Desde as primeiras horas de hoje as TVs e rádios da Polônia dedicaram grandes espaços à possibilidade de confronto físico entre poloneses e os mais de 12 mil russos presentes na Eurocopa. As confusões começaram pouco depois do meio dia nos arredores dói Estádio Nacional de Varsóvia, dando muito trabalho aos 8 mil policiais destacados para garantir a segurança.
Além de toda a tensão que cerca historicamente as relações entre os dois países, os russos resolveram comemorar o fim da União Soviética, justamente na chegada ao estádio; atitude entendida como provocação pelos poloneses.
Aliás, dos torcedores de todos os países presentes na Polônia os menos sociáveis são os russos, que não costumam se misturar com as demais nacionalidades.
Os mais festeiros são os irlandeses e espanhóis, com destaque para a simplicidade da turma irlandesa, que gosta de se entrosar com todo e a última a sair dos bares, boates e voltam para os seus hotéis.
Há um bom número de brasileiros também, indo aos jogos e marcando presença nas “Fan-Zone”, versão da UEFA das “Fan-Fest”, da FIFA, durante a Copa do Mundo.
E muitos mineiros, portando bandeiras e camisas de Atlético e Cruzeiro.
De Moto-Home Fernando Balderrama, Bernardo Aragão, Lucas Mendes, Bruno Ferreira, Mário Broz e Roberto Mauro Ribeiro, estão na Eurocopa.
Também estão aqui, Guilherme Pimentel, de Valadares, José Sérgio, de Itaúna e Maurício Zanon, de BH, com suas camisas e bandeiras de Atlético e Cruzeiro.
Durante França 1 x 1 Inglaterra, conheci Andrew MacGregor e esposa, um casal australiano. Perguntei se pensam em ir ao Brasil para a Copa 2014, e para a minha surpresa, ele que gosta de futebol e já foi a várias Copas, não sabia que a próxima será na “América do Sul”. Ficou feliz em saber e disse que, caso a Austrália se classifique, irá, com a esposa.
Aliás, nada se fala sobre os preparativos do Brasil para a Copa por aqui.
Estou em Wroclaw, 650 mil habitantes, onde assisti República Tcheca 2 x 1 Grécia. São 380 quilômetros em ótimas estradas, de Gdansk até aqui; a maioria duplicada ou em processo de duplicação. A Polônia toda é um canteiro de obras de grandes rodovias. É o país do leste europeu que mais cresce nos últimos 10 anos. Integra à comunidade européia mas não aderiu ao Euro. Sua moeda continua sendo o Zloti. Com R$1 se compra 1,67 Zlotis.
Em Varsóvia o aumento de preços para turistas em função da Eurocopa não foi muito sentido, mas no interior do país, alguns segmentos do comércio não estão perdendo tempo e enfiam a mão no bolso do freguês. Na hotelaria, por exemplo, onde a procura é enorme, o Hotel Holland Residence, subiu uma tarifa de 450 Zlotis para 950. Se o pretendente não quisesse, que dormisse na rua, pois não havia mais opções, em Gdansk.
A internet também não funciona tão bem como em Varsóvia. As cidades sedes se preocuparam em disponibilizar o Wi-Fi nas praças e demais locais públicos, mas o acesso é demorado e incerto, bem semelhante ao que ocorre no Brasil.
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