Depois de uma semana onde os considerados melhores do país e do mundo dançaram feio em suas pretensões estaduais e européias, é melhor “guardar a boca para comer a nossa farinha”, como diz o Flávio Anselmo, no que se refere à rodada das semifinais do Campeonato Mineiro.
A diferença fundamental é que aqui, em nosso doméstico, estamos discutindo quem é o pior ou o menos ruim, ou se vamos brigar para não cair, de novo, no Brasileiro; e no caso do América, se tem time para ficar entre os quatro que subirão à Série A.
O Tupi oferece risco ao Atlético e o América, que já deu muito trabalho ao Galo e ao Cruzeiro neste Campeonato, pode voltar a se impor e garantir a sua presença na final e até conquistar o título.
Tudo pode acontecer, quando há equilíbrio, principalmente na pobreza técnica dos concorrentes.
Os quatro têm fragilidades específicas impressionantes, e apenas o Cruzeiro tem um jogador especial, que pode decidir quando as coisas estiverem complicadas: Montillo.
Porém, até Messi teve seus momentos ruins nos últimos jogos e naufragou com o Barcelona, no Espanhol e na Liga européia.
Tudo pode acontecer, dentro e fora de campo. Mesmo porque, não temos nenhum gênio no comando técnico dos quatro finalistas, e mesmo se houvesse, até o top do mundo no momento, Pep Guardiola, se desgastou com as últimas derrotas e jogou a toalha no Barcelona, o melhor dos melhores da atualidade, conforme mostra esta reportagem do site da FIFA.
Para este caso, do Barça e Cia., vale a velha frase: “não há mal que sempre dure; nem bem que nunca se acabe!”
* “Guardiola, fim de uma era”
Comandante do time que encantou o mundo do futebol nos últimos anos, o técnico Pep Guardiola vai deixar o Barcelona ao término desta temporada e será substituído pelo seu auxiliar, Tito Vilanova. O anúncio de sua saída da equipe blaugrana foi feito em entrevista coletiva nesta sexta-feira, na mesma semana em que o Barça foi eliminado pelo Chelsea nas semifinais da Liga dos Campeões e em que praticamente deu adeus ao sonho de conquistar o tetra no Campeonato Espanhol, após a derrota para o Real Madrid em casa.
Na entrevista, Guardiola apontou como motivos para a saída o estresse gerado nos últimos anos à frente do time. “Quatro anos é uma eternidade e desgastam muito. No final de dezembro, comuniquei que meu período estava chegando ao fim, mas não podia dizer isto aos jogadores. De qualquer forma, já havia decidido há algum tempo”, destacou o treinador. “Lamento pela incerteza que isso gerou. Talvez tenha sido um erro não ouvir as pessoas que pediam que eu renovasse por dois anos. Sempre quis contratos curtos, porque a exigência de treinar o Barça é muito grande”, completou.
Pouco depois do treinador, foi a vez de o presidente do clube, Sandro Rosell, falar sobre a situação e agradecer o treinador. “Obrigado ao Pep por aperfeiçoar um modelo de futebol que nunca será contestado. Obrigado pelos valores, o afeto e o carinho. O agradecimento do Barcelona será eterno. Pep, de coração, muitíssimo obrigado”, disse um emocionado Rosell.
Em seguida, quem também falou foi o diretor técnico e ex-goleiro do clube, Andoni Zubizarreta, que comentou sobre a escolha do substituto. Entre os candidatos para a vaga, o mais citado era Marcelo Bielsa, que está no Athletic Bilbao e é considerado por Guardiola como um dos melhores técnicos do mundo. No entanto, o time espanhol optou por manter a mesma filosofia de trabalho do antecessor e preferiu promover Vilanova.
“Guardiola representou os valores do Barcelona, com disciplina e o trabalho forte. Continuaremos sua ideia e buscamos um técnico com seu perfil. Sempre dissemos que quando queremos um jogador vamos buscar dentro do próprio clube, casos de Pedro, Cuenca e Tello. Com relação ao técnico não foi diferente”, disse Zubizarreta.
Guardiola assumiu o comando do Barcelona no início da temporada 2008/2009, substituindo o holandês Frank Rijkaard. Desde então, o treinador dirigiu a equipe em 19 torneios (dois ainda em disputa) e ganhou 13 títulos. Este número pode ser aumentado caso o time catalão consiga derrotar o Athletic Bilbao no próximo dia 25, em Madri, na final da Copa do Rei, ainda sob o comando do treinador.
Entre suas principais conquistas estão duas Ligas dos Campeões da Europa (2008/09 e 2010/11), três Campeonatos Espanhóis (2008/09, 2009/10 e 2010/11) e dois Mundiais de Clubes (2009 e 2011). Além disso, o time obteve uma Copa do Rei (2008/09), três Supercopas da Espanha (2009, 2010 e 2011) e duas Supercopas da Europa (2009 e 2011).
Guardiola teve carreira de sucesso como jogador do Barcelona entre 1990 e 2001 e assumiu a equipe B dos catalães pouco depois de sua aposentadoria dos gramados, em 2007. Sua rápida ascensão resultou no convite para assumir o time principal, no qual o técnico implantou uma filosofia de valorização da posse de bola e do jogo bonito.”
* http://pt.fifa.com/worldfootball/clubfootball/news/newsid=1621567.html?cid=twitter_voiceofthesite
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