* Um problema sério que está ocorrendo sob perigoso silêncio em nosso futebol é a absurda proibição por parte da Polícia Militar, às faixas de protestos da torcida do Atlético na Arena do Jacaré, em várias oportunidades, inclusive no clássico contra o América, domingo.
Não contêm nada que contrarie a Constituição Federal; não incitam violência; discriminação ou preconceito. Têm frases que apenas cobram “vergonha na cara”; respeito ao torcedor e à camisa do clube, ainda referentes aos 6 x 1 que o time tomou do Cruzeiro ano passado.
E o mais incrível é que não se sabe de quem é essa “ordem”, que a PM segue com tanta eficiência, já que nunca houve nenhum pedido da diretoria do Atlético neste sentido, conforme informou-me o presidente Alexandre Kalil.
Foto: www.donasdabola.com.br
* Aliás, algumas coisas estranhas ocorrem Minas sem que as autoridades sejam devidamente questionadas. Por exemplo: até hoje não consegui entender o motivo de o governo do estado ter impedido os clubes de entrar na licitação para a gestão do Mineirão e Independência.
Em Milão, a prefeitura entregou o Estádio San Siro para os arquirivais Inter e Milan.
* Fez bem a diretoria do América em retirar o veto aos árbitros mineiros, especialmente nessa fase do Campeonato. O lance da expulsão do Leandro Ferreira continua em discussão, e não seria motivo para colocar sob suspeição o Igor Benevenuto.
Por outro lado, a FMF não pode escalar os mesmos árbitros seguidamente em jogos de um mesmo clube; até para preservá-los.
* Ainda sobre a proibição das faixas da torcida, alguém chegou a dizer que seria determinação da CBF ou FMF, mas qual o poder que elas têm para isso? O Juiz Federal Lincoln Pinheiro Costa lembrou que, ano passado, o Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, declarou como lícitas até as manifestações pela liberação da maconha. Mas protestar o que envolve o futebol não pode?
* Essas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã no jornal O Tempo, nas bancas!
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