Com a velocidade da informação e tantas opções disponíveis para se informar sobre tudo, a imprensa anda se confundindo e confundindo o público com uma intensidade nunca vista antes, aqui e no mundo.
Há grande dose de incompetência, irresponsabilidade, ingenuidade, maldade e interesses inconfessáveis também, obrigando o consumidor das notícias a apelar para vários veículos e profissionais, para não embarcar em canoa furada.
Agora a pouco vi a Renata Fã e o ex-atacante Denilson, transformado em comentarista pela Band, dizendo que o também ex-jogador Neto disse que o São Paulo vai mandar o Emerson Leão embora e contratar o Cuca.
Não passou muito tempo e comecei a receber e-mail e telefonemas de pessoas que querem saber se isso é verdade ou não.
Respondo o mesmo que respondi há uns 10 dias, quando alguns da imprensa mineira anunciaram que Levir Culpi estava contratado e que Cuca estava fora do Atlético, “ganhando ou perdendo” o Campeonato Mineiro para o América.
Ou, outros companheiros que garantiram que viram o Adilson Batista em Belo Horizonte e que ele se apresentaria na Toca da Raposa na segunda-feira para iniciar o seu novo trabalho no Cruzeiro: duvide sempre dessas informações, chutadas!
Só mesmo ouvindo dos envolvidos, para se ter garantia de qualquer coisa, neste tipo de situação.
A falta de compromisso com a profissão e o desprezo pelo leitor e ouvinte é que fazem com que alguém do nosso meio aja dessa forma, e depois não se digne nem a pedir desculpas.
Justiça seja feita ao Thiago Reis, que pediu desculpas por ter dito que o Adilson estava em Belo Horizonte.
Também peço desculpas quando erro! É um dever nosso, pois ninguém é infalível.
Antigamente justificava-se sob a alegação de que o repórter queria “furar” a concorrência, informando em “primeira mão”.
Hoje, com a quantidade de mídias, nessa velocidade, isso se tornou uma preocupação “inócua, insípida e inodora”, já que perdeu o sentido. Patrão não valoriza mais este tipo de coisa como antes, porque a comunicação também mudou, e trata-se de uma coisa cada dia mais rara.
Nos últimos dez anos, podemos considerar que tivemos dois furos; notícias que dois profissionais deram em absoluta e incontestável primeira mão: em termos nacionais, a “Máfia do Apito”, comandada pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho, que manipulava resultados do Campeonato Paulista e do Brasileiro, denunciada pelo André Rizek, na época, na revista Veja (2005).
Em termos locais, o acordo do Atlético com a BWA para a administração conjunta do Estádio Independência, pelo João Vitor Xavier, na Rádio Itatiaia.
O resto tem sido perfumaria e descrédito!
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