A Argentina comemorou, quarta-feira, os 25 anos da conquista do bi-campeonato mundial, no México em 1986. Dias antes já havia comemorado os 18 anos da última Copa América, em 1993, no Equador.
Neste espírito de cobrança e pressão, estreia nesta sexta-feira à noite na competição da qual é anfitriã, contra a Bolívia. Diferente dos seus antecessores, o técnico Sérgio Batista é discreto e bem humorado. Volante, e um dos líderes do time campeão da Copa do México, foi auxiliar de Diego Maradona na África do Sul, ano passado.
Na entrevista coletiva não se perturbou com nenhuma pergunta e riu muito da pergunta feita por um repórter do programa CQC, da Band: “No último confronto foi Bolívia 6 x 0; sendo assim, um empate na estreia contra eles será um bom resultado?”
Tranquilo
Também respondeu com tranquilidade se Tevez foi escalado como titular por causa da pressão da torcida e imprensa do seu país: “Não, vai jogar porque mereceu e pode formar um grande ataque com Messi”.
A Bolívia vai ter de suar muito para não ser goleada em La Plata. A Argentina optou pela simplicidade e até as principais estrelas do time agem como se fossem principiantes.
É questão de honra voltar a levantar um título, 18 anos depois da última conquista.
Diferentes
Conversando com as pessoas aqui constato que a rivalidade entre River e Boca é muito diferente das brasileiras, principalmente em MG e RS, onde cruzeirenses e atleticanos; gremistas e colorados querem que o rival desapareça do mapa.
A maioria dos boquenses não gostou da queda do River. A sério, dizem que foi muito ruim para o futebol do país. Na gozação, afirmam que assim, o Boca não terá mais seis pontos garantidos.
Vão se apresentar
As novas estrelas da seleção brasileira são pouco ou nada conhecidas por aqui. Nem a conquista da Libertadores deu notoriedade a Neymar e Ganso entre os argentinos. Neymar é citado por alguns, especialmente os muito jovens; Ganso, só é conhecido pelos jornalistas.
Estão diante de uma grande oportunidade de se destacarem e aumentar suas cotações perante o mundo. A mídia europeia está presente em boa quantidade para cobrir a Copa América.
Ô inveja
Falei dos jornalistas que pegam os 79 Km que separam Buenos Aires de Campana, onde a seleção brasileira está concentrada e da qualidade das estradas, que impressiona e muito.
Mas não falei do mais importante: poucos pedágios e muito baratos.
Até Campana são apenas dois, que não totalizam R$ 4.
Os dispensados
Os meios de comunicação argentinos estão debatendo se a direção da seleção mexicana agiu corretamente ao mandar embora oito jogadores que participaram de uma festa com quatro prostitutas num hotel em Quito, antes de viajar para cá.
Os críticos da decisão mexicana afirmam que é um absurdo tratar dessa forma, jovens de vinte e poucos anos que ficarão mais de um mês confinados, por conta da seleção do país.
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