Blog do Chico Maia

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E o caos aéreo não se concretizou!

Diz Millor Fernandes que “jornalismo é oposição; o resto é armazém de secos e molhados”.

E realmente jornalista que vive de jornalismo tem este perfil: reclama de tudo, xinga tudo, vê problema em tudo.

Mas não pode fugir da verdade e de vez em quando tem que fazer um elogio, mesmo a quem raramente merece; quando merece.

Estou em Foz do Iguaçu-PR, onde cheguei no horário do almoço e a temperatura está na casa dos quase 40 graus; sol de murchar folha de zinco.

Daqui vou, amanhã, para Cascavel, a mais ou menos 140 Km, para o casamento do meu sobrinho André com a paranaense Magna.

Pelas notícias do fim do ano passado, pensei que fosse pegar rabo de foguete nos aeroportos neste início de 2012. Eram só previsões catastróficas, de greve de aeroviários, de aeronautas e coisas tais.

Pois a viagem foi tranqüila, dentro do horário, com aqueles atrasos normais de conexões que não chegam a incomodar.

O Aeroporto de Confins, mesmo com obras pra todo lado, sem problemas; o Galeão, no Rio, tranqüilo, apesar de gente demais viajando para tudo quanto é lado.

Nem parecia que estava no Brasil!

Viajei de Webjet, cia. que facilitou o check-in, com máquinas ágeis que evitam filas. Voos agradáveis, com aquela ressalva: os assentos cada vez mais próximos uns dos outros e cadeiras que não recostam. Lata de sardinha pura.

Quem é gordo ou tem mais de 1,80 de altura está ferrado.

E não é dizer que a Webjet faz isso com seus aviões porque sua passagem custa mais barato: ela cobra preços mais justos que os da TAM e Gol, que vendem os bilhetes domésticos mais caros da aviação mundial e o governo permite.

Se a D. Dilma abrisse o mercado totalmente, inclusive para as cias. internacionais operarem no país, teríamos preços honestos.

O governo criou a tal de Anac, mas trata-se de mais uma agência vagabunda que só serve para empregar políticos aliados derrotados nas eleições e seus apaniguados.

Eta ferro!

Tomara que a Webjet pelo menos continue com preços razoáveis, apesar de ter sido adquirida pela Gol.

Ela cobra tudo no vôo, de água a cafezinho, porém, preços normais, inclusive muito mais baratos que na Arena do Jacaré, por exemplo, e certamente que no Independência, daqui umas semanas.

A Azul começou com preços baixinhos, mas foi só abocanhar uma fatia dos usuários que eram das concorrentes e já jogou lá pra cima também.

Vamos falando.

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Comentários:
4
  • Ronaldo disse:

    Chico, foi só a Gol adquirir a Webjet, que cancelou a rota de vôos diretos de Foz para BH. Agora temos que passar em Curitiba, Rio ou São Paulo para ir a BH. Concentram todos os vôos em SP e Rio e depois reclamam que os aeroprotos do Rio e SP estão saturados. No curto período que a rota Foz- BH estava ativa, os vôos estavam sempre quase lotados, pelo menos nas vezes em que fui de Foz a BH (sou mineiro e moro em Cascavel fazem 13 anos).

    Em tempo, seja bem vindo a Cascavel e aproveite bem esta bela cidade, que aprendi a gostar e admirar.

  • Alisson Sol disse:

    Quando se fala em abertura do mercado brasileiro para empresas estrangeiras, vocês estão falando de que “empresas estrangeiras”? Não pode ser American Airlines (em concordata), ou United Airlines (récem-saída), ou JAL (Japan Airlines, que está sempre entrando ou saindo de concordata), British Airways (recebendo “incentivos fiscais” britânicos) etc. Vão abrir o mercado para quem, para a Southwest ou a Ryanair?

    Como se obtém a tão sonhada “passagem barata” de que as pessoas tanto falam no Brasil? Primeiro, tira-se todo o conforto do avião ou o custo antes embutido na passagem. Mas isto já está ocorrendo no Brasil, como já foi citado. Onde mais se pode diminuir o custo? Na taxa de embarque. Um aeroporto “central” nas grandes cidades contribui com quase 50% do valor da passagem, devido às taxas de embarque. A solução é que, enquanto você vôa entre Londres e Paris via British Airways, vai pagar 200 libras, mas sai de Heathrow e chega no Charles de Gaulle. Mas a Ryanair vai vender-lhe uma passagem por 10 libras entre “Londres e Paris”, saindo do aeroporto de Manchester e chegando ao aeroporto de Beauvais. Isto é, “mais ou menos”, como eu vender parar você uma passagem aérea entre Belo Horizonte e São Paulo saindo de Uberaba e chegando em Ribeirão Preto. Mas vai ser bem barato…

    Cuidado com o que desejam: podem acabar conseguindo…

  • Eduardo Angelo Dias disse:

    É o modelo de aviação já difundido nos EUA chamado vôo amendoim pelo fato de que as passagens são mais baratas cobram pelos lanches (geralmente amendoins por isso o nome) e são vôos que atravessam todo o país realizando escalas em várias cidades. Os preços das passagens para estes vôos são irrisórios mas as empresas ganham em serviços de bordo e na maior quantidade de passageiros por trecho visto que os vôos atravessam o país.

    O problema é que querem copiar este modelo aqui mas ficam em um meio termo entre os modelos tradicionais e o econômico..

    Com um detalhe, aqui não viajo folgado em nenhuma companhia.. minhas pernas encostam sempre na cadeira da frente.. e olha que ainda tenho um “pânceps” bem definido rsrsrsrs o que piora a situação.

    Aos poucos acho que a tendência e a abertura para companhias de fora atuarem aqui. Por enquanto o Lobby da Gol e da Tam é fortíssimo para a não abertura.

    E o CAOSAÉREO propalado pela imprensa antes do fim do ano de fato não existiu.. acho que a chuva atrapalhou mais do que a greve do setor.. quem eu conheço que embarcou e desembarcou no fim do ano chegou no horário previsto…

    Abraços

  • EDUARDO BH disse:

    Iludimos com o discurso de que a Gol “democratizou”as viagens aéreas pelo país. De que ela proporcionou as classes mais baixas a viajar por este meio de transporte. Pode ser verdade. Mas, é inegável que o preço foi alto demais: – perdemos muito em conforto, qualidade e segurança.
    Tudo poderia ter sido feito sem estas perdas, se o nosso governo agisse melhor e regulamentasse com mais inteligencia o setor.Incluindo aí a abertura para as cias. estrangeiras no Brasil. Enquanto isso, boa viagem a todos e muito boa sorte !!!!!