Blog do Chico Maia

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Enquanto isso a caixinha de maldades continua funcionando

O americano Márcio Amorim, obviamente incomodado pela segunda do derrota do Coelho no Campeonato, 2 a 0 para o Goiás, enviou-nos uma ótima reflexão sobre cidadania e às mazelas às quais somos submetidos:

“Caro Chico,
… enquanto isso, naquele paupérrimo país do futebol, anunciaram ontem que vamos pagar pedágio durante cinco anos, para trafegar nos trechos não duplicados (e cheio de buracos) da 040 e da 116.

O “objetivo” é arrecadar grana para duplicá-las daqui a cinco anos. Sabem para onde vai o dinheiro? Para as cuecas e, no futuro, a CUT vai ameaçar colocar o povo nas ruas para defender quem puser a mão nele.

Viva o tal Vereador!
Viva qualquer Deputado Estadual!
Viva qualquer Deputado Federal!
Viva qualquer Senador da republiqueta!
Viva a CUT!
Viva o Ronaldinho! O menor e o mais insignificante dos nossos problemas. Acho que ele, mesmo não jogando nada ainda – nem sei se jogará – já deu, sim, nova cara ao time do Atlético (opinião de americano).
Viva o lixo em que estão transformando este Brasil com o aplauso de quase 85% dos cidadãos!”


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Comentários:
15
  • Paulo Henrique disse:

    Márcio,

    tem notícia boa também. Não fique só na grande mídia. Acontecimentos como esses dão esperanças ao povo da região.

    http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/justica-cassa-prefeito-de-itacambira-e-multa-outros-13-politicos-1.9309

  • Márcio Amorim disse:

    Caro Luiz,
    obrigado pelo belo texto sobre o Coelhão, paixão maior das montanhas de Minas.

  • Paulo Henrique disse:

    Tranquilo Márcio. Entendi tudo e achei satisfatórias e coerentes as explicações.

    Até o próximo “diálogo”. Abraço!

    J.B.Cruz, relendo meu post direcionado a você, pensei que possa ter parecido grosseiro. Se te pareceu isto, peço desculpas. Importante frizar que não discuto pessoas (principalmente quem não conheço), apenas ideias. Prefiro quem manifeste opiniões contrárias às minhas a quem se cale para assuntos importantes. Saudações alvi-negras!

  • luiz disse:

    Prezado Marcio Amorim,

    Suas observações acerca do nosso cotidiano são muito pertinentes e concordo como vc.
    Voltando ao futebol, gostaria que você lesse esse texto que busquei no site do Mauro Beting, sobre o seu América e do meu falecido pai(saudades).
    Sei que o Chico Maia , com sua nobreza ímpar, o fará chegar até você.
    Ia postar somente o endereço, mas sou meio topeira com esse negócio de computador.

    América, 100
    por Mauro Beting em 01.mai.2012 às 10:03h

    Decacampeão no Sudeste só tem um. Só terá o América Futebol Clube de 1916 a 1925. América Mineiro para se diferenciar dos outros Américas que fizeram o Brasil, foram muito mais fortes do que são, e, hoje, parecem civilizações pré-colombianas, de rica e comovente história, mas que virou “apenas” história.

    O América era o maior de Belo Horizonte e dos maiores do Brasil quando Minas dominava o país com São Paulo no acordo político do “café com leite”. Dos anos 70 para cá, ou desde a inauguração do Mineirão, em 1965, com a ascensão do ex-americano Tostão com a camisa estrelada da Via Láctea do Cruzeiro de Dirceu Lopes, Raul, Zé Carlos e bela companhia, o América quase virou café com leite. Minguou. Murchou. Micou. Não procriou títulos e torcedores como o Coelho da mais bela das camisas brasileiras.

    Derrocada que acontece no futebol, na economia, na sociedade, na vida cada vez mais competitiva. Onde até os amores que serão felizes para sempre têm fim, onde as promessas e juras de amor cobram promissórias e juros com correções monetárias e matrimoniais.

    Mas torcer pelo América, como incita a campanha do centenário do clube, é “para poucos”. São mesmo cada vez menos americanos em Minas e no Brasil. Mas são poucos e ótimos. Fidelíssimos apaixonados. Amantes de um clube que pode dar alegrias como as de domingo, e pode até fazer mais na final contra o melhor e mais poderoso Atlético. Rival do Clássico das Multidões. Que não tem sido mais de duas “multidões”. Mas continua sendo clássico.

    Como o América continua sendo o mesmo clube há 100 ano. Já teve dias e decacampeonatos melhores, que não devem voltar. Mas o amor do seu torcedor também não tem volta. É o que faz um bando de coelhos pingados bradar no Independência que não se perca pelo nome, no Mineirão onde começou a perder o nome, em cada canto de cada campo onde haverá ao menos um americano que valerá em paixão por tantos atleticanos e cruzeirenses.

    Ele é América e ponto inicial. Como poderia ser Tymbiras. Arlequim. Guarany. Outros nomes que em 30 de abril de 1912 entraram no sorteio que deu nome ao clube de jovens da elite mineira. Contestador quando, entre 1933 e 1943, virou vermelho de luto (e de raiva) pelo profissionalismo que tomou conta do futebol, nem sempre do próprio clube.

    O América abraçou além da conta o amadorismo. Nenhum outro grande se mostrou no futebol brasileiro tão contrário às relações profissionais. Talvez isso explique muitos erros desde então pelo excesso de amadorismo na pior acepção do termo. Mas, também, explica a paixão de seu torcedor. Ele é amador. Ele ama. Até na dor.

    Amor não se explica e nem justifica. Amor se ama. Amor é América.

    É Márcio,
    Um abraço

    Luiz

  • Márcio Amorim disse:

    Caro Paulo Henrique!
    Acabamos transformando em “diálogo” um papo que merecia mais participações. O Chico, gente fina que é, não deve estar incomodado com isto.

    Quanto à sua pergunta, a maneira de o torcedor do América ver estes problemas que você levantou é um pouco diferente no fim das contas.

    Os americanos, não sei se você vem acompanhando, não tiveram acesso à parte que tem os pontos cegos. Em todos os jogos ali realizados foram abertas apenas as partes mais baixas. Não posso opinar sobre esta questão ainda.

    Porém, seria interessante discutir um ponto. O MP, o CB e a PM “impuseram” a colocação dos guarda-corpos. Depois tentam se eximir da responsabilidade, sugerindo preços baixos como se resolvessem o problema.

    Entretanto, já pude perceber que há muitas dificuldades de visão também nos setores a que temos acesso. Como a charanga fica durante todo o jogo de pé, todos nós somos obrigados a ficar também.

    Quanto ao preço, bati muito neste aspecto (mesmo com os ingressos dos jogos do América sendo mais baratos do que os de Atlético e Cruzeiro) e desisti, depois que percebi que muitos apóiam a “elitização” de um esporte antes popular pelo preço. Calei-me.

    Quanto ao fato de o campo ser menor pode ser pelas limitações das dimensões do terreno. Alguma coisa teria de ser prejudicada no final das contas.

    O fato de a grama não aguentar “pode ser” pela falta de prazo para um enraizamento mais eficaz. A cobertura tira os benefícios do sol na maior parte do dia, o que não acontece na Arena do Jacaré que agüentou e agüenta pernas-de-pau maltratando-a.

    Como os públicos dos jogos do América são bem menores, não temos tido problemas com o entorno. Algum dia, talvez, eu vá a jogos do Atlético ou do Cruzeiro. Já ouvi dizer que é um inferno. Por estar no coração de uma região populosa – com certeza não era assim na época da Copa do Mundo de 50 – este problema deverá ser assimilado com todos os contratempos.

    Finalmente (ufa!) sobre os problemas políticos, o América, por ser o maior beneficiado, mineiramente, deve calar-se. Mas acho que os demais têm o direito e o dever de cobrar o que acharem injusto ou ilegal.

    Houve um ajuste de interesses: o Governo Estadual precisava do espaço para resolver um problema, que jogaram em suas mãos com promessa de ajuda que não veio do Governo Federal e o América ganharia o estádio novo construído na sua propriedade. Quem constrói no terreno dos outros não se torna dono. NUNCA.

    Se o América reclamar de qualquer coisa será um atestado de idiotice. Já basta saber que ele terá um “abacaxi” para administrar sozinho, quando tiver a posse definitiva do Independência.

    Por enquanto, o que ele mais quer é ver jogando ali os times que enchem o campo. E agradecer cada centavo que cair na sua conta, sem trabalho nenhum, diga-se.

    Não sei se me fiz entender, mas obrigado pela participação e pelos questionamentos.

  • Dudu GALOMAIO BH disse:

    Ronaldinho merece esta honraria? Questionável.
    Agora, dizer que jogou nada, remete a um leve (ou talvez até pesado) sentimento de inveja.

    O “nada” que ele está jogando coloca os demais camisas 10 do futebol mineiro no bolso na atualidade. Sem firulas, sem coleções de chapéus, mas com participação direta em mais de 50% dos gols. É só analisar sem paixão. Quem deve estar comendo a bola é o Gilberto “chorão”. Francamente meu caro Amorim…rs

  • Márcio Amorim disse:

    Caros Paulo Henrique e Luiz,
    ainda estou preocupado com o Brasil e meio desiludido, mas não joguei a toalha.

    Esta frase que o PH destacou foi uma forma de desabafo de muita raiva acumulada e sentimento de impotência diante das coisas.

    Em muitos pontos temos evoluído nos últimos 20 anos, com certeza. Porém, em diversos setores, há momentos em que deparamos com muitos retrocessos e absurdos.

    E ainda vem essa do pedágio, que vou chamar de “bolsa-buraco” no meu bolso, que pagaremos ao governo! Se o brasileiro aceitar isto…

    E me vem o Givanildo esperando o FJ se transformar em salvador até os 32 minutos do segundo tempo. Acabo jogando a toalha.

    Vocês têm razão. Obrigado!

  • Paulo Henrique disse:

    Caro Márcio,

    já que você gosta de discutir os problemas do nosso país, permita-me uma pergunta sobre o Independência. Não é provocação, ok? É conversa séria.

    O que a torcida do América, sobretudo a parcela mais esclarecida, tem comentado sobre os inúmeros problemas do estádio?

    – preços abusivos
    – pontos cegos
    – visão prejudicada para menores de 1,70m
    – campo de jogo menor
    – gramado com falhas
    – superfaturamento detectado pelo TCE
    – orçamento estourado em quase 4 vezes
    – entorno
    – etc, etc, etc

    Há indignação contra o governo, a BWA e a construtora? Ou por ser uma “casa bonita” tá tudo muito bem?

  • Paulo Henrique disse:

    J.B.Cruz,

    o PT merece mil críticas, há problemas no governo. Assim como há muitos problemas nos governos tucanos, inclusive em Minas.

    Mas esse tipo de opinião preconceituosa e superficial, que sai direto das páginas de Veja, nada tem a acrescentar.

  • Paulo Henrique disse:

    O Márcio sempre preocupado com questões relevantes. Bacana isto!

    Também compartilho da sua opinião quando fica decepcionado com a escassez de comentários para tópicos deste tipo. Parece que a maioria adora reclamar, mas some na hora de discutir.

    Também concordo com a indignação pelo pedágio. Com o que pagamos de impostos, já daria para reformar as estradas. Bastava gasta melhor, melhorar a legislação e combater a corrupção com mais eficiência.

    Porém Márcio, com todo respeito, não posso concordar com a frase abaixo.

    “Viva o lixo em que estão transformando este Brasil com o aplauso de quase 85% dos cidadãos”

    Convenhamos! O Brasil começou errado e assim ficou por mais de 450 anos. O povo omisso, infelizmente, é herança de séculos de escravidão. Omissão agravada por uma mídia patética, tão bem representada pela Globo, que sob o manto da informação está sim a defender interesses de seus financiadores (muitos externos) e dos setores mais conservadores da sociedade.

    Márcio, apesar dos ainda inúmeros e graves problemas, pode acreditar que o Brasil está evoluindo.

    E quando digo “evoluindo” não é com viés partidário. Vejo grandes avanços tanto na era FHC quanto na era PT.

    É claro que tanto o PT quanto o PSDB têm graves mazelas. O PT com o fisiologismo, o aderência à politicagem que antes condenava, a militância ocupando cargos públicos, a aderência à corrupção que antes condenava, etc. O PSDB com suas graves mazelas e roubos ocultados pela mídia, interferência e compra desta, falta de liberdade para o MP e a Polícia Federal, propaganda enganosa, etc.

    Ninguém conserta 450 anos de estragos em 20 anos. Eu prefiro me apegar aos diversos fatores positivos. E ver que, apesar de lentamente, o povo está acordando para os problemas.

  • Márcio Amorim disse:

    Caro Chico!
    Mandei-lhe esta mensagem, que se refere às críticas sobre a indicação do Ronaldinho Gaúcho para receber o título de cidadão honorários de BH.

    Nada contra nem a favor. Apenas acho que há coisas mais importantes que são ignoradas pelos políticos de todas as esferas e de todos os partidos.

    É indicação eleitoreira e o que indigna grande parte dos cidadãos de bem é o fato de que funciona. Dividimos, hoje, os eleitores em alienados, em irresponsáveis, em idiotas e em uma minoria lúcida que paga o pato pelos outros.

    Estava (e estou) sim meio chateado com a segunda derrota do América. Como já disse aqui neste espaço, o América pode tornar-se em seu maior adversário.

    Levar 2 gols no primeiro tempo e só fazer a substituição dos dois atacantes que não deram um único chute ao gol aos 32 minutos do segundo tempo? Queria perder mesmo.

    Vamos ver até onde vai a teimosia do Givanildo em achar que Fábio Jr. vai “desencantar”.

  • Adalton disse:

    E a 381? Todos devem se lembrar… Deve haver algum engano na notícia.

  • luiz disse:

    Caro Marcio Amorim,

    Concordo com você em gênero, número e grau. Entendo seu texto como um grande desabafo, e com razão. Também tenho momentos assim. Entretanto, amigo, sou daqueles que nunca “joga a toalha”. Estou sempre fequentando as urnas e contribuindo com meu diminuto voto, e que, quando vejo meu candidato realizando uma boa ação, sendo honesto,então eu digo que valeu a pena votar. Não sou sociólogo, nem tão pouco entendo do comportamento humano com conhecimento de causa o suficiente para questiona-lo ou ditar-lhe valores, apenas sei que mesmo “lutando contra correntezas”podemos mudar a direção político-administrativa dos que nos regem.
    Na verdade precisamos somar forças,sempre! As alternativas são escassas, eu sei, mas basta fazer a melhor escolha na hora de votar e cobrar o tempo inteiro.
    O Brasil é um país maravilhoso e, certamente, será a maior nação do mundo.
    Talvez a gente não possa desfrutar disso, mas nosssos filhos e netos certamente terão uma vida mais digna do que as nossas. Tem muita gente lutando por isso e uma hora a coisa engrena de vez. Uma pena que a gente só vê divulgado o lado ruim das coisas.Claro que devam ser divulgadas e só por isso será possivel tomar atitudes.Penso entretanto, e sou um otimista convicto de que o bem sempre prevalecerá sobre o mal.Dessa forma há de se cobrar mais de quem nos rouba, há de cobrar mais de quem administra mal pois só assim teremos nossos desejos alcançados.
    Não desista,amigo.
    Um abraço
    Luiz

  • J.B.CRUZ disse:

    O certo é que com esta administração petista onde o papo-furado, discurseiras inúteis, Bolsa-família e bolsa-empresa(via B.N.DE.S) com dinheiro subdisiado dos nossos impostos, caminhamos inapelavelmente para o País do …….Passado..Falta aparecer um líder nato tipo TIRADENTES e J.K….Os únicos HERÓIS BRASILEIROS….

  • Daniel Paiva Silveira disse:

    Chico, fiz uma charge do Galo que postei no meu Blog se possível dê uma olhada, http://www.chargedarodada.com

    – Belo Horizonte