Sou contra as proibições ridículas que gostam de impor em Minas Gerais, mas essa ideia é interessante, para todo o Brasil.
E vale o debate!
O autor é uma das pessoas mais inteligentes que conheço:
* “Pela proibição da propaganda de bebida alcoólica”
Ademais, não conheço nenhum fumante que tenha parado de fumar devido à proibição da propaganda
Amigo leitor, se você tem mais de 30 anos deve se lembrar das cinematográficas propagandas de cigarro, com voos de asa delta, cavalos e cowboys .
Após a proibição da propaganda, o dinheiro que a indústria de cigarros desperdiçava com publicidade passou a ser distribuído aos acionistas, na forma de dividendos.
Defendo a mesma medida para a propaganda das bebidas alcoólicas.
As caras propagandas de cerveja, normalmente ambientadas em bares, são hipocritamente veiculadas preferencialmente por ocasião das jornadas esportivas, enquanto os verdadeiros torcedores, aqueles que vão aos estádios, estão proibidos de beber e ainda são tratados como bandidos pelos policiais.
A exemplo do ocorreu com a proibição da propaganda de cigarros, a proibição da propaganda de bebida alcoólica não causaria prejuízos à indústria, mas, ao contrário, diminuiria os custos e consequentemente aumentaria os lucros que, sendo repassados aos acionistas, fortaleceria o mercado de capitais, mercado este indispensável ao desenvolvimento econômico.
Ademais, não conheço nenhum fumante que tenha parado de fumar devido à proibição da propaganda.
De modo que a proibição da propaganda de bebida não traria nenhum prejuízo à indústria e nem ao consumidor, mas acabaria com a hipocrisia vigente.
Lincoln Pinheiro Costa é Juiz Federal em Belo Horizonte e ex-Procurador da Fazenda Nacional em Salvador. É graduado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP) e MBA em Direito da Economia e da Empresa pela FGV. É membro do Instituto San Tiago Dantas de Direito e Economia. http://twitter.com/lincolnpinheiro
* http://www.ibahia.com/a/falabahia/?p=87639
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