Um banco está oferecendo R$ 300 milhões à empreiteira Odebrecht e ao
Corinthians para que o Itaquerão seja batizado com o seu nome.
Isso é comum nos Estados Unidos, Europa e Japão. O melhor estádio que
conheço é o do Skalke-04, em Gelsenkirchen, vizinha a Dortmund, na
Alemanha. Oficialmente chama-se “Veltins Arena”, nome de uma cerveja
famosa no país.
Um dos melhores do mundo e mais famoso é o de Munique, o “Allianz
Arena”, palco da abertura da Copa de 2006, onde o Bayern manda seus
jogos. A Allianz é uma das maiores seguradoras mundiais.
No Brasil, a moda começou com ginásios poliesportivos e espaços de
grandes eventos como o pioneiro Credicard Hall (SP), depois Espaço Vivo (RJ), Chevrolett Hall (BH) e tantos outros.
No caso do Itaquerão, que já se tornou nome de domínio público, se este banco fechar, vai pagar para ter retorno pífio, pois ninguém vai chamar o estádio de “Arena Banco de Tal”. É Itaquerão e fim de papo.
Um grupo político de Ipatinga está pedindo à imprensa que volte a chamar o estádio municipal de “Lamegão”, em homenagem ao então prefeito, João Lamego Neto, já falecido, responsável pela obra.
Não vai pegar. É Ipatingão, e além do mais, é absurdo político ficar botando seu nome ou de amigos e parentes em obras públicas.
Ainda bem que raramente alguém se refere ao Mineirão como “Estádio Magalhães Pinto”.
A notícia sobre o estádio do Corinthians saiu no “Estadão”, com repercussão no portal Uol, semana passada:
* “Banco oferece R$ 300 milhões para batizar estádio do Corinthians, diz jornal”
O Corinthians busca uma empresa interessada em adquirir o direito de
dar o nome ao estádio, processo conhecido por “naming right”. De
acordo com o jornal Estado de S. Paulo, o clube recebeu proposta de R$
300 milhões de um banco privado. O custo da construção da arena está
estimado em R$ 890 milhões, sendo que R$ 400 milhões serão conseguidos
juntos ao BNDES.
Com o valor da negociação do naming right, a diretoria alvinegra
pretende cobrir a linha de crédito do BNDES. A proposta do banco
privado tem pontos conflitantes com o pedido do Corinthians. A empresa
quer fechar acordo por 20 anos; o clube pretende firmar vínculo por 15
anos.
A diretoria argumenta que a demora na escolha de um parceiro para
bancar o naming rights faz parte de estratégia do clube. Quando a
arena começar a ter uma cara, ficará mais fácil atrair propostas mais
vantajosas, entende o diretor de marketing corintiano, Luis Paulo
Rosenberg.
“Por enquanto as pessoas constatam que as obras estão em ritmo
acelerado, mas ainda não identificam o estádio”, disse o diretor.
“Quando tudo estiver subindo, com cara de estádio, as pessoas
entenderão que aquilo é uma realidade, que não tem mais volta. A
tendência é valorizar”, acrescentou.
Responsável pela construção do estádio, a Odebrecht busca com o
Corinthians meios de financiar a obra. O plano montado pela
construtora prevê a formação de uma “sociedade para fins específicos”
(SPE), juridicamente capaz de pedir empréstimo junto ao BNDES, por um
banco repassador.
Um fundo imobiliário será responsável pela gestão do dinheiro da obra,
a contratação e pagamento da construtora. Fazem parte desse fundo de
cotas o banco intermediário (repassador do dinheiro do BNDES), a
construtora Odebrecht e o sócio minoritário Corinthians.
O Itaquerão é o que possui o assento mais caro. Sendo construído para
receber 68 mil pessoas, o estádio tem um custo previsto de R$ 890
milhões, o que significa que o custo por assento é de R$ 13.088,23.
O Corinthians só será único dono do Itaquerão depois de quitar o
empréstimo junto ao BNDES, que será contratado por um período de 15
anos, incluída carência de 36 meses.
A construtora baiana Odebrecht é a empresa com maior envolvimento na
construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014. A empreiteira
participa das obras de quatro dos 12 arenas que estão sendo
construídos ou reformados para o Mundial.
* http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ultimas-noticias/2011/08/16/banco-oferece-r-300-milhoes-para-batizar-estadio-do-corinthians-diz-jornal.htm
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