deixou o 3-6-1, que poderia ser um 3-5-2, de lado e implantou o 4-2-3-1. Com apenas dois zagueiros, os laterais revezando na subida ao ataque, dois homens de contenção, três de armação e um atacante, o Coxa passou por cima dos adversários. Com a formação ofensiva, foram 12 jogos, vencendo todos, marcando 42 gols e sofrendo apenas 11.

4 – Davi

O meia chegou ao Coritiba no início do ano. Depois de boas atuações no Paraná Clube e Avaí, o jogador teve que esperar um pouco para receber uma oportunidade no Alviverde. Isso porque o time tinha uma base da Série B de 2010 e começou o estadual com o time pronto. Mas ele precisou de quatro jogos para mostrar que a titularidade era dele.

No primeiro jogo, contra o Cascavel, marcou o gol da vitória. No empate com o Arapongas, voltou para o banco. Só que na goleada sobre o Iraty, a estreia do 4-2-3-1, esteve entre os 11 e não saiu mais. Foram 16 jogos, 14 vitórias, um empate e 12 gols marcados, o que credenciaram o jogador à artilharia do Paranaense.

5 – Trio

Não foi só o camisa 11 que se destacou no meio-de-campo. Com ele, Rafinha e Marcos Aurélio formaram um trio veloz e que deixaram os adversários perdidos. Estiveram dez vezes juntos em campo. Nas partidas, o Coxa marcou 33 gols. Destes, 15 foram do trio. Com sete, Davi puxou a fila, seguido de Marcos Aurélio com cinco e Rafinha com três.

6 – Elenco

A qualidade no elenco chamou a atenção, principalmente quando jogadores eram desfalques. Porém, o substituto entrava e dava a resposta. Protegendo a zaga, Leandro Donizete foi um verdadeiro leão em campo, mas só esteve em campo oito vezes. Quando desfalcou, Willian, que jogou 14, mostrou seu futebol e supriu a ausência do titular.

Outra posição que preocupava era o ataque. Leonardo, um dos destaques do time na Série B, sofreu uma lesão contra o Arapongas e desfalcou o time em 12 rodadas. Foi muito bem substituído por Bill e Anderson Aquino. O primeiro atuou nove e o segundo cinco, sendo que em alguns casos estavam juntos em campo. Os dois marcaram 13 gols na ausência de Leonardo. Bill balançou as redes em sete oportunidades, enquanto Aquino em seis.

7 – Melhor Ataque

O número de gols do Coritiba surpreende. Foram 60 gols em 21 partidas, com uma média de 2,85 por jogo. O artilheiro é Davi, com 12. Mas o que chama a atenção é a quantidade de jogadores que já balançaram as redes: 14 dos 27 que entraram em campo neste ano contabilizam pelo menos um gol. Além disso, a equipe marcou sete vezes em menos de dez minutos, tornando as coisas mais fáceis

8 – Melhor Defesa

A famosa frase que a “melhor defesa é o ataque” vale para o Alviverde. A equipe tem o melhor sistema defensivo do Paranaense, com apenas 17 gols sofridos, com média inferior a um gol por jogo. Edson Bastos levou 16 em 20 jogos. O outro gol sofrido foi por Vanderlei, na única atuação dele no campeonato.

9 – Sem perder clássicos

Assim o Coxa levou vantagem sobre os outros grandes do Estado. O primeiro foi o Paraná, na terceira rodada do primeiro turno: 1 a 1. Na sequência, o Atletiba no Couto: 4 a 2 em um verdadeiro baile no primeiro tempo, abrindo 3 a 0. No dia 13 de março, novo ‘Paratiba’ e o placar do jogo contra o Atlético se repetiu.

10 – Manteve o embalo

Um aspecto importante para a conquista foi que os jogadores não deixaram cair o ritmo imposto na Série B do ano passado, quando o time voou e não deu chance para os rivais. Mesmo com a troca no comando técnico, o time não caiu de rendimento.

 

Coritiba conquista título na Arena pela terceira vez

Coxa já havia ganho na casa do rival em 2004 e 2008

Todo torcedor de futebol geralmente diz que não há nada melhor do que conquistar um título importante na casa do seu maior rival. Apenas pelo prazer de derrotar o time adversário e poder dar uma volta olímpica em frente aos torcedores adversários já dá ao título uma cara especial. E pode-se dizer que com a conquista deste ano dentro da Arena, o Coritiba já está acostumado a saber qual é esse gostinho de vencer na casa do seu maior rival.

A conquista invicta de 2011 foi a terceira do clube em pouco mais de 11 anos desde que a nova Arena da Baixada foi construída. Logo em 1999, o Coritiba derrotou o Atlético pela primeira vez por 2 a 1. O jogo era válido pelas semifinais do Paranaense, mas trouxe a vantagem necessária para o clube avançar à final e conquistar o título daquele ano sobre o Paraná Clube.

Mas o primeiro título mesmo aconteceu em 2004 e é uma das conquistas recentes mais lembradas e comemoradas pelos coxa-brancas. O bicampeonato (que não vinha desde 1978-1979) aconteceu em cima de um Atlético que seria vice-campeão brasileiro no mesmo ano e tinha jogadores como Washington, Dagoberto, Fernandinho e Jádson. A conquista valorizou ainda mais o time, que contava com Luis Mário, Aristizábal, Miranda, Adriano e Tuta.

Após uma vitória por 2 a 1 no Couto Pereira, o Coritiba tinha a vantagem do empate na Arena. No jogo final, o Coxa saiu na frente, mas levou a virada e estava perdendo por 3 a 2. Foi quando apareceu a estrela de Tuta, aos 30 do segundo tempo. Após cobrança de escanteio, ele cabeceou para o fundo do gol atleticano e na comemoração fez um gesto de silêncio para a torcida adversária calar a boca. Foi o ato mais emblemático de uma conquista que ficou marcada no coração de todos os torcedores.

Já em 2008, o Alviverde repetiu a dose. No Couto Pereira, o Verdão derrotou o Furacão por 2 a 0, o que o permitia perder por até um gol de diferença dentro da Arena. No jogo decisivo, o Rubro-negro partiu para cima e abriu uma vantagem de 2 a 0, o que levava a decisão a prorrogação.

Porém, novamente entrou a estrela de Henrique Dias, chamado de “O Iluminado” pelos torcedores. Assim como na conquista da Série B, em 2007, Henrique Dias entrou no segundo tempo e marcou o gol do título. Em um chutão aparentemente despretensioso, o zagueiro Danilo e o goleiro Vinícius não se entenderam e Henrique Dias cabeceou para marcar o gol. Curiosamente, a vitória do Atlético foi a última em cima do Coritiba de lá para cá.

Novamente, a torcida coxa-branca explodiu em alegria. Mas, diferente de 2004, a diretoria atleticana não permitiu que a taça de Campeão fosse entregue dentro da Baixada. A comemoração do título ficou para o mesmo dia no Couto Pereira, quando mais de 15 mil pessoas entraram em campo para comemorar com os jogadores a nova conquista.

 

Coritiba iguala recorde de vitórias do Palmeiras

Ambos estão na história nacional com 21 vitórias consecutivas

 

A vitória sobre o Atlético não só garantiu o título ao Coritiba, como colocou o clube na história do futebol brasileiro. Com mais três pontos, o time do técnico Marcelo Oliveira alcançou a 21ª vitória consecutiva em 2011 e igualou o recorde do Palmeiras, de 1996.

Na época, o time paulista era comandado por Vanderlei Luxemburgo e tinha jogadores que depois ficaram consagrados no cenário nacional e mundial, como Rivaldo, Djalminha, Muller e Luizão, que formavam o quadrado ofensivo da equipe, por exemplo.

Se lá, o quarteto funcionava bem e amedrontava as defesas adversárias, o time paranaense não fica longe. Com Marcos Aurélio, Rafinha e Davi na armação das jogadas e Bill como camisa 9, o Alviverde passou por cima de jogos que eram considerados, até então, complicados.

Palmeiras

Em 1996, o Palmeiras chegou a21 vitórias depois de jogar 18 vezes pelo Campeonato Paulista e três pela Copa do Brasil. No estadual, 71 gols marcados, que se somaram aos 15 da competição nacional e resultaram na incrível marca de 86, média superior à quatro gols por jogo. A maior goleada aconteceu duas vezes e nas duas competições: Botafogo-SP e Sergipe foram as vítimas do 8 a 0 paulista.

Mas não era só o ataque que funcionava. O sistema defensivo também obteve números expressivos. Foram apenas 13 gols sofridos, sendo 12 no Campeonato Paulista e apenas um na Copa do Brasil, o que resultou em uma média de 0,61 por jogo.

Coritiba

Quinze anos depois, outro “Verdão” está entrando para a história. O Coritiba chegou aos 21 jogos com vitórias depois de 16 partidas pelo Campeonato Paranaense e cinco pela Copa do Brasil. A equipe de Marcelo Oliveira anotou 53 gols no estadual e mais 12 na competição nacional, obtendo média superior a três gols por jogo.

O Coxa conseguiu várias goleadas para chegar nesses números elevados, como a contra o Iraty, por 5 a 0, no Couto Pereira, no jogo que iniciou a arrancada para igualar o time paulista, e um 6 a 2 sobre o Rio Branco. No Paranaense, além de ter o melhor ataque, possui a melhor defesa. Foram apenas 14 gols sofridos, sendo que outros dois saíram da Copa do Brasil, chegando nos 16.

NÚMEROS

Palmeiras

21 jogos (18 Campeonato Paulista – 3 Copa do Brasil)

21 vitórias (18 Campeonato Paulista – 3 Copa do Brasil)

86 Gols Marcados (71 Campeonato Paulista – 15 Copa do Brasil)

13 Gols sofridos (12 Campeonato Paulista – 1 Copa do Brasil)

Maior goleada: 8 a 0 (Botafogo-SP e Sergipe)

Coritiba

21 Jogos (16 Campeonato Paranaense – 5 Copa do Brasil)

21 Vitórias (16 Campeonato Paranaense – 5 Copa do Brasil)

65 Gols marcados (50 Campeonato Paranaense – 12 Copa do Brasil)

16 Gols sofridos (14 Campeonato Paranaense – 2 Copa do Brasil)

Maior goleada: 5 a 0 (Iraty)

* http://www.noticiafc.com/times/viewNoticiaInterna/superando-desconfianca-marcelo-oliveira-conquista-primeiro-titulo


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Comentários:
7
  • audisio disse:

    Se não fosse a torcida co Coxa ter colocado pressão para ele tirar a volantada e colocar os meias estaria lamentando mais um fracasso! Retranqueiro, adora encher o meio de campo com volantes no melhor estilo Adilson Batista e Roth, quando percebeu que ia cair colocou dois jovens meias no meio de campo, soltou o time para o ataque e aí achou uma escalação que o levou a um campeonato fácil! ESPERO QUE TENHA APRENDIDO A LIÇÃO! Senão daqui a pouco la vem Marcelo Oliveira para treinar o Atlético o que já fêz por uma cinco vezes e nunca deu certo pela simples razão de jogar sempre com o freio de mão puxado, mais preocupado em se defender do que em ganhar os jogos o que insistentemente o levou a demissão do cargo! Sei que é seu amigo Chico mas como treinador precisa ter mais coragem e ser mais ouisado. Desta vez agiu sob pressão e deu a sorte de ter dois jovens atacantes talentosos que fizeram a diferença. Como revelador de jovens jogadores fez um péssimo trabalho no Juniores do Galo e sua maior revelação foi o Rafael Miranda, o xodó da Vovó!

  • lauro disse:

    O bom técnico Marcelo poderia ter sido uma boa opção para o atletico mas o Kalil não quis, colocou ele para correr, fazer o que!

  • miguel disse:

    Quando marcelo era tecnico galo,eu como torcedor o achava muito bonzinho para tocar um time como galo.Para mim ele não dava o soco na mesa.Mas veja como são as coisas,veio a fera luxemburgo,e trem saiu dos trilhos.Mas o marcelo passa a impressão de ser uma pessoa do bem,ele e o tecnico do nosso eterno rival passam sim a impressão de serem bons homens.Tomara que o marcelo não seja um PC GUSMÃO da vida.Obviamente o coxa vai perder um jogo aqui,outro lá,mas que o pacote,se firme como um tecnico de ponta.

  • Klang disse:

    Marcelo Oliveira é da mesma prateleira de Adilson Batista, Tite, Celso Roth, ou seja, da do meio pra baixo, da dos péssimos.

  • J.B.CRUZ disse:

    Qual é o assunto ???
    Estou concentrado para a LIBERTADÔRES !!!

  • clauber disse:

    Parabéns ao marcelo, cara humilde e entendedor de futebol. Que faça uma boa campanha no brasileiro para se firmar de vez no cenário nacional.

  • Clayton Batista Coelho ( Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH ) disse:

    Parabéns para o Marcelo Oliveira, jogadores e Diretoria do Coritiba.

    Mas a avaliação mesmo, teremos é com o Brasileirão.

    O futebol Paranaense caiu demais. O Atlético do Paraná não se reencontra. O Paraná Clube conseguiu ser rebaixado no Campeonato Estadual. E o Coritiba que está mais “acertadinho” não quis nem saber e fez o papel dele.

    A primeira “prova de fogo” deles, será agora na Copa do Brasil, no confronto com o Palmeiras ( que não está grandes coisas, mas deve tá num nível superior ao dos times do Paraná ).