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Lições de Londres

Tão impressionante quanto ao espetáculo mostrado para o mundo inteiro pela TV, é o funcionamento perfeito da estrutura de bastidores dos Jogos Olímpicos. Nessa abertura oficial, os pronunciamentos; desfiles das delegações, até o show principal, a sintonia entre as milhares de pessoas e até os animais participantes do espetáculo é inacreditável.

O exemplo de organização começa na chegada do público, a partir do meio dia, através de todos os meios disponíveis de transporte.

Cinco barreiras de fiscais e seguranças separam o público até os portões do Parque Olímpico. A partir do desembarque do metrô, ônibus ou trem, só passa quem tem o ingresso ou a credencial do Comitê Organizador. Dessa forma não há tumulto, principalmente porque o público já tinha sido avisado de antemão dessa exigência.

Um bom exemplo para ser copiado por nossas autoridades, nos clássicos do nosso futebol.

Vem aí um Cruzeiro x Atlético pelo Brasileiro e já se discute se haverá as duas torcidas no Estádio Independência ou se vamos continuar sendo submetidos a esse absurdo da não convivência civilizada entre as pessoas, por causa da preferência clubística de cada um. Estamos vivendo nos últimos anos um retrocesso inaceitável, e calados, São imposições descabidas.

Nessa organização olímpica os ingleses estão mostrando mais uma vez, que competência e determinação são fundamentais para o exercício da autoridade e é isso que tem faltado em Minas, no que se refere ao futebol e aos baderneiros que estão se impondo sobre o poder do estado.

Cada coisa no seu devido lugar; horários cumpridos com rigor; limites de espaços para cada um e direitos sendo respeitados, como devem ser. Ou então que o braço da autoridade, através da lei faça que se cumpra. Assim, Londres realiza a sua terceira Olimpíada; fez uma festa espetacular ontem na abertura, com a participação efetiva de todos os seus ícones, políticos, esportivos e culturais.

Para o mundo copiar, aumentando a responsabilidade do Brasil que tem a incumbência de realizar os próximos Jogos, no Rio em 2016.

O avanço da tecnologia proporciona que cada abertura de Olimpíada ou evento do gênero supere a anterior. Em 2008 Pequim encantou o mundo com a festa no Ninho dos Pássaros. Quatro depois Londres deixou a impressão que os chineses estavam brincando de teatro amador. A diferença fundamental foi a interatividade dos cenários, atores e figurantes com as quase 80 mil pessoas presentes ao Estádio em Londres.

Todas as cadeiras tinham dispositivos para a participação da plateia, que era monitorada a cada ato.

De uma forma ou de outra, todos que estavam no estádio fizeram parte do espetáculo. Acendendo e apagando lâmpadas, ajudando a subir e descer bandeiras e cantando os tradicionais sucessos britânicos populares e clássicos, estrategicamente preparados para essa festa. As imagens exibidas nos telões gigantes se confundiam com a realidade, inclusive na chegada da Rainha Elizabeth, que foi buscada no Palácio por ninguém menos que “James Bond”.

E assim foi também com as outras personalidades escaladas para essa abertura.

Com uma boa experiência que tenho, de sete Copas do Mundo e essa quinta cobertura de Olimpíada, nunca presenciei nada igual, antes e durante o espetáculo. Quanto ao “depois”, só na próxima coluna, pois o horário me obrigou a enviar essa antes do encerramento, que ainda previa muitas surpresas, depois do desfile das delegações participantes dos Jogos.

A partir de hoje é com os atletas e as incontáveis perspectivas de quebra de recordes e conquistas de medalhas que entrarão para a história.

ENFERMEIRAS

Atrizes momentos antes da entrada em cena na abertura oficial

SOLDADOS2

Os soldados do exército britânico só sorriem quando fotografados ao lado de belas mulheres

SOLDADOS1

 

Essas são atrizes e figurantes que participaram da abertura

VOLUNTARIA

Esta é a imagem que melhor expressa Londres’2012 até agora: sorrisos e gentileza


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