Não fui a Manchester novamente porque imaginei que a Seleção Brasileira passaria pela Coreia do Sul e a aguardaria em Wembley, sábado, 11 horas, para a decisão com o México que bateu o Japão de virada. A América Latina suplantou os asiáticos no futebol.
Os mexicanos não são do topo do futebol mundial, mas merecem cuidado, porque correrão dobrado nessa oportunidade de ganhar destaque mundial em caso de um triunfo sobre o Brasil. O time do Mano Menezes vem jogando bem, apesar da fragilidade dos adversários até aqui. Leandro Damião está se consolidando como titular; Oscar é um ótimo jogador e Neymar dispensa novos comentários.
A última presença do Brasil numa final dessas foi nos Jogos de Seul, em 1988, comandado pelo belorizontino Carlos Alberto Silva, que renovou a seleção na época, lançando Taffarel, Jorginho, Dunga, Romário, Bebeto e a base da seleção que foi campeã do mundo na Copa dos Estados Unidos de seis anos depois.
Nem aí pra bola
Saí do Parque Olímpico pensando em assistir Brasil 3 x 0 Coreia no centro de Londres, onde “certamente” haveria alguma TV ligada nesta semifinal, na terra dos inventores do futebol. Ledo engano! Pubs, restaurantes e telões em praças públicas só mostravam as provas do atletismo e quem sou eu para conseguir convencer algum desses locais a sintonizar no jogo de Manchester.
Talvez no Hyde Park, em um dos tantos telões de lá, porém, impossível escrever de lá.
Salvou-me o La Trevi, restaurante do espanhol Paco Castiñeira e do italiano Cláudio Rossi, que curtem o nosso futebol, em Highams Park, distante do centro.
Esse merece
Foto: www.terra.com.br
Além do futebol, foi muito bom ver o vôlei feminino superando a crise e derrotando de forma espetacular a algoz Rússia, garantindo presença na semifinal. O técnico José Roberto Guimarães merece uma alegria dessas e comemorou efusivamente após o encerramento, fugindo à sua característica mais contida. Uma das pessoas mais sérias e competentes que conheço no esporte brasileiro.
Teve uma curta, porém intensa, passagem pelo futebol e foi diretor do Cruzeiro, nomeado pela norte-americana Hicks Muse, que era parceira também do Corinthians, naqueles fins de anos 1990.
Diferenças
Características do povo de cada lugar. Se em Pequim é costume das pessoas cuspir, escarrar e não se preocupar com as suas “flatulências”, soltando-as em qualquer ambiente; em Londres fumam e falam ao celular em voz alta, sem se importar se quem está perto está sendo incomodado.
Tanto na China como aqui câmeras ficam de olho em você o tempo todo. A diferença é que na China quando você fotografa qualquer ambiente público, logo aparecem agentes da polícia para te intimidar. Aqui a polícia não importuna.
» Comentar