* O Atlético errou este ano do mesmo jeito que errou ano passado: começar o Brasileiro sem time nem elenco definido, com jogadores chegando e outros saindo. Impossível montar um equipe vencedora com a competição em andamento. É sempre bom lembrar a frase de Albert Einstein sobre qualquer crise: “Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo.”
Já que errou, de novo, e está nessa situação, o negócio agora é que os atleticanos se unam para evitar o pior. O time estacionou nos 15 pontos e precisa reagir já, sob pena de tornar o seu dia a dia um inferno novamente, como em 2010, quando a maioria já tinha jogado a toalha, imaginando que o rebaixamento seria inevitáve.
De novo vale recorrer a Einstein sobre o tema: “É na crise que se aflora o melhor de cada um…”. O Cruzeiro também não vai bem, porém está longe da zona da degola e isso tem servido de alento para a torcida, já que os dois maiores rivais estão entre os quatro piores do Campeonato. A fórmula que não dá certo também foi utilizada pela Raposa este ano: sem um grupo definitivo e sem time definido no Brasileiro, cabendo essa tarefa quase impossível ao técnico Joel Santana que chegou durante a disputa.
A situação do América é diferente do Galo e da Raposa. O clube está renascendo. Voltou da 3a Divisão nacional e do cúmulo de uma segundona estadual. Seus recursos financeiros são infinitamente mais baixos que todos os concorrentes dessa Série A.
Está montando time, mas vem mostrando progressos, que alimentam as esperanças de vê-lo Primeira Divisão em 2011.
Tenho visto alegações equivocadas para a má performance mineira no Brasileiro. A tão propalada diferença de valores das cotas da TV a favor de cariocas e paulistas, só terá efeito prático em 2012. Os investimentos do Atlético em aquisição de jogadores superaram à maioria deles, chegando a vencer o Flamengo (o que mais investiu) na disputa pelo atacante André.
O Cruzeiro foi vice-campeão ano passado, gastando muito menos que todos eles.
Concordo que a falta de estádio em Belo Horizonte tem sido um fator complicador nessa campanha ruim dos nossos times, porém, não é o principal. São uns “sem casa” e “sem teto”, sempre jogam fora e isso favorece os adversários.
Mas o grande erro foi na montagem dos elencos. O Cruzeiro achou que o time vice de 2010 daria para o gasto. O Atlético errou, de novo, nas aquisições.
O América fez o que o pode com o pouco dinheiro que tinha.
Por essas e outras que considero um erro chamar de “reforço” qualquer jogador que é contratado por um clube. Ele só poderá ser chamado assim caso realmente acrescente algo ao time. Não sendo assim, não passará de apenas mais uma contratação. De todos os adquiridos no início da temporada ou no decorrer do Mineiro e Brasileiro, qual deles pode, hoje, ser chamado de reforço?
* Essas e outras notas estarão em minhas colunas de amanhã, no O Tempo e Super Notícia, nas bancas!
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