Varsóvia amanheceu paulistana, cinzenta, porém, o tempo foi melhorando e a partir das 10 horas o clima ficou belorizontino, com muito sol e gente nas ruas.
Amanhã será a abertura da Eurocopa e a cidade está lotada de estrangeiros, especialmente gregos, que não aparentam estar vivendo uma das maiores crises econômicas da sua história.
Estão em milhares, andam aos bandos, alegres, sorridentes, embandeirados, vestidos com as cores nacionais, azul e branco e lotam bares, restaurantes e áreas de lazer.
Famílias inteiras de gregos vieram prestigiar a seleção “hellênica”, que apareceu como uma das grandes zebras da história dessa competição, conquistando o título de 2004, disputado em Portugal.
Enfrentam justamente a Polônia na abertura. Se só motivação resolvesse no futebol eu diria que os poloneses vão dar uma g oleada nos gregos na estreia.
Parece que o país inteiro está aqui torcendo.
Agora são 16h05 aqui, e a festa só está começando entre eles.
Depois de uma lida nos jornais e imagens de Belo Horizonte para ver o que anda acontecendo por aí, passei a ler os e-mail e comentários no blog.
Vi que o América cedeu o empate aos 49 ao São Cateano, terça-feira, e o Galo, também no apagar das luzes ao Bahia.
O Cruzeiro tenta vencer pela primeira vez no Engenhão e acabar com a sequência própria de empates e derrotas, esta noite contra o Botafogo.
Lamentável que o goleiro Giovani tenha dado razão mais uma vez a quem entende que o Atlético vai se ferrar, sem um goleiro de mais estável, que passe mais segurança. Urgente!
E para resumir o resto do jogo, destaco o e-mail que recebi da Luciana Jory, com que concordo com tudo, especialmente em um tem: boa parte da torcida atleticana tem tradição em pegar no pé de jogadores da casa, sem ter com eles a mesma paciência que tem com “come-dormes” que chegam de outros estados, muitas vezes “ex-jogadores em atividade”.
Já pôs pra fora muitos, que fizeram sucesso em outros grandes clubes depois.
O mesmo acontece com colegas de imprensa, que vez por outra resolvem pegar no pé de um recém promovido, jogando o coitado às feras.
Pelo que disse a Luciana, a bola da vez é o Bernard:
“Bom dia Chico,
Hoje cedo levantei e a primeira pessoa que me veio a cabeça foi você…rsrs
Pensei assim: vou escreve um email ao Chico Maia.
E o motivo deste email é que estou profundamente chateada com a torcida atleticana que tem ido aos estádios. Se o time faz gol, torcem como se fosse o Barcelona e se toma um gol, mesmo que o time tenha lutado todo o jogo, vaiam como se o time não prestasse.
Poxa, vaiar o Bernard aquela altura do jogo? Pra mim é uma covardia sem tamanho. Vaiem ao fim do jogo, mas não vaiem durante a partida. Não percebem que são seres humanos que estão em campo e vaias destabilizam o emocional de qualquer um?
Hora, sou do tempo em que meu pai me levava ao Mineirão na década de 90 e vc não sabia se olhava para o campo ou para a torcida na arquibancada, era hipnotizante o amor lindo e incondicional. Agora se transformou numa torcida comum e, pior, amarga.
A Arena Independência se transformará num caldeirão com a torcida atleticana. Porém, do jeito que vamos, é o GALO que será cozido neste CALDEIRÃO.
Chico, se puder, fale sobre isso em sua coluna.
Abraços
Luciana Jory”
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