Onde a imprensa tem culpa
Perguntam-me o que estou achando das contratações e dispensas dos nossos times nos preparativos para a temporada de 2012. A resposta é a mesma de sempre: dos que estão chegando, só depois de, no mínimo, cinco jogos consecutivos. Dos que estão indo, as explicações são simples: não renderam o que se esperava ou estão com a data de validade vencida.
Bula
Mas há máximas que não podem ser desprezadas de forma alguma pelos dirigentes responsáveis pelas degolas e contratações, como: não se dispensa um elenco inteiro, por pior que tenha sido a campanha anterior; não se contrata sem informações minuciosas, de diferentes fontes, sobre o jogador pretendido.
Picaretagem
O futebol está cada dia mais recheado de empresários inescrupulosos, picaretas que dominam a cena e têm jogadores de todas as idades, todas as posições e de todas as partes do mundo. Empurram promessas, foguetes molhados e ex-jogadores em atividade aos clubes dirigidos por incautos ou desonestos.
Errantes
Há dirigentes que erram de boa fé e na ânsia de dar boas notícias à sua torcida, caem em grandes contos do vigário. Outros, querem levar vantagem, custe o que custar, e mesmo sabendo que o clube está está entrando numa fria, contratam, pois trata-se de um bom negócio pessoal.
Dificuldade
Distinguir uma coisa da outra; um safado de um bem intencionado, não é fácil, especialmente porque é gente demais para buzinar informações e palpites na cabeça de quem tem o poder de decidir e mandar contratar ou não. Os melhores dirigentes são os que sabem conciliar a gestão administrativa com a montagem do time. Essas ações estão diretamente ligadas ao sucesso ou fracasso ao fim de cada temporada.
Hora certa
É este período, de “entressafra” e férias, o mais importante de qualquer clube. As decisões dos dirigentes em suas opções de contratações e dispensas vão influir diretamente na performance de cada clube em 2012.
As choradeiras, desesperos, euforias e comemorações são arquitetadas agora; e exemplos passados e recentes não faltam.
Atlético, Cruzeiro e América penaram no Brasileiro 2011 porque erraram em suas opções.
Uma ressalva
Sempre com a ressalva de que o América não tinha os recursos financeiros da dupla mais famosa, a cartolagem errou demais na virada de 2010 para 2011. E é importante assumir que esses erros contam, em grande parte dos casos, talvez maioria, com a complacência nossa, da imprensa. Por erro mesmo, ou por outros interesses que infelizmente existem, a cartolagem leva menos porradas que deveria.
Mea-culpa
Da minha parte, sobre as atuais mexidas, se fosse dirigente do Cruzeiro, eu não teria deixado o Fabrício sair. Trata-se de um “cavalo cansado”, mas ainda útil demais ao plantel azul. No Galo, Richarlysson e Guilherme deveriam ser usados como “moeda de troca”, pois não se encaixaram ao perfil alvinegro. No América, a aposta deveria ser na excelente base que o clube tem; inclusive no treinador.
E faço minhas a imagem e palavras do Duke, hoje, no Super Notícia!
* Minha coluna de amanhã, no Super Notícia!
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