Parabéns ao América pela classificação para a final do Brasileiro sub-20.
De novo, gol salvador quando o jogo estava para terminar. Dessa vez a vítima foi o Coritiba.
O Coelho vai decidir o título terça-feira, 21 horas, contra o Fluminense que venceu o Botafogo neste domingo por 2 x 1.
Parabéns também ao Atlético pela conquista do tri-campeonato da Copa futuros campeões, num jogo dramático e sensacional contra o Cruzeiro, que vencia por 3 a 1 quando faltavam apenas quatro minutos para acabar o jogo. Vitória nos pênaltis por 6 x 5.
Falando do grande jogo em Yokohama, de tudo que li e ouvi sobre o momento vivido pelo Barcelona e o massacre sobre o Santos na final do Mundial Interclubes, a melhor definição foi a do Mário Marra, na Rádio Globo/CBN, depois dos 4 a 0: “A diferença é que lá os jogadores não se acham mais importantes que o clube”. Das categorias de base às estrelas de primeira grandeza que são contratadas, todos que vestem a camisa do time catalão têm na cabeça o mandamento número um da instituição: importante é o FC Barcelona.
Por isso é que jogador como o brasileiro Daniel Alves, lamentou como se fosse uma tragédia a oportunidade perdida de marcar o quinto gol, quando eram 43 minutos do segundo tempo. Ele poderia ter cruzado para o companheiro que estava melhor colocado, mas preferiu tentar o gol.
O veterano Puyol, campeão de tudo, inclusive da Copa do Mundo do ano passado, atua com um entusiasmo juvenil e disputa cada jogada como se fosse um lance decisivo de sua carreira. E olhem que está se despedindo, pois já anunciou que disputa atualmente o seu último Campeonato Espanhol.
E o Messi? Age dentro e fora de campo como se fosse um júnior, que aspira vaga no time principal.
O jogo nem parecia uma final de Mundial tamanha a tranquilidade e facilidade do time catalão de marcar os gols no momento que bem queria. Fez 3 a 0 no primeiro tempo, administrou no segundo e ainda marcou mais um. Se apertasse encheria a sacola santista. Neymar não tinha espaço para jogar e a bola não chegava nele. Ganso não tinha tempo nem para levantar a cabeça para encontrar um companheiro para dar o passe, tamanha a velocidade dos desarmes do Barça.
Quarta-feira o técnico Muricy Ramalho cutucou o seu colega Pepe Guardiola. Perguntado qual nota daria para ele, respondeu que para merecer um 10 qualquer treinador precisaria, antes, ganhar um Campeonato Brasileiro. Guardiola foi irônico e disse que nunca foi convidado por nenhum clube do Brasil. Muricy deve ter entendido o recado, e aprendido mais essa lição.
A maior perda de tempo que existe no futebol é a comparação de grandes astros, mas este é um dos assuntos que mais agradam aos torcedores, então a imprensa vai fundo. Como comparar Messi e Neymar? Um tem 19 anos; o outro 24. O argentino tem para ajuda-lo, alguns dos melhores jogadores do mundo; o brasileiro tem Paulo Henrique Ganso, acima da média santista, e vários operários da bola.
A maior mensagem que Atlético, Cruzeiro e América podem assimilar do Barcelona é que eles erraram ao trocar a política de fazer em casa para sair buscando jogadores em outros centros a elevados custos.
Nove que entraram em campo contra o Santos saíram da sua base, inclusive o técnico Pepe Guardiola.
É diferente o respeito que um prata da casa tem pelo clube onde foi criado.
Peguem os melhores times da história do Galo, Raposa e Coelho e vejam quantos jogadores eram oriundos das categorias de base, ou incorporados ainda jovens ao elenco! São poucas as exceções.
Mas sempre é tempo para recomeçar e que este caminho seja retomado, principalmente agora, quando a concorrência financeira com cariocas e paulistas fica maior a cada ano.
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