Esta é a principal abordagem da imprensa internacional que cobre a seleção brasileira na Copa América. Desde a chegada do grupo de Mano Menezes isso vinha sendo levantado, porém, aumentou de intensidade com a entrevista do zagueiro Lúcio, que cobrou dos colegas mais preocupação com o escudo na frente da camisa da seleção do que com o próprio nome de cada um nas costas.
Ou seja, a vaidade e o espírito do “cada um pra si e Deus pra todos”, impera também no grupo que a CBF tenta montar para 2014.
O problema é antigo e poucos técnicos conseguem administrá-lo a contento. O mundo pergunta porque o Brasil com os melhores jogadores do planeta não ganha a maioria das competições que disputa. A resposta está aí.
É comum treinadores obterem ótimos números e títulos nos clubes e fracassarem na seleção, exatamente por isso.
Ele tem à sua disposição, os melhores, a maioria jogando no exterior, com altos salários, inclusive maiores que o do próprio comandante.
O choque de vaidades é inevitável; o tempo é curto para se resolver, e quando a solução se aproxima a competição já acabou.
Como o futebol é esporte coletivo, todos têm de remar para o mesmo lado, solidariamente. Só assim para os melhores atuarem juntos, e produzir o que podem; o que se espera deles.
Felipão conseguiu isso em 2002, mas teve que peitar e deixar de fora um Romário, estrela de primeira grandeza na época, cuja convocação era exigida pela maioria dos brasileiros.
Em 2006 nem o experiente e bom de psicologia esportiva, Carlos Alberto Parreira, conseguiu controlar Ronaldo, Ronaldinho, Roberto Carlos e cia. O que ainda sobrava do “fenômeno” só estava preocupado em entrar para a história como o principal artilheiro das Copas do Mundo.
A seleção brasileira feminina também está sendo acusada da mesma coisa, depois da eliminação da Copa do Mundo da categoria pelos Estados Unidos, na Alemanha.
Nos clubes isso ocorre constantemente, com menor divulgação pela mídia, mas com o mesmo efeito nocivo ao time, e por consequência aos torcedores.
Na seleção atual, que está na Copa América, o recado do Lúcio teve como destinatários Robinho, Neymar, Ganso e Pato.
Dentre os poucos técnicos que conseguem administrar situações como essas, os mais famosos são o Bernardinho, do vôlei, e Muricy Ramalho, que convencem seus atletas a pensar coletivamente.
O leitor Alisson Sol, que mora em Seatlle-EUA, sugere que o futebol recorra ao Bernardinho “para dar uma palestra” a jogadores e dirigentes.
Trabalhar o dia a dia, todos trabalham, e muito; a diferença está na força de persuasão.
Quando se tem grandes jogadores no elenco, como o Brasil tem um Neymar, toda teoria costuma ir por terra quando a genialidade entra em ação. De repente, um drible desconcertante que define o jogo, ou um gol “espírita” faz com que tenhamos de recorrer à famosa frase: “toda regra tem exceção”.
É o caso do jogo dessa noite contra o Equador, quando a seleção tenta a sua primeira vitória e a classificação à próxima fase.
Centro de imprensa de Buenos Aires
Até agora, apenas um furto a brasileiros nas ruas de Córdoba, onde o Wellington Campos, da Itatiaia, teve uma roda do carro roubada. Os demais problemas foram dentro do ambiente dos próprios repórteres, no hotel da seleção e nos centros de imprensa onde colegas tiveram notebooks e câmeras roubados.
Sempre ocorre este tipo de furto. Ano passado levaram até TVs do centro de imprensa de Johanesburgo, durante a Copa.
Os centros de imprensa são alvos de ladrões de equipamentos dos jornalistas em toda Copa América, Copa do Mundo e Olimpíadas. O único lugar onde não houve registro de furto foi Pequim, onde o temor da punição fala mais alto.
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