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Leitura de fim de semana: vice-presidente nacional da ABAV alerta: ainda dá tempo de ganhar dinheiro com a Copa em BH

Li no jornal Turismo em Minas – www.turismoemminas.com.br – ótima entrevista do empresário mineiro José Mauricio sobre a visão da Copa do Mundo como oportunidade de negócios e os preparativos de Minas neste sentido.

Confira:

* Vice nacional da ABAV alerta que ainda dá tempo de o turismo mineiro ganhar com a Copa

José Mauricio Miranda Gomes, da ABC Turismo, é uma das mais importantes lideranças do setor do turismo em Minas e no país. Atual vice-presidente nacional de marketing e eventos da Associação Brasileira de Agentes de Viagens – ABAV -, ele diz que alguns segmentos se deram melhor durante a Copa das Confederações, como a rede hoteleira, bares e restaurantes, com a ressalva de que o bom movimento não atingiu a cidade como um todo; apenas a região central e Zona Sul, “com mais algumas exceções”, e que estes serão os setores que mais vão ganhar com a realização do grande evento.

Segundo ele, o mesmo não se pode dizer sobre as agências de turismo: “Estas não tiveram nenhum beneficio, o que já era esperado, pois os turistas já chegam com seus pagamentos realizados no seu local de domicilio. Alguns poucos agentes de receptivo tiveram suas expectativas preenchidas, mas para o mercado como um todo foi muito abaixo do esperado”, afirma.

Pelos contatos que ele mantém com empresários do setor no país, apenas o Rio de Janeiro e Salvador não têm do que se queixar. São Paulo não recebeu jogos da Copa das Confederações, por isso, apenas os aeroportos de Guarulhos e Congonhas tiveram movimento diferente:

__ Salvador e Rio de Janeiro tiveram impactos consideráveis, pois tanto a importância dos jogos ali realizados quanto o atrativo turístico das cidades fizeram com que a procura fosse considerada muito boa.

Mas o setor está otimista em relação à Copa do Mundo em 2014. José Mauricio lembra que o Mundial é infinitamente mais importante que a Copa das Confederações e que os números mostram o quanto este evento já gerou de resultados positivos em outras copas. Ele alerta, porém, para o medo que as manifestações populares podem gerar em estrangeiros, por falta de informações que lhes deem segurança de vir ao Brasil:

__ Nós, brasileiros, sabemos como evitar os locais de manifestação, mas os turistas não sabem, pois nossos noticiários são realizados apenas em português, e os estrangeiros correm o risco de cair em uma região de manifestações e nem chegarem aos estádios para assistir aos jogos; alerta José Maurício.

Reuniões e frustrações

O trabalho das autoridades políticas nos preparativos para a Copa deixa a desejar em alguns aspectos, na visão de José Mauricio de Miranda Gomes. “Alguns estão trabalhando e outros perdendo seu tempo achando que estão ajudando, pois eu mesmo participei de varias reuniões com diversas pessoas com sugestões e ações que chegaram a ser iniciadas e de nada adiantaram, pois as sugestões não serviram de nada e as ações já iniciadas não foram concluídas; a grande maioria destas pessoas nem trabalha mais nos órgãos que representavam.”, reclama.

Afirma ainda que tinha apenas uma certeza: “a reforma e construções dos estádios, sabíamos que estariam concluídas, antes do inicio da Copa”.

José Maurício diz que a maior frustração dele se refere ao grande legado que Belo Horizonte poderia ter conquistado com a realização da Copa: “foi ver o projeto maravilhoso do Metrô não ter saído das campanhas políticas, o que não foi novidade para mim, pois já vi outros projetos maravilhosos também ficarem apenas nas campanhas, como o próprio BRT, o teleférico, os túneis da Serra do Curral  e por ai vai.”

Ele alerta também para a deficiência das informações nos dias dos jogos. Foi com a família ao Mineirão no jogo Brasil x Uruguai, pelas semifinais, e recebeu “desinformações” dos voluntários que o fizeram dar várias voltas desnecessárias no estádio até que encontrasse o setor onde deveria entrar. E faz outro alerta: “sou frequentador do Mineirão desde a inauguração e fiquei pensando em um estrangeiro tentando entrar e falando outro idioma, coitado!”.

Ainda dá tempo

Perguntado sobre ações que podem ainda ser desenvolvidas para que o segmento do turismo obtenha os maiores benefícios possíveis, José Maurício dá sugestões e lembra que os argentinos já estão trabalhando para faturar alto com a Copa.

Para ele, Minas tem que explorar o que o estado tem de mais precioso turisticamente: as Cidades Históricas, o Circuito das Águas, Grutas e Lagos. “Não adianta tentar inventar; Belo Horizonte continua sendo cidade dormitório e devemos continuar a lutar para que seja uma cidade do Turismo de Negócios, de verdade, não apenas na folheteria e nas estatísticas manipuladas”, critica.

Para ele, assim que os grupos com as 32 seleções de 2014 estiverem definidos (sorteio dia 9 de dezembro em Costa do Sauípe-BA) é preciso iniciar uma campanha de venda pesada em cada país cuja seleção estiver em Minas, capital e interior, mostrando o que temos de melhor, e faz outro alerta: a Argentina, conhecida no mundo pela sua competência em atrair turistas, está se preparando para receber quem virá à América do Sul para o Mundial. “Eles já estão trabalhando o pré e pós Copa”, garante José Maurício, que finaliza, apostando que o Brasil será campeão, “principalmente agora com os craques atleticanos”, frisa.

ZEMAURICIO

O ex-presidente da Associação Brasileira de Agentes de Viagens/ABAV-MG, José Mauricio Miranda Gomes chegando com a esposa Fátima, o genro Bruno e a filha Tatiana.


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