Mesmo na vitória de 3 x 0 sobre o Tupi a torcida pegou no pé do técnico e de alguns jogadores do Cruzeiro.
Na coletiva depois do jogo, incomodado com essa reação, Wagner Mancini procurou minimizar, dizendo foram “apenas uns 50” de um universo de 8 milhões de cruzeirenses e que ele nem leva em conta. Não é por aí. Toda crítica precisa ser bem assimilada, porque delas pode-se tirar muito proveito.
Neste fim de semana tive a oportunidade de conversa com dois importantes personagens do nosso futebol, dos mais criticados na atualidade, e eles sabem lidar com a crítica: Paulo Schettino, presidente da Federação Mineira de futebol, e Sérgio Barroso, Secretário Extraordinário da Copa do Mundo, Secopa-MG.
Schettino aliás, é um bom exemplo de relacionamento com a imprensa. Não mistura as coisas e sabe que, normalmente, na nossa profissão, quem critica, o faz exercendo a atividade e que nada há de pessoal.
Ele não tem o menor constrangimento em ligar pessoalmente e esclarecer situações com quem de direito. Já tive o prazer de receber várias ligações dele, como sexta-feira, quando ele tentou explicar fatos que têm sido alvo de críticas, minhas principalmente.
Não consigo aceitar jogo adiado logo na primeira rodada; a folga forçada do América, que fica 18 dias sem jogar e a fórmula do Campeonato Mineiro. Nem 1.923 pagantes para um jogo do Cruzeiro, como neste jogo contra o Tupi na Arena do Jacaré.
Paulo Schettino informou que o Nacional de Nova Serrana não conseguiu arrumar a tempo o seu estádio e que a sua opção dois, que seria o Ipatingão, foi barrado pelo Ministério Público. Contra argumentei que é um absurdo o Nacional ter este poder todo e ao invés de indicar o Farião, na vizinha Divinópolis, que foi usado por ele na terceira e segunda divisões, apresentou Ipatinga, que não tem nada a ver com ele ou com Nova Serrana, como sua segunda sede.
Sobre a fórmula do Campeonato, o presidente da FMF concorda que deveria ser diferente e que a primeira divisão deveria ser única, com módulos A e B juntos, classificando-se os cinco primeiros para uma disputa nas datas da CBF com América, Atlético e Cruzeiro. Defendeu essa ideia, quatro anos atrás, mas foi voto vencido, já que Galo e Raposa, que têm o maior peso de votos no Conselho Arbitral, foram contra.
Acredito que hoje seja diferente, pois os presidentes são outros, com mentalidade avançada em relação a isso e sem nenhum interesse político-partidário.
A outra conversa foi em Uberlãndia e no voo de volta a Belo Horizonte, com Sérgio Barroso. A convite do Sebrae-MG fui lá para entrevistar o ex-capitão da seleção brasileira, Cafú, no III Seminário de Centros de Treinamentos de Seleções, visando a Copa das Confederações do ano que vem e Copa de 2014.
Barroso reclamou da avalanche de críticas em relação aos “pontos cegos” da parte superior das arquibancadas do estádio Independência.
Disse que o bicho está sendo pintado bem maior do que realmente é, e sugeriu que eu vá lá e faça o teste; assim como os demais críticos dessa situação.
Tentarei ir lá esta semana.
Da bola que rolou pelo Campeonato, o Tupi deu trabalho enquanto teve fôlego e Walter foi o destaque do Cruzeiro, pela vontade e mobilidade em campo.
O Galo jogou para o gasto e não teve maiores problemas para vencer a Caldense. Bernard voltou a tomar gosto pelas redes adversárias e marcou mais um como profissional atleticano.
Interessante é que demorou demais para que ele “desencabulasse” com a camisa alvinegra. Vi este moço marcando gols de todas as formas pelo Democrata de Sete Lagoas, até de cabeça, e muitos de falta, que o tornaram artilheiro isolado da terceira divisão mineira de 2010.
O Uberaba goleou o Democrata de Governador Valadares que já está preocupado com a possibilidade de rebaixamento; o Vila venceu bem de virada o América-TO e continua na briga por uma vaga no G4.
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