Tão importante quanto a vitória foi a qualidade do futebol exibido pelo Atlético contra o Corinthians, além da tranquilidade demonstrada durante toda a partida. No primeiro tempo insistiu demais nas bolas aéreas, fazendo a alegria do goleiro Cássio, com os seus dois metros de altura. Porém, foi justamente numa dessas bolas alçadas que saiu o gol da vitória, marcado pelo Danilinho, o mais baixinho em campo, no segundo tempo.
Foi um resultado animador, contra um adversário da prateleira de cima. O Corinthians é um todo, equilibrado, sem nenhum craque que faça diferença, mas guerreiro, do primeiro ao último minuto.
Essa vitória mostrou também que o Estádio Independência pode se tornar o tão sonhado “caldeirão” do Galo, onde a participação da torcida pesa demais a favor. Foram quatro jogos, três vitórias e um empate. Apesar de que o público foi muito abaixo da expectativa ontem, com apenas 14.740 pagantes.
O primeiro tempo foi igual em todos os aspectos, até nas oportunidades desperdiçadas. Aos 31 o mesmo buraco da defesa atleticana, evidenciado no Campeonato Mineiro, reapareceu, mas assim como no estadual, o atacante deixou de fazer o gol. Elton errou a cabeçada, dentro da pequena área. Na sequência, no minuto seguinte, foi a vez de o Mancini retribuir e perder uma chance na cara do Cássio.
No segundo tempo os dois times partiram para cima, houve lances de perigo de lado a lado, porém prevaleceu o gol do Danilinho, que fazia outro jogo muito ruim, e a boa postura da defesa atleticana.
O estreante Junio César começou bem. Jogou pouco tempo, mas agradou à torcida.
O Cruzeiro voltou com um ponto de Recife e pode comemorar sim, apesar dos pessimistas reclamarem que o time está jogando com muitos volantes e que o Celso Roth esteja optando por um sistema muito defensivo. Prefiro seguir a linha de raciocínio dos otimistas e realistas: a defesa que vinha sendo uma peneira, não leva gols a duas partidas.
E o estilo Roth é inconfundível.
Primeiro o Celso Roth arruma a defesa e depois vai ajeitando meio e ataque. Já já começam as “goleadas” de 1 x 0, e três pontos beliscados dentro e fora de casa. Começar o Campeonato sem perder dá moral aos jogadores e mantém o ambiente calmo.
Por onde o Celso Roth passou foi assim e tudo indica que no Cruzeiro não será diferente.
O Náutico pressionou muito, mas em vão.
O América não relaxou em nenhum momento contra o CRB e deu uma goleada convincente. O time mantém o ritmo do Campeonato Mineiro e mostra evolução a cada jogo, mas a situação vai se apertar a partir de agora. Com 100% de aproveitamento o Coelho será mais observado pelos concorrentes a partir de agora, exigindo uma maior variação de jogadas dos comandados do Givanildo.
Ótima a iniciativa do presidente da Federação Mineira de Futebol, Paulo Schettino, de iniciar conversas visando mudar fórmulas e corrigir problemas crônicos do nosso futebol. E começou a rodada de diálogos justamente com quem mais cobra, porque tem este dever: a imprensa. Editores e críticos dos veículos de comunicação de BH foram convidados para um café na sede da entidade, sexta-feira.
A FMF mostra que está sensível às reclamações gerais contra o marasmo, desorganização e falta de revelações do futebol mineiro. A fórmula de disputa dos Campeonatos da primeira, segunda e terceira divisões; as péssimas condições de muitos estádios; mudanças em datas de jogos; relaxamento por parte da entidade nos prazos de inscrições de times e atletas; enfim, tudo foi discutido neste encontro com os jornalistas.
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