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Mineradora diz que vai investir R$ 1,7 bi no Brasil, e Minas toma ferro!

Dá até calafrios quando qualquer mineiro de Minas Gerais lê uma notícia dessas.

É sinal que mais devastação ambiental e humana vem por aí, em alguma região nossa, sem a devida contrapartida para a população atingida nem para os cofres do Estado.

Como está ocorrendo agora em Conceição do Mato Dentro e região, as mais novas vítimas.

Principalmente porque os nossos políticos negociam visando seus próprios bolsos e não ao interesse coletivo.

Enquanto os estados e cidades da costa brasileira deitam e rolam com os royalties do petróleo, Minas e seus municípios ficam de pires na mão, sob os olhos omissos e coniventes da maioria dos seus políticos.

Notícia que saiu agora há pouco do site da Veja

“Extração”

Mineradora sul-africana investirá US$ 1,75 bi no Brasil

A empresa AngloGold Ashanti quer aumentar suas atividades no país

A mineradora de ouro sul-africana AngloGold Ashanti vai investir 1,75 bilhão de dólares no Brasil a fim de aumentar a extração de ouro para 700.000 onças-troy por ano em 2016, disse o executivo-chefe da companhia, Mark Cutifani. A empresa prevê produzir 420.000 onças-troy de ouro no Brasil este ano – foram 400.000 em 2010 – e aumentar a produção para 500.000 em 2012, disse Cutifani a jornalistas em um evento de mineração em Belo Horizonte. A companhia está atualmente iniciando as operações em um novo projeto de mineração de ouro, de 220 milhões de dólares, no Córrego do Sítio, em Minas Gerais.

A empresa vai “permanecer ansiosa até que vejamos os resultados” da nova legislação para o setor de mineração no Brasil. Isso ocorre por causa da experiência da AngloGold na Austrália, onde a recente introdução de “novos impostos de mineração mais altos vai aumentar o custo das commodities para o mercado”, disse ele. O governo brasileiro deve enviar em breve ao Congresso as propostas para um nova legislação para mineração no país, que preveem o aumento dos royalties. 

* http://veja.abril.com.br/noticia/economia/mineradora-sul-africana-investira-us-1-75-bi-no-brasil


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Comentários:
4
  • Márcio Amorim disse:

    Caro Chico!
    Pensei em perguntar se não seria demais querer que, diante da diversidade oferecida pelo Estado, eles tivessem preservado pelo menos a Serra do Curral, eleita recentemente o cartão postal de BH.

    Mas essa já é um buraco que se encontra mascarado na frente por uma resistência heróica de serra em cuja frente vândalos ateiam fogo sempre nessa época.

    Os que defenderam aqui tão enfaticamente, inclusive justificando a destruição dela, que me perdoem. Não perguntei até porque de nada adiantaria. O nosso silêncio, a conivência de políticos que levam algum e a de uma população omissa já fizeram o estrago.

  • Jose Dias disse:

    Chico,

    Vou ser advogado do diabo.
    Mineração, com certeza agride a natureza. Mas poucas industrias no mundo tem cuidados e cobrança para operar. As grandes mineradores possuem medições de vários tipos para limitar a sua devastação às áreas que ela atua. São controlados: qualidade da água, ar, vegetação, solo… Infelizmente, é fácil dizer que é uma atividade predadora, mas nossa civilização precisa dessa atividade para sobreviver. Agora, se nosso governo não incentiva a melhor racionalização e retorno dos nossos recursos naturais, não é culpa da empresa.

    Com relação especificamente à mineradora citada na reportagem. Eu já trabalhei nela e o tipo de mineração que ela faz é totalmente diferente das fotos. Ela trabalha quase que em sua totalidade com mina subterranea. Ou seja, não destroi nada que está na Suerfície, muito pelo contrário. Ela ajuda preservasr. Que olha para o lado de Sabará, do alto da serra da Piedade, vê as terras onde tem a principal mina da mineradora do Brasil, e só verá uma bela mata preservada. Isso porque, todo rejeito da exploração é tratado e mantido abaixo da terra como uma forma de “fechar” a mina nos locais onde não serão mais explorados. Ou seja, não existe essa imagem de desolação, que ocorre no momento da exploração. O que pode acontecer é contaminação das águas, mas para isso é que é feito todo monitoramento e tratamento para a devolução aos rios.

    Acho muito mais grave, é a nossa mineirissima COPASA receber de nós pela coleta de esgoto e jogar tudo no Rio das Velhas. Se uma mineradora jogar esgoto em um rio, eles a fecham em um dia. Essa mineradora, por exemplço, tem sua planta de beneficiamento próximo à capitação do da água da copasa no sistema Rio das Velhas. A própria empresa monitora as águas dos afluentes para saber se tem alguma coisa perigosa escapando. E sabe o que normalmente dão os resultados dessas análises. Coliformes fecais!!! Será culpa das mineradoras?

  • Thiago Schubert disse:

    Cadê o rapaz futuro presidente?

  • Gilmar disse:

    Chico, Infelizmente isso não tem freios mais, e nem há mais como impedir que fique cada vez pior.

    Posso parecer pessimista, mas, já comentei aqui uma vez, e não fui bem interpretado por outros colegas, que é totalmente compreensível, esta situação tende a piorar em todos os sentidos.

    Certamente que cruzarmos os braços e deixarmos rolar a coisa, só vai piorar, mas também darmos “murros em ponta de faca”, também não vai adiantar.

    Pra mim isso é questão de Consciência, e, sejamos francos, quem só visa cada vez mais lucros e benefícios para si mesmo, e para os seus, como vai querer frear tamanha estupidez, se estúpido é?

    Podemos fazer alguma coisa, como a que você faz aqui, e convocar os milhões de internautas para botarmos a “boca no mundo”.
    É melhor do que nada! – Abraços.