A Copa América começou deixando a desejar dentro das quatro linhas, com poucos gols e futebol fraco. É importante lembrar que muitas seleções começam mal e terminam bem a disputa. Se acertam no decorrer dos jogos. Na Venezuela o Brasil começou perdendo para o México; fez jogos sofríveis com direito a vaias. Na final, goleou a Argentina, que fazia uma campanha impecável, e foi campeã.
Fora de campo também há reclamações contra a organização do torneio, que cabe à local, no caso, a Associação de Futebol da Argentina – AFA. Na verdade, a fórmula da competição é que precisa ser revista, para motivar mais aos torcedores.
Por enquanto, torcidas que deram as caras em grande número foram as do Uruguai e Chile. Além da proximidade territorial com a Argentina, os uruguaios estão motivados pela boa campanha na Copa da África.
A próxima está prevista para o Brasil, em 2015, um ano depois da Copa do Mundo. Imaginem se a seleção brasileira não for campeã mundial em 2014! Que torcedor vai se animar a pagar ingresso em qualquer jogo da Copa América?
Só se for toda realizada numa região do país que continue apaixonada por futebol e de poucos atrativos do mundo da bola, como em alguns estados do Nordeste, por exemplo.
A delegação do Peru foi roubada dentro do hotel em San Juan. Jogadores tiveram subtraídos dólares, relógios e material esportivo. No início da Copa do ano passado também houve casos semelhantes na primeira semana, por a polícia da África do Sul agiu rápido e com eficiência, prendendo, julgando e condenando os marginais com rigor, além de ter devolvido os pertences à maioria das vítimas.
Vamos ver como será com os argentinos.
A Argentina está superando bem a crise econômica pela qual passou, mas, muitos dos problemas de segurança permanecem. Acostumado a índices historicamente baixos de criminalidade, os argentinos relatam fatos que para eles são estranhos, porém, corriqueiros para nós. Um taxista estava indignado porque estão furtando “sete carros” por dia em Buenos Aires. E imaginar que a média na nossa Belo Horizonte é de 20 por dia.
Além de muito bem policiadas as cidades argentinas não passam sensação de insegurança. Em Buenos Aires com seus 12 milhões de habitantes, as próprias autoridades recomendam, atualmente, cuidados que não eram necessários até cinco anos atrás. Mas ainda se pode caminhar com tranquilidade pelas ruas, altas horas da noite. Claro, que, sem abusar, principalmente em regiões fora do circuito de circulação geral.
Com razão, o leitor Flávio Souza, a quem agradeço, escreveu: “Em sua coluna existe uma informação equivocada. O River passará um ano na segunda divisão, pois o acesso é apenas ao fim do clausura, no meio do ano que vem. E podem subir até quatro times: os dois primeiros sobem direto, o terceiro e o quarto disputam um mata-mata com dois times da primeira divisão (foi o caso do confronto entre o River e o Belgrano).
Também merece reparo uma informação publicada na coluna de ontem sobre as eleições deste ano na Argentina. Para prefeito, serão sim esta semana: domingo, dia 10. Para presidente e governadores é que serão em outubro.
O ex-presidente do Boca Juniors, Maurício Macri, é candidato à reeleição em Buenos Aires. Ele lidera, sem folga, as pequisas contra o senador Daniel Filmus, candidato da presidente Cristina Kirchner.
Os argentinos respiram política: em frente ao Estádio Único, em La Plata, Mariano Mamine (direita), fatura um extra, com um bar nos dias de jogos e shows. Dá entrevista a Ricardo Corrêa, do O TEMPO, com imagem do eterno presidente e mito Juan Perón, ao fundo.
Há vários bares como este em torno do estádio, porém o do Mariano é o mais frequentado e animado. Resultado do “estágio” que ele fez no Brasil, em Arraial D’Ajuda-BA e no Rio de Janeiro. Cheio de ginga, bom de papo e marqueteiro. Atendimento à baiana e à carioca!
Tem um agência de automóveis e ganha uma grana com o bar temporão. Disse que os shows dão mais dinheiro. Faturou muito com o U2 e aguarda ansioso a vinda da Madona e Aerosmith.
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