Saía Cuca ou a maioria dos jogadores titulares. O ambiente se deteriorou, explicitado nos excessos verbais, públicos, de Roger, Gilberto, Diego Renan e Fabrício. O comandante perdeu o controle sobre o grupo, e a entrevista do Fabrício depois do jogo foi a gota d’água.
Disse o volante que “é preciso mudar ‘alguma coisa’, rever treinos, situação física de alguns jogadores, mudar filosofia de trabalho, ver vídeos…”
Questionado sobre essa entrevista, Cuca elevou o tom de voz e sugeriu ao repórter que pedisse ao próprio Fabrício que ele traduzisse o que quis dizer, pois não entendeu.
Voltou à carga dizendo: “aproveite que ele ainda está aí no vestiário e pergunte a ele”.
Os repórteres foram atrás do Fabrício que, deu uma amenizada, mas não tirou o pé da dividida: “comigo não tem esse negócio de ser amiguinho mais de um ou de outro; de gostar mais de um do que de outro; falei sim, e o próprio Cuca deve estar pensando em mudar alguma coisa, porque é preciso”.
Depois dessa, o treinador reafirmou a convicção de que a mudança era imprescindível. Como dispensar vários jogadores e contratar outros do mesmo nível é impraticável, ele jogou toalha.
Dignidade
Cuca fez um bom trabalho no Cruzeiro e sai pela porta da frente. Valorizou Minas Gerais como um todo, manifestou seu desejo de ver o América na Série A novamente, pelo “engrandecimento do futebol mineiro”, e foi sempre elegante em todas as suas entrevistas. Mesmo nos momentos mais difíceis, ou em polêmicas envolvendo o clássico contra o Atlético, não perdeu a linha.
Ciranda
Esse é o mundo do futebol; nada de anormal. Uma semana depois de ter colocado o seu nome à disposição do Cruzeiro, mesmo com Cuca ainda no cargo, Joel Santana chega com a sua famosa prancheta. Bonachão, boa praça, tem como principal característica a mesma linguagem “boleira” dos seus comandados. Sabe motivar os grupos que comanda e já tirou “água de pedra” em alguns clubes.
Encorpando
Parece que o América aprendeu a lição dos jogos contra o Vasco e Inter. Não entrou afoito, tentando resolver a partida logo de cara. Tomou o gol no início e não se desorganizou em campo. Manteve o ritmo e depois de empatar, esteve perto da vitória.
No tempo extra, Leandro Ferreira obrigou Fábio a fazer uma grande defesa, espalmando a bola, que seria fatal, na trave.
Como o Levir
Daniel Carvalho, finalmente, virou titular. Dorival Júnior tem uma característica que é marca também do Levir Culpi: só escala jogadores 100% bem fisicamente. Eder, em fim de carreira, mas ainda jogando muito, esquentou banco, um bom tempo com o Levir, no Atlético. Entrou e não saiu mais.
Absurdo
A PM está impedindo os torcedores de entrar com o tradicional e ótimo radinho de pilha na Arena. Inacreditável! Tem é que prender e punir que usa as pilhas para jogar em alguém, e não proibir mais este prazer que o torcedor tem. Ou, tinha! Sacanagem!
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