* A cerveja foi proibida nos estádios e virou até lei. Depois proibiram as bandeiras e mais recentemente não deixam o torcedor praticar uma tradição que era sagrada: ouvir seu radinho de pilha enquanto assistia o jogo da arquibancada.
Cada medida absurda dessas teve origem em alguma autoridade, seja do Ministério Público, da Polícia Militar, alguma outra ou todas juntas.
Agora está ocorrendo uma proibição mais absurda ainda e ilegal, mas até agora não apareceu o autor da ordem: a repressão às faixas de protesto da torcida do Atlético, com frases simples, como “Vergonha na cara”.
A diretoria do Atlético soltou nota oficial ontem dizendo que não tem nada com isso e que apóia todo tipo de protesto pacífico.
Estou aguardando retorno do Tenente-Coronel, Alberto Luiz Alves, chefe da PM/5 (Assessoria de Comunicação Social da Polícia Militar) ou do Major Sandro, da Assessoria de Imprensa, a quem recorri, através de e-mail para obter informações oficiais sobre o assunto.
Afinal, vivemos numa democracia; a PM é uma das guardiãs da Constituição Federal, e o que está havendo nessa repressão às faixas de protesto é inconstitucional.
Um vídeo que está rolando no YouTube, mostra inclusive, um militar mandando um torcedor da Torcida Jovem parar de filmar a ordem que ele estava dando para que a faixa fosse retirada do estádio do Villa Nova, domingo. Outra arbitrariedade, inaceitável.
Reitero o respeito que sempre tive e tenho pela nossa Polícia Militar, mas ela está cumprindo ordens indevidas, seja de quem for, porque não há nada de ilegal, que incentive qualquer perturbação pública nessas faixas.
E lamento que a imprensa esteja tão tímida na denúncia deste tipo de desrespeito à liberdade de expressão. Importante lembrar que quando o Estado de Direito é quebrado, nós, jornalistas e radialistas somos os primeiros a ser silenciados.
Não tive o desprazer de trabalhar sob a ditadura militar, mas os companheiros mais velhos sentiram no lombo o drama. A propósito, sábado serão comemorados os 60 anos do “Binômio”, jornal fundado pelo grande José Maria Rabelo, empastelado no pré-golpe militar de 1964. Uma boa oportunidade para relembrarmos o regime de exceção.
A propósito, o leitor Celso Gomes, enviou a seguinte sugestão ao blog: “14 torcedores com as iniciais, ”vergonha na cara” pintadas no peito, pode?”
* Por falar na Polícia Militar, o time de Masters da corporação, comandado pelo Cel. José Aníbal Fonseca e recheado de alguns ex-craques do nosso futebol, estará em Carmópolis, sábado, em partida festiva de entrega de faixas, contra o Tupanuara Futebol Clube, 1º Campeão da Copa 381 de Futebol da região.
Além dos ótimos jogadores da própria PM, estão confirmados: o volante Valdir Todinho, o zagueiro Cleber, os atacantes Sérgio Araújo e Jeferson Feijão e o lateral Paulo Roberto Prestes.
Na preliminar jogo da escolinha, categorias 99/2000 da ASCAM – Associação Carmopolitana de Apoio à Criança e ao Adolescente.
* O ex-goleiro Raul e o ex-atacante Euller estarão em Montes Claros, na entrega da 10ª edição do Troféu Bola Cheia, a maior premiação do esporte no interior de Minas, muito aguardada anualmente no Norte do estado. Idealizada e coordenada pelo grande desportista Denarte D’Ávila, com a parceria há cinco anos da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes e apoio do Conselho Regional de Educação Física (CREF – Região 6).
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