O leitor Thauan perguntou:
“Caro Chico, gostaria de saber porque não tem muita simpatia pelo Real Madrid”
Pois é, caro Thauan, o que eu escrevi foi: “O Real Madri é o time pelo qual tenho menos simpatia”.
É uma questão histórica, ideológica. O Real Madri era o time do General Francisco Franco, golpista que contou com a ajuda de Hitler e Mussolini para acabar com o regime democrático e republicano da Espanha, numa das guerras civis mais sangrentas da história, 1936/39.
Restaurou a monarquia, usando-a como escudo para governar ditatorialmente o país até 1975 quando morreu, aos 83 anos.
Como ditador injetou recursos no Real Madri que se consolidou como um dos maiores clubes do mundo, enquanto perseguia a catalunha e tentava acabar com o Barcelona, na marra.
Obrigado ao Thauan e reafirmo, que o Real é o clube que menos gosto, mas é claro que também gosto dele, que tem um time bom demais da conta.
Dito isso, vamos a um assunto mais agradável:
os dois maiores jornais do país destacaram riquezas de Minas que realmente merecem a maior visibilidade possível, no mundo todo.
Na quinta-feira, 11, o caderno de turismo da Folha de S. Paulo foi quase todo dedicado à Serra do Cipó, excelente!
E ontem, 13, O Globo dedicou uma página ao Festival de História, que será realizado em Diamantina, em setembro; legal demais da conta.
Sobre a Serra do Cipó, a Folha começa com:
* “Caminho das pedras”
Com mais de 50 cachoeiras e trilhas de vários níveis, a serra do Cipó se destaca no ecoturismo de Minas
Roberto Burle Marx (1909-1994) chamava a serra do Cipó de “o jardim do Brasil”.
Não é à toa que o paisagista assim se referisse à região de Minas Gerais localizada a cem quilômetros ao norte da capital, Belo Horizonte.
* http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/index-20130411.shtml
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E o Globo destaca essa belíssima imagem de Diamantina com o título:
* “Aos vencidos, as palavras”
Festival de Diamantina mostrará a ótica dos derrotados
- Do Brasil Colônia à ditadura militar, historiadores darão voz aos vencidos ou esquecidos
A História é sempre contada pelos vencedores. Para contrabalançar a incontestável verdade, exaustivamente repetida na forma de clichê, historiadores querem dar voz aos vencidos e também aos completamente esquecidos desde o Brasil Colônia até a ditadura militar. Este, ao menos, é o foco do Segundo Festival de História de Diamantina, que acontece em setembro, na cidade histórica mineira, reunindo especialistas de todo o país.
* http://oglobo.globo.com/historia/festival-de-diamantina-mostrara-otica-dos-derrotados-8103237
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