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Os problemas da organização começam aparecer com mais intensidade

Os Jogos Pan-Americanos entram em sua reta final esta semana, e com metade das provas já disputadas, as deficiências da organização são denunciadas pelos atletas que já encerraram sua participação.

Para uma cidade que fala em se candidatar a receber as Olimpíadas, ainda falta muita coisa. Diariamente os jornais apontam as falhas e publicam críticas também de dirigentes e torcedores. Que não são poucas. O goleiro Douglas, do Cruzeiro, e da seleção comandada por Ney Franco, foi o primeiro a reclamar publicamente, da falta de água na Vila do Pan todas as manhãs. Contou que estava escovando os dentes com isotônico.

A prefeitura passou a mandar um caminhão pipa diariamente.

Outros atletas criaram coragem e passaram a denunciar outras falhas, como foi o caso do tenista Ricardo Mello, que quase perdeu o jogo para o chileno Nicolas Massu por w.o., simplesmente porque o Comitê mudou o horário da partida e ele não foi avisado. Por coincidência, cruzou com o seu concorrente na Vila do Pan, já indo para a quadra, e este o informou da mudança.

César Cielo reclamou das enormes filas nos restaurantes da Vila, o que obriga os atletas a ficarem muito tempo de pé.

Erros e panes dos placares eletrônicos e cronômetros têm sido uma constante, provocando protestos gerais.

O ginásio Code Dome, do basquete, não tem ar condicionado, não tem lixeiras, cabe apenas 2.766 torcedores e não tem bares ou lanchonetes.

As instalações onde serão realizadas as provas de atletismo a partir de hoje, só ficaram prontas quinta-feira.

O transporte dos atletas da Vila até os locais de competição também tem sido contestado. Um ciclista cubano foi deixado para trás, e os membros do Comitê Organizador se acusam.

Sobrou para a imprensa: para ter acesso às tribunas dos locais de competição, deveríamos apresentar, além da credencial, o ingresso para cada evento, mas estes nunca eram entregues a tempo nos primeiros dias.

De tanto ouvir reclamações o Comitê simplesmente acabou com a exigência do ingresso e só a credencial basta. Quem chegar primeiro que ocupe os lugares.

O público costuma ocupa-los antes da imprensa.

A política mexicana também tem sido envolvida nos Jogos. O governador é do PAN, do presidente Felipe Calderón, e o prefeito do PRI, que dominou o país por quase 100 anos e quer retomar o poder em 2012.

Seu possível candidato é o ex-governador de Jalisco, Enrique Peña Nieto. A parte da imprensa que o apoia, acusa o atual governador de ter gasto com o Pan os recursos que deveriam ser para as cidades pobres do interior.

O prefeito que é do PRI é acusado de ter “sumido” com  mendigos e pedintes das ruas de Guadalajara para não causar má impressão entre os visitantes. O prefeito nega e diz que há poucos mendigos graças às suas “políticas sociais”. E dá-lhe discurso!

Realmente, se vê muito poucos pedintes em Guadalajara; muito menos do que se imaginava.

Há quem diga que eles reaparecerão depois do dia 30, quando terminarem os Jogos.

BELASAlém das “Fan-fest”, promovidas pelo Comitê Organizador, muitos eventos paralelos aos Jogos são realizados em Guadalajara.

Empresas que não patrocinam o Pan, espalham belas promotoras de seus produtos nas áreas onde estão os telões que mostram os jogos.

Essas são da cerveja Tecate!

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