Essa correria intensa de quase todo jogo no futebol brasileiro tem preço, e alto.
O nível de esforço cobrado dos jogadores atualmente faz com que o grande número de contusões seja cada vez mais comum e rotineiro, principalmente quando a temporada chega ou passa da metade, como agora.
Sujeito machuca até em brincadeira antes do treino, como foi o caso do Ronaldinho, que atua numa posição, onde o grau de exigência é maior ainda.
E obviamente, na maioria dos casos, quanto mais velho o atleta, mais as chances de se machucar e mais tempo para se recuperar.
Isso sem falar em choques, porradas dos adversários ou jogadas mais duras. Nestes casos, quanto mais craque, mais caçado. É a lei natural do mundo da bola.
Os especialistas da preparação física e da fisiologia contam que no Brasil um jogador corre em média, de 7 a 11 quilômetros durante os 90 minutos.
Até os anos 1980 a média era de 4 a 7 Km.
Na Europa, a média é de 10 a 14 quilômetros, mas as temperaturas na maior parte do ano são muito mais baixas do que no Brasil.
Outro detalhe interessante nessa história é que a medicina esportiva brasileira é a de maior prestigio no mundo. E não só pela competência dos nossos médicos no dia a dia, mas pela necessidade que os nossos clubes têm de recuperar depressa os seus jogadores.
Ao contrário dos europeus que têm dois ou até três jogadores de alto nível para cada posição, aqui, os times têm a conta do chá, e olhe lá!
Daí a necessidade dos médicos, fisioterapeutas, preparadores físicos e massagistas se virarem e descobrir técnicas de recuperação mais rápidas.
No Galo, Richarlysson não joga mais este ano em função de um estiramento; Dátolo está seguindo o mesmo ritmo do Guilherme e agora está em tratamento de uma dor na panturrilha; o jovem lateral Michel passou por uma artroscopia, mas já já volta.
Réver tomou um pisão no pé, sem gravidade, mas também não deverá jogar contra a Ponte Preta, quinta-feira, no Independência.
A contusão do Ronaldinho fez com que o Dr. Rodrigo Lasmar (esquerda), que já é brilhante, recorresse à experiência do seu pai, Neylor, para discutir fórmulas de tratamento mais rápido, visando colocar o camisa 10 em campo no Mundial do Marrocos.
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