Em Semiário realizado na OAB, Alexandre Kalil iniciou uma nova frente de batalha e nessa, certamente, terá o apoio do Zezé Perrella, já que, ao contrário do que se dizia antes, o futuro Mineirão não será administrado pelos clubes e sim pelas empreiteiras que formam o consórcio vencedor da licitação.
Ou seja: os clubes, que são a razão de ser do espetáculo, levam seus torcedores para consumir todo tipo de produto que será vendido no estádio, mas a parte do leão da arrecadação fica com o tal consórcio.
A reportagem é do O Tempo, de hoje:
* Debate. Os principais dirigentes do futebol mineiro participaram de seminário sobre direito desportivo na sede da OAB-MG, no bairro Cruzeiro
Em vez de solução, o novo Mineirão pode ser um grande problema do futebol mineiro nos próximo anos. O alerta é do presidente do Atlético, Alexandre Kalil, preocupado com o modelo de gestão compartilhada que envolverá o governo do Estado, a iniciativa privada e os clubes.
O dirigente, que participou ontem de um seminário de direito desportivo, disse que não foi consultado sobre o modelo, previsto no edital de reforma do estádio. O Consórcio Minas Arena, que venceu a licitação, irá gerir o estádio por 25 anos.
“Essa Copa vai entregar um estádio e um problema, que deve ser olhado com carinho. É mais fácil viabilizar o novo Independência do que o Mineirão, onde Atlético, Cruzeiro e América serão empregados de empresas privadas, que não tomaram conhecimento e não trataram com os clubes”, alegou Kalil.
Durante o período de vigência do contrato, 15 mil assentos ficarão sob a responsabilidade da concessionária, que também irá explorar bares e lojas. Já os clubes terão direito às rendas do estacionamento e da bilheteria referente a cerca de 54 mil lugares.
“Como é no mundo todo, o picolé que é vendido no estádio, o Atlético tem que ganhar. Questão de sentar e dar ingresso. Isso, muito obrigado. Porque, em 24 horas, o Atlético consegue fazer um estádio próprio. Proposta imoral igual a essa eu tive dez”, ressaltou.
TV. Sobre o contrato firmado com a Rede Globo para a transmissão dos jogos do clube, Kalil disse que o acordo foi unilateral. “Juridicamente, o contrato é tão leonino (expressão jurídica em que uma das partes leva vantagem) que ele perde, segundo meus assessores, o valor jurídico, tamanho é o contrato unilateral”, disse.
Sem falar em valores, o presidente defendeu que os clubes de Minas deveriam receber um aporte maior por causa da grandeza do Estado na economia nacional.
Queixa. Ele também acha que os valores de Atlético e Cruzeiro deveriam ser superiores aos dos gaúchos pelo fato de a cobertura televisiva em Minas ser maior e de os clubes mineiros só perderem para Flamengo, Corinthians, Palmeiras e São Paulo na venda de pay-per-view.
América
Salum estuda pôr ingresso mais barato
Membro do Conselho de Administração do América, Marcus Salum disse que o clube fará promoção de ingressos para incentivar a presença do torcedor americano. Na estreia do time, no último domingo, apenas 1.253 torcedores foram à Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
“Esse horário não nos ajudou. Na Série C, nós colocávamos de 12 mil a 14 mil torcedores. Vamos fazer promoção, isso é certo”, falou Salum, sem, contudo, dizer quando. Na estreia, o clube cobrou R$ 20 pelo ingresso de cadeira.
Além de Marcus Salum, dirigentes de Atlético e Cruzeiro e o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Paulo Schettino, participaram, ontem, do Seminário Internacional de Direto Desportivo, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil Seção Minas Gerais, pelo Instituto Mineiro de Direito Desportivo e pelo Conselho Regional de Educação Física da 6ª Região-Minas Gerais. (TN)
* http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=172351,OTE&IdCanal=3
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