O ex-meia do Cruzeiro está correto na grita contra este calendário maluco nosso; porém, nisso a Europa nos imitou, com jogos nos meios e fins de semana.
Por este motivo jogadores quando passam um pouco da casa dos 30 anos lá, são “descartados”. Primeiro dos times da prateleira de cima, indo para as do meio e depois para as de baixo ou retornam para os seus países de origem.
Um grupo de treinadores e jogadores está se movimentando esta semana para pressionar a CBF a alterar o calendário de 2014, divulgado cinco dias atrás. Vamos ver se surtirá efeito.
Quanto a formação de elenco para o Brasileiro, o Cruzeiro é o grande exemplo acerto deste ano.
Por ter trabalhado tanto tempo no América o diretor Alexandre Matos conhecia bem jogadores de bom potencial nas Séries B e C.
Marcelo Oliveira ficou um ano como auxiliar do Ney Franco no Coritiba e depois duas temporadas como técnico do Coxa, onde conheceu a fundo jogadores paranaenses e adversários que tinham bons valores, porém, pouco conhecidos no país, já que não têm cobertura da mídia nacional.
Com investimento não tão alto o Cruzeiro mesclou alguns nomes famosos com outros “emergentes” e montou um grande time.
A fala do Alex, que sintetiza esta situação:
* “Alex volta a fazer críticas ao calendário: ‘Você perde o prazer de vencer’”
Prestes a completar a maratona de 18 jogos em 58 dias nesta terça-feira, o Coritiba, assim como muitos dos times brasileiros, vem perdendo o fôlego…
Prestes a completar a maratona de 18 jogos em 58 dias nesta terça-feira, o Coritiba, assim como muitos dos times brasileiros, vem perdendo o fôlego. A equipe não tem mantido o ritmo por conta do calendário cheio. É essa a opinião do meia Alex, que voltou a fazer críticas ao modelo do futebol nacional.
“Todos os jogos, no segundo tempo o nível cai muito. Os jogadores têm falado a respeito, comentando. Infelizmente, tem gente que acha que isso é uma desculpa. Mas é algo geral. O calendário para o ano que vem é absurdo para todos”, disse o atleta, lembrando que, em 2014, a pré-temporada irá durar apenas quatro dias. “A pré-temporada não é para o Estadual, é para o ano todo. O calendário não é pensado nos jogadores.”
O experiente meia argumenta que o excesso de jogos é um problema que não se limita ao cansaço dos jogadores. “Como questionar os técnicos? Não temos tempo de treinar. Você perde o prazer de vencer, de sentir o resultado. Não tem tempo pra isso”, afirmou. “Se as pessoas olharem para isso, sem a visão do clube, vão ver que é algo ruim para todos os clubes e atletas. Quem está perdendo qualidade é o futebol brasileiro.”
Alex ainda apresentou uma linha a ser seguida no momento da definição do calendário para os próximos anos. “O Campeonato Brasileiro tem que ser o carro chefe. Acredito que os regionais deveriam ser classificatórios e vistos de outra maneira. Regulamentos, datas, isso tudo pode ser discutido. O calendário da CBF já não bate com o da Federação Paranaense, por exemplo”, declarou.
A equipe alviverde enfrentará nesta terça o Itagui (Colômbia) no Couto Pereira, às 21h (de Brasília), pelo confronto de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana.
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