Aqui, hoje, começo as colunas de amanhã no O Tempo e Super Notícia, pelas fotos:
Vinho chileno em promoção em Londres: duas garrafas pelo preço de uma no Brasil, graças aos impostos brasileiros. Pode um negócio desses? Dois Casileros por R$ 34 é sacanagem!
Governo federal investe forte em publicidade na mídia impressa de Londres. Mas com essa justa fama de país violento e perigoso, pode investir todo o dinheiro do mundo que não funciona.
Os 50 anos dos Rolling Stones em exposição de fotos no Sommerset House, ao lado da Casa Brasil. Os Jogos vão acabar, a Casa Brasil, idem; porém, a exposição vai continuar.
Com o início das provas de atletismo finalmente os Jogos Olímpicos ganharam a esperada atenção da população de Londres. TVs ligadas em bares, restaurantes e locais de grande concentração, além de pessoas se reunindo em residências para torcer junto.
Ontem foi um dia especial porque estava em ação Jessica Ennis, a super campeã do heptatlo, de prestígio semelhante aos grandes astros do futebol para os ingleses. Ela não frustrou as expectativas dos seus fãs e faturou o ouro, com direito a quebra de recorde nos 100 metros com barreira.
Enquanto isso, mais uma esperança brasileira de medalha, deu adeus precoce: Fabiana Murer, do salto com vara, foi eliminada na fase de classificação. Duro foi a justificativa dela: culpa do vento. Mesma desculpa do ano passado no Pan de Guadalajara, quando perdeu a medalha de ouro para a cubana Yarisley Silva, que está em Londres e se classificou ontem na mesma prova da brasileira.
Fabiana tem fama de gênio difícil. Em Pequim também teve desempenho fraco e culpou o sumiço de uma de suas varas para saltar.
O futebol é “prateleira de baixo” nas Olimpíadas; em todas elas. Os distintos interesses financeiros envolvendo a FIFA e o COI impedem que os principais jogadores de cada país estejam presentes. Não é interessante para a FIFA valorizar o torneio nos Jogos Olímpicos já que dois anos depois há uma Copa do Mundo pela frente, onde o faturamento é todo seu. Só seu.
Apaixonados por futebol, os britânicos não dão muita bola para a sua seleção, principalmente depois que David Beckham foi deixado de fora.
Ontem lotaram o estádio de Cardiff contra a Coréia do Sul, justamente na eliminação da disputa que os colocaria contra o Brasil.
Para o Brasil o futebol nunca valeu tanto como nessa disputa de Londres. É a chance de, finalmente, conquistar o título que o país ainda não tem. O time não é um primor, mas atropelou todos os adversários até agora, e ontem em jogo difícil, bateu Honduras por 3 a 2 e se garantiu na semifinal. Esteve duas vezes em desvantagem no placar.
Além de ter talentos como Neymar e Leandro Damião, enfrentou e vai continuar enfrentando adversários muito inferiores.
Só uma zebra gigante para segurar o time do Mano Menezes.
Fala-se muito dos preços em Londres, que realmente são altos, mas há situações interessantes. Os mesmos vinhos chilenos e argentinos que custam de R$ 30 a R$ 40 nos supermercados de Minas Gerais, custam em torno de R$ 20 aqui. Em muitos casos há até promoções de duas garrafas pelo preço de uma. Também aqui os chilenos brigam no mercado com franceses, italianos, gregos, australianos e espanhóis. Assim como a tequila mexicana, que tem força e está presente entre as opções da maioria dos pubs e restaurantes.
Do Brasil, raras coisas nas gôndolas dos supermercados e lojas de conveniência: vi até agora, cerveja Brahma e sandálias Havaianas. O preço da cerveja é pouco inferior ao das marcas preferidas deles, como a Fosters, ou Guiness, por exemplo, “latão”, que é vendida em promoção nas lojas a £5 (R$ 15) o pacote com quatro.
A sandália custa os olhos da cara para os nossos padrões: inacreditáveis £31 (R$ 100).
Em compensação uma lata de Red Bull, que custa em torno de R$ 12 nas boates do Brasil, aqui custa R$ 6.
Paguei £35 (R$ 111) por um modem para transmissão via internet 4G, da O2, que pertence à espanhola Telefónica. Uso ilimitado em todo o Reino Unido durante 30 dias. O pacote básico da BT, operadora oficial dos Jogos, para 15 dias, custa £110 (R$ 350).
Detalhe: a BT bloqueia o sinal de todas as concorrentes em todas as instalações olímpicas e adjacências.
Só tomei conhecimento disso durante a abertura dos Jogos, no estádio Olímpico e quase entrei em desespero. Como iria enviar a coluna?
Salvou-me o companheiro de O TEMPO, Cândido Henrique, que tinha comprado o pacote da BT.
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