Virou moda perder e insinuar que houve corpo mole de concorrentes para pegar adversário mais fraco na sequência, em Londres. E o pior é que em alguns casos quem reclama perdeu para o possível “entregador” de jogo. É o caso do handball feminino brasileiro, que fez ótima primeira fase, mas caiu diante da atual campeã do mundo e olímpica, a Noruega, que teria feito corpo mole contra a Espanha, para escapar de Croácia e Rússia, nas quartas de final. Ora, já que foram desprezadas, as brasileiras tinham é que ganhar das norueguesas para mostrar que a tática teria dado errado. E foi quase, pois venciam por seis gols de diferença e não resistiram à virada, perdendo de 21 a 19.
Não tem jeito
A França reclama a mesma coisa do basquete espanhol que teria facilitado a vida do Brasil para fugir de caminho mais espinhoso à frente.
Se o regulamento proporciona este tipo de situação, isso sempre vai existir, pois o objetivo de quem usa essa estratégia é terminar campeão ou em melhor posição.
Muita coisa em jogo
Se não der ouro, prata ou bronze também servem, pois valem um lugar na história e um dinheiro a mais na conta bancária. São muitos os benefícios a quem ganha qualquer medalha. Não há como impedir e nem provar facilitação, a não ser que algum atleta ou membro da comissão técnica abra o bico.
O Comitê Olímpico Internacional não puniu ninguém e nem vai punir. Vive situação simples: muda o regulamento para evitar eventuais armações ou libera geral, o que acabaria com a chiadeira, porém feriria o espírito olímpico da era moderna idealizado por Pierre de Coubertin, de que “o importante é competir”.
Falastrão
Pior fez o técnico do chinês Yibing Chen, que ficou com a medalha de prata na ginástica artística com argolas, onde Arthur Zanetti ficou com a de ouro. O senhor de nome Huang Yubin ganhou os holofotes ontem, ao dizer que “foi um roubo”; que a vitória do brasileiro teria sido obra dos árbitros.
Boa fala foi a da baiana Adriana Araújo, que depois de receber o bronze, falou algumas para o presidente da Confederação de Boxe, Mauro José da Silva, desqualificando-o e entregando a forma como ele age; humilhando os atletas.
Gente pra todo lado
Na reta final dos Jogos a maioria das competições se concentra no Parque Olímpico e no centro de Londres. Quem foi torcer em subsedes distantes, como em Manchester e Newcastle já se deslocou para a capital britânica e a cidade parece um formigueiro, principalmente porque o sol está ajudando nos últimos dias. E muitos brasileiros; falando alto; furando filas, parando do lado esquerdo nas escadas rolantes do metrô, enfim. É fácil identificar os nossos patrícios, que continuam viajando muito.
Vamos gastar!
Nem o aumento do dólar, e da carga fiscal estipulada pelo governo federal nas compras no exterior barraram a brasileirada, que vai às compras à vontade em Londres, uma das cidades mais caras do mundo.
Nos incontáveis pontos turísticos, com atrações para todos os gostos, bolsos e idades, uma das visitas obrigatórias da maioria é à faixa para pedestres na famosa Abbey Road, em frente ao igualmente famoso Abbey Road Stúdios, onde os Beatles gravaram a maior parte dos seus discos.
Uma verdadeira romaria.
Mico engraçado
Claro que fui lá e ri muito. O bom humor prevalece e é raro quem não queira ser fotografado sobre a faixa ou em grupo de quatro, imitando a clássica foto dos músicos, que foi capa do disco Abbey Road, de 1969. Gente do mundo todo, mas prevalecendo a língua portuguesa, com sotaque paulistano. Parece que se trata da Avenida Paulista.
Motoristas de ônibus e automóveis que transitam sempre por ali entram no clima e têm paciência para esperar as sessões de fotos.
Às vezes uma buzinada e uma gozação a quem está lá fazendo pose.
Na famosa Abbey Road, peregrinação e fotos na faixa de pedestres que virou capa de disco
Fachada a Abbey Road Stúdios, onde os Beatles gravaram maioria dos seus discos.
Nos pubs londrinos o que não se vê é transmissão de jogos de futebol. Preferência pelo atletismo.
A faixa de pedestre mais famosa do mundo.
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