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Jogos da Eurocopa são sob tensão permanente

As questões históricas e o fim de países e blocos que originaram novas nações em fins do Século passado fazem da Eurocopa um caldeirão e o futebol é um prato cheio para a extravasão de mágoas recolhidas.

Em quase todos os jogos até agora houve algum tipo de incidente, pequeno ou grande, dentro ou fora de campo. A polícia teve muito trabalho para apartar croatas e irlandenses, depois da vitória croata por 3 x 1, em Poznam.

Antes, mais de 500 poloneses carregavam faixas: “Pão sem jogos”, criticando o governo pelos gastos com a organização da Euro2012.

Amanhã, um jogo altamente explosivo: Polônia e Rússia, que têm rixas políticas que vêm do Século XVII, e se enfrentam em Varsóvia.

Torcedores russos já aprontaram no jogo de estréia deles contra a República Tcheca e agrediram voluntários e seguranças poloneses que foram para no hospital, alguns em estrado grave.

A seleção russa se hospedou no Bristol Hotel, que fica quase ao lado do Palácio do Governo da Polônia e isso foi encarado como uma provocação pelos poloneses.

Os problemas políticos são misturados com o futebol, que é usado para chamar a atenção do mundo: a Polônia quase conquistou a Rússia no Século XVII. No Século XVIII os russos deram o troco e, junto com a Áustria, tiraram a Polônia do mapa, anexando-a ao seu território.

Os poloneses reconquistaram a independência ao fim da Primeira Guerra, em 1918, porém, foram invadidos por Hitler em 1939, e depois novamente pelos russos, através da União Soviética, em 1945.

– A violência brasileira costuma ser tema das conversas entre jornalistas europeus, asiáticos e norte-americanos que estão cobrindo a Eurocopa.

O seqüestro do chileno Valdívia, do Palmeiras, e a tentativa de estupro da esposa dele estão provocando mais estragos nessa péssima imagem do nosso país neste aspecto por aqui.

– Por em falar em Brasil, tomara que Atlético e Cruzeiro continuem progredindo na tabela de classificação.

Galo e Raposa têm bons estrategistas como técnicos, que sabem o que querem e aonde podem chegar. Claro que é cedo para qualquer tipo de projeção, porém, impressiona, em seis rodadas, ver o Santos sem vencer, e o “Timão” na lanterna.

– Um jogador como Ronaldinho Gaúcho, com vontade, faz muita diferença; e como sempre, Celso Roth segue a sua trilha: primeiro arruma a defesa, depois o restante. E as beliscadas de pontos dentro e fora de casa começam a ficar menos raras.

– Observações e idéias interessantes chegam de leitores, e cito algumas. Escrevi sobre a excelência dos serviços de táxi na Polônia, e o Júlio César de Souza Torres Dias, taxista em Belo Horizonte, sugere que os bons exemplos daqui, sejam adotados pela BHTrans, Abrataxi e Associação dos Taxistas, que poderiam criar uma central de serviços de tradução de idiomas, via celular, para atender aos passageiros estrangeiros na capital mineira.

– Rogério Zupo também nos escreveu sobre táxis em Belo Horizonte: não se consegue ir nem voltar ao Estádio Independência de táxi, simplesmente porque eles desaparecem em dias e horários de jogos.

– Alisson Sol sugere uma visita, tecendo elogios ao site da UEFA (www.uefa.com), muito melhor e mais prático que o da FIFA e sem comparação com o da Conmebol. Ele tem razão. E a CBF e a nossa FMF deveriam seguir o exemplo.

– Amauri Pessoa sugere que eu visite a cidade natal de Frederyc Chopin, que inclusive empresta o nome ao aeroporto internacional de Varsóvia, assim como Tom Jobim ao Galeão. A cidade é Zelazowa Wola.

– Não sei se vai dar tempo, mas vale ressaltar que a Polônia sabe valorizar os seus vultos da história e Chopin tem até um roteiro de visitação espetacular na cidade antiga de Varsóvia, onde ele morou até se mudar para Paris. Onde ele freqüentava há equipamentos que registram em textos e músicas a obra dele. Um banco, por exemplo, no local onde ele costumava se sentar tem um mapa e um botão “play”. Você aperta e ouve as músicas mais famosas do pianista.

– O conterrâneo Emilio Melo Figueiredo pediu mais informações sobre os poloneses e a sustentabilidade.

Pois bem: respeito aos portadores de deficiência, com a instalação de equipamentos apropriados nos locais de grande circulação, públicos ou privados, é uma marca da Polônia.

DEFICIENTES2

O país também abraçou a preservação do planeta, concedendo o “selo verde”, às obras das construção civil que respeitam às práticas da sustentabilidade.

TAXI

Uma cooperativa de táxis aderiu ao “selo-verde”.


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Comentários:
8
  • J.B.CRUZ disse:

    Vi o jogo de UCRÁNIA X SUÉCIA e confesso que perdi meu tempo..Em nenhum momento da partida teve lances capitais,eletrizantes ou espetaculares..A partida foi modorrenta do começo ao fim (aliás, todas da EUROCOPA até agora)…Nem ESPANHA E ITÁLIA despertou emoção…vi jogos do CAMPEONATO BRASILEIRO no fim-de-semana, VASCO e BAHIA e GRÊMIO X CORINTHIANS proporcionaram momentos de muita emoção e belas jogadas…Para os pessimistas de plantão quanto aos nossos times no brasileiro, acordem, já estamos na quarta rodada e sempre em frente….

  • Dudu GALOMAIO - BH disse:

    Abram os olhos, times mineiros! Abram os olhos!

    O Galo já começou a ser garfado no jogo contra o Bahia. Pênalti não marcado e gol anulado, ambos os lances com o Jô. Lances pelo o menos discutíveis. Já contra o Parmêra, mão grande pra cima do Galo. Assaltaram na cara dura, anulando 2 gols legítimos e inventando um impedimento do Jô (que tem sido o maior protagonista dos lances polêmicos). O Galo, pelo bom início, já está incomodando e sendo alvo de “presepadas”.

    O próximo a ser garfado, se continuar subindo na tabela, será o time celeste. Anotem aí.

    O que é triste, é ver alguns colegas lunáticos virem até aqui no blog e soltarem esta pérola:”O Kalil só sabe chorar de arbitragem”. É complicado, pois mesmo os meus amigos cruzeirenses admitem que o juiz meteu a mão no Galo “de com força” como se diz na gíria e o cara, ao invés de fazer côro contra a safadeza pra roubar o futebol mineiro, prefere dar voz à sua implicância com o dirigente atleticano… rsrs

    Fazer o que né?
    Saudações atleticanas!!!

  • Henrique Ipatinga disse:

    – Time do Galo jogou muito bem e conseguiu fazer 3 gols no Palmeiras em pleno Pacaembú. Pena que 2 foram anulados injustamente.
    – Sou atleticano e não faço tempestade em copo d’água. Fomos prejudicados também com um gol mal anulado contra o Bahia, mas fomos beneficiados com um penalti claro não marcado no jogo contra a Ponte Preta, numa falha bizonha do Léo Silva que meteu a mão na bola. Então, vamos parar com esse papo de complô e nos preocuparmos com futebol.
    – Com relação ao jogo do Cruzeiro, o penalti foi claro. O defensor do Sport foi estabanado e atingiu o jogador cruzeirense. Penalti claro. O time celeste jogou mal demais mas venceu. É a era Celso Roth que nós atleticanos conhecemos bem.

  • Alisson Sol disse:

    Vendo os melhores momentos do jogo do Atlético-MG: claramente houve uma arbitragem tendenciosa. Não comprometeu o jogo porque foi uma daqueles casos “IpatingXCruzeiro” de dois anos atrás: não conseguiu!

    Já em relação ao Cruzeiro, a “estratégia” do Celso Roth pode estar até dando certo, mas a “tática” para cada jogo, eu não consigo entender. Pessoalmente, acho até que foi uma penalidade corretamente marcada, mas e se não tivesse sido marcada? E eu tento, tento, mas não consigo achar a defesa do Cruzeiro “organizada”. E o Sr. Tinga continua chegando atrasado nas bolas cruzadas. Vamos aguardar…

  • Klang disse:

    Chico, posso dar uma dica? Enquanto você está na Europa, acompanhando a Eurocopa, e impossibilitado de acompanhar de perto o que ocorre no futebol mineiro, que tal lançar um breve comentário sobre cada partida dos times mineiros, algo simples, com o placar e a ficha técnica, facilmente conseguida em qualquer site esportivo ou no site da FMF e deixar o povo do blog comentar sobre as partidas?

  • Emilio Figueiredo disse:

    Valeu CM… isso chama-se primeiro mundo!!!

  • sergio ramos disse:

    O vestibular/2012 da Universidade Federal de Governador Valadares estabeleceu para o processo seletivo duas avaliações: a primeira objetiva e a segunda subjetiva.
    Minha filha (Bartira Rezende Ramos) obteve 76 pontos na classificação do grupo, na primeira avaliação. A linha de corte foi de 80 pontos.
    Para o mesmo curso, o de Medicina foi estabelecido diferentes linhas de cortes para que os alunos tivessem suas provas subjetivas corrigidas e consequentemente a seleção devida. Ocorre que foi estabelecido pela Universidade linhas de cortes diferentes, onde alunos que obtiveram nota 66 foram classificados para que suas provas subjetivas fossem submetidas à correção e consequente classificação.
    No grupo da minha filha, apenas 76 foram classificados, cuja linha de corte foi de 80 pontos, num total de 100, para que as provas subjetivas fossem corrigidas e avaliadas e dessa lista tirar cerca de 20 vagas aprovadas.
    Pergunto:
    1- E se nessa lista desses 76 as provas subjetivas não obtiverem pontuação mínima regular para aprovação?
    2- Será esse sistema justo, igualitário ou Cabe uma arguição judicial ACP, para que a linha de corte seja estabelecida com base na linha de corte das cotas que estabeleceu como mínimo, 66 pontos.
    3- Acredito, que estamos diante de um situação inusitada, onde a avaliação não corresponderá com os princípio de que todos são iguais perante a Lei, conforme o diploma constitucional.
    4. As notas de cortes estabelecidas não apresentam principio de justiça e igualdade.

    Caso em que pode existir a possibilidade de ingressar em juízo federal, ACP com pedido de liminar para que a linha de corte seja revista PARA TODOS OS CANDIDATOS QUE OBTIVERAM ACIMA DE 66 PONTOS DE APROVAÇÃO NA PRIMEIRA PROVA.

    AGUARDO MANIFESTAÇÃO DESSE MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

    SOBRE INCLUSIVE POSSIBILIDADE DE INGRESSO COM ACP, PEDIDO ANTECIPADO DE TUTELA PARA QUE SEJA GARANTIDO O PRINCIPIO DE IGUALDADE CONSTITUCIONAL.

    SERGIO RAMOS DOS SANTOS

    – GV

  • – Não é “chororô” desenfreado, mas no jogo contra o Palmeiras anularam dois gols do Galo, sendo que num deles o Rafael Marques parece que não estava impedido; se acaso não houve irregularidade que justifique tal anulação, o CAM tem que protestar junto à CBF e comissão de arbitragem para que isso não se repita.
    – Já com respeito ao penalti marcado contra o Sport ontem aqui na cidade interplanetária, o atleta pernambucano escorregou literalmente e o “outro” que vinha correndo tropeçou no pé de apoio desse que estava escorregando, e o juiz “conseguiu” ver penalti num claro acidente (escorregão), portanto, “beneficiaram” o clube celeste.
    – Todos os clubes de futebol prejudicados numa decisão “equivocada” do trio de arbitragem deveriam procurar seus direitos e levarem as imagens do lance que os prejudicaram, e dentro da razoabilidade, o responsável pelo erro (árbitro ou bandeirinha, ou ambos!) deveriam ser afastados dos jogos das equipes envolvidas.
    – Independente de quem seja o adversário, nenhum clube pode ficar no prejuízo com relação à erro de arbitragem. Basta de “meter a mão”, chega de jogos manjados com resultados que favoreçam os vários “protegidos” da CBF que entra ano e sai ano, todos sabem de quem se tratam.
    – Se tentarem justificar alegando que o árbitro tem frações de segundo para decidir determinada jogada, que seja solicitado e/ou sugerido à FIFA que se utilize de recursos tecnológicos para acabar de vez com essa “picaretagem” que só prejudica algumas equipes em benefício dos eternos protegidos! Mas esperar honestidade no futebol é querer demais, porém, não impossível…