* Menos, gente!
Cheguei em Buenos Aires algumas horas depois do rebaixamento do River Plate, em casa, com a Copa América prestes a começar. Vi torcedores do Boca Juniors comemorando; menos do que imaginei, mas comemoram. Dos dirigentes, nenhum pio, nenhuma entrevista gozando; pelo contrário, a preocupação era com o prejuízo, por causa da ausência do maior clássico deles no campeonato seguinte.
No Brasil é diferente, em Minas, mais ainda. Atlético e Cruzeiro correm sério risco de cair, mas acredito que nenhum cairá.
Torcedores de ambos os lados já se gozam, com mais intensidade dos atleticanos, apesar da situação alvinegra ser apenas um pouco menos ruim.
Porém, dos dirigentes, não ouvi até agora nenhuma palavra, torcendo ou rindo da desgraça alheia. Não sei de onde colegas andaram tirando que o presidente ou algum diretor do Atlético tenha ao menos aventado isso, ainda que de brincadeira.
Neste momento, seria uma estupidez sem tamanho. A verdade é que no desespero do futebol mineiro, até a nossa bancada da imprensa anda batendo cabeça, enxergando fantasmas.
Torcedores podem e devem tirar sarro do outro; dos dirigentes espera-se postura diferente.
É do jogo
Outra estupidez é querer que o torcedor do maior rival respeite a dor do outro. Ninguém controla sentimento de torcedores. A gozação é uma das razões de ser do futebol e das rivalidades históricas. Ainda mais em estados como Minas e Rio Grande do Sul, onde uma dupla divide as paixões da maioria da população.
O que não pode haver é qualquer tipo de agressão física.
* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã no jornal O Tempo.
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