Depois de Londres estiquei a minha estada na Europa por uma semana para algumas visitas que eu estava devendo. A Pablo Picasso, por exemplo, que fui visitar Museu Nacional Reina Sofia, em Madri, onde há um grande acervo dele, e principalmente ao Guernica, que eu nunca tinha visto de perto. Estou na capital espanhola, para isso. Antes, uma passada em Paris, para visitas demais: a Napoleão, no Invalides; e de novo, a Alan Kardec e Jim Morrison, no Père Lachaise, um dos cemitérios mais visitados do mundo. Estão entre os personagens da história que admiro. Ao contrário do que a maioria pensa, há jornalistas especializados em esporte que gostam de outros assuntos.
Mas isso, é uma outra história!
Este preâmbulo é para dizer que é muito ruim falar de qualquer assunto quando se está longe do palco dos acontecimentos. E como o tema mexeu com o nosso futebol nos últimos dias, liguei ontem para o presidente do Atlético, Alexandre Kalil para saber o que realmente houve nessa história de “bate-boca” dele com Ronaldinho.
Como isso sairia do nada? Trata-se de uma situação muito séria, envolvendo muita coisa.
Conheço o atual comandante do Atlético desde a eleição do pai dele, Elias Kalil, o maior dirigente de futebol que conheci, e sei que ele segue a mesma cartilha: nunca “bate-boca” com nenhum funcionário. Conheço Ronaldinho Gaúcho desde a Copa América do Paraguai, em 1999, quando ele foi lançado pelo Vanderlei Luxemburgo na seleção. Ali ele confirmou o que jogava pelo Grêmio.
Ronaldinho chamou a atenção do mundo ao marcar um gol antológico contra a Venezuela e se destacar como um dos melhores na conquista daquele título. No ano seguinte o entrevistei quase que diariamente na Gold Coast, onde o Brasil ficou para os Jogos Olímpicos de Sydney, quando ele, outros craques, e Luxemburgo treinador, fracassaram naquela Olimpíada.
Sempre seguiu as orientações do irmão Assis.
Reforço o que pensei quando, ainda em Londres, li este sobre este assunto a primeira vez: uma parte dos flamenguistas da mídia continua não engolindo a saída do jogador de lá. Apostavam no fracasso dele no Atlético, e como isso não ocorreu, “não custa” dar uma forçada de barra; que poderia ajudar, não é?
Como diz o grande jornalista Rogério Perez: “Menos, gente; menos!”.
Ronaldinho Gaucho nunca foi de discutir, nem levantar a voz para ninguém, e nisso, jamais mudou o seu comportamento. Continua sendo de uma humildade inacreditável.
Perguntei ao Kalil sobre a origem dessa história e ele afirmou: “Foi o mesmo jornalista que escreveu que me viu tomando uísque na piscina da casa do Assis, irmão e procurador do Ronaldinho; coisa que nunca ocorreu!”.
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