A exemplo do contrato do Atlético com a BWA, o João Vitor Xavier também desvendou o “mistério” do contrato do Cruzeiro com a Minas Arena. O Superesportes transcreveu alguns trechos.
Nada de muito diferente do que vinha sendo dito pelas partes. As mesmas condições firmadas com o Cruzeiro têm de ser firmadas com qualquer clube que quiser jogar lá; via de mão dupla, com ônus e bônus.
A única coisa que considero anormal é o clube ficar com 70% das despesas, quando deveria ser o contrário.
No antigo Mineirão a arrecadação do estacionamento era toda dos clubes.
Afinal, quem leva o público são eles e não o consórcio de empreiteiras.
Nessa história toda, a conversa inicial do então governador Aécio Neves, de que os clubes administrariam o estádio, em uma empresa montada por eles, foi só para a mineirada ver.
O único clube que levou vantagem nessas reformas de estádio foi o América, que ganhou um estádio novo e mesmo sem ter uma grande torcida recebe aluguel de quem quiser jogar lá.
Atlético e Cruzeiro têm que ter seus estádios próprios, sob pena de perderem competividade nacional em relação aos seus co-irmãos gaúchos. Já são muito inferiorizados em arrecadação de direitos de TV e patrocínios aos clubes do Rio e de São Paulo.
Na sequência isso fará diferença.
Veja os detalhes publicados pelo Superesportes:
“Detalhes do contrato de fidelização entre Cruzeiro e Minas Arena vêm a público”
Jornalista João Vitor Xavier, da Rádio Itatiaia, conseguiu documento com exclusividade
O contrato de fidelização firmado entre Cruzeiro e Minas Arena para uso do Mineirão até dezembro de 2037 veio a público nesta quarta-feira. O jornalista João Vitor Xavier, da Rádio Itatiaia, teve acesso o documento com exclusividade.
Alguns detalhes do acordo foram revelados e outras dúvidas puderam ser esclarecidas. A Cláusula Quinta ratifica que o Cruzeiro não paga aluguel para utilizar o estádio.
Em contrapartida, o clube celeste arca com 70% dos custos operacionais de cada partida, enquanto a Minas Arena fica com 30% das despesas.
Conforme as partes noticiaram no ato da assinatura do contrato, em novembro do ano passado, o Cruzeiro tem direito a 100% de 54.201 ingressos, sem destinar nenhum percentual desta receita à Minas Arena. Já a concessionária comercializa cadeiras VIP, camarotes e cadeiras especiais.
Uma novidade é a participação do Cruzeiro na arrecadação de estacionamentos, bares e lanchonetes no estádio. O clube celeste tem direito a um terço da renda líquida desses setores comerciais da Arena.
Outra curiosidade é que o Cruzeiro receberá R$ 2 milhões da Minas Arena pela fidelização. O preço mínimo de ingresso praticado pelo clube em seus jogos no estádio será, por força de contrato, de R$ 20.
O contrato entre Cruzeiro e Minas Arena será suspenso automaticamente quando o estádio estiver a serviço da Fifa na Copa do Mundo e na Copa das Confederações. Isso significa que o clube celeste não pagará multa para jogar em outro estádio nessas datas, caso seja necessário.
Caso o Cruzeiro descumpra o contrato e decida arbitrariamente jogar em outro estádio, terá que pagar R$ 2,5 milhões à Minas Arena. Em contrapartida, se a concessionária não disponibilizar o Mineirão para o clube celeste em algum jogo oficial, por conta de shows ou outros eventos, terá que pagar o Cruzeiro o mesmo valor.
A multa rescisória do contrato de fidelização é de R$ 10 milhões.
Por fim, o acordo revela que outro clube pode assinar o mesmo tipo de contrato do Cruzeiro (de fidelização) e, caso a diretoria celeste entenda que as condições da outra equipe são melhores, poderá assumir os mesmos direitos dela.
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