Ouvi no rádio, mas com poucos detalhes.
Agora recebi dos amigos do blog, Emilio Figueiredo e Luiz Ibirité o link do Globoesporte.com com a informação completa: Fubá, tradicionalíssimo na torcida do Cruzeiro, sucessor do inesquecível Aldair Pinto, jogou a toalha da posição onde sempre ficava nos estádios, vítima que foi da violência. E pior, de gente que se diz cruzeirense.
Uma covardia. Fubá é uma figura humana fantástica. Conheço-o pessoalmente há décadas. Nunca ouvi alguém falando algo contra ele; até atleticanos mais apaixonados que conheço sempre o respeitaram.
Gente do bem.
Minha solidariedade a ele.
O futebol está sendo invadido por elementos que só afastam as pessoas normais dos estádios.
E infelizmente nenhum clube grande está livre trogloditas que se aproveitam dessa selvageria.
O resumo da notícia publicada pelo Globoesporte.com:
* “Ex-líder de organizada do Cruzeiro deixa estádios por causa da violência”
Fubá, torcedor símbolo celeste, foi agredido por membros da própria
torcida que comandava, quebrou três costelas e foi parar no hospital
Um caixote de madeira, uma camisa chamativa e muito amor ao Cruzeiro. Esses elementos fizeram de Alexandre Eustáquio Vieira, conhecido como Fubá, um símbolo da torcida celeste. O comandante dos cruzeirenses no Mineirão nunca assistiu a um gol do time porque sempre ficou de costas para o campo, agitando a torcida. No entanto, os mais de 25 anos como ícone da maior torcida organizada do Cruzeiro não o fizeram imune à violência nos estádios. Fubá foi agredido por integrantes da própria organizada do clube estrelado. Desde então, não pisou mais nos estádios.
Sempre com o escudo do Cruzeiro no peito, Fubá ficou conhecido por usar uma camisa amarela e ficar de pé puxando as músicas que a torcida cruzeirense acompanhava. Na final do Campeonato Mineiro deste ano, teve uma das maiores decepções da vida: foi agredido e quebrou três costelas. Parte da torcida organizada discordava da postura do líder cruzeirense no estádio, o que Fubá considera uma falta de reconhecimento por tudo que ele já fez pelo Cruzeiro.
– Foi na final do Campeonato Mineiro, nos jogos entre Cruzeiro e Atlético-MG. No jogo do Independência eu fui agredido. O pessoal me empurrou, eu caí e machuquei. Eu fiquei na minha até o fim do jogo porque o pessoal não queria que eu ficasse lá. No outro jogo, no Mineirão, que o Cruzeiro ganhou de 2 a 1, mas o Atlético-MG foi campeão, eu estava lá. E os mesmo integrantes me empurraram e eu machuquei. Nesse dia eu quebrei três costelas. Aí eu pensei, quando estava no hospital, que eu fiz tudo pela Máfia Azul e é triste chegar ao ponto de pessoas usando a mesma camisa que eu visto não me reconhecerem e me agredirem. Desde então eu não voltei ao estádio.
Segundo Fubá, o motivo das divergências é uma fissura no comando da torcida organizada. Membros mais novos têm pensamento diferente dos mais antigos. Ele, que afirma nunca ter se envolvido em um briga dentro de estádio, ficou magoado com a falta de reconhecimento dos torcedores.
– Eu vou falar aqui o que eu nunca falei antes: sou um camarada que sempre me doei ao máximo para a Máfia Azul, mas a torcida teve uma divisão, divergências entre as diretorias. Eu gostava de fazer meu trabalho, não estou nem de um lado nem do outro. Eu quero que a torcida vá para frente. Mas eu fiquei revoltado porque eu sou uma pessoa que nunca briguei com ninguém. Pode ver na Polícia Militar, nunca tive uma ocorrência no Mineirão.
A reportagem completa está em:
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