Recebi telefonema do ex-prefeito de Nova Serrana, Paulo César Freitas, para acrescentar informações ao que escrevi em minha coluna de ontem no jornal O Tempo e clarear algumas dúvidas.
Ele confirma que está viajando muito por todo estado em busca de votos dos clubes e Ligas para a disputa da presidência da Federação Mineira de Futebol, mas que não conta com o apoio do ex-presidente do Cruzeiro, Senador Zezé Perrella, com quem não se encontra há quatro meses.
Esclarece que quem o apoia decisivamente é o atual presidente celeste, Dr. Gilvan de Pinho Tavares, e que se o Zezé estivesse apoiando-o não contaria com a força do Gilvan, já que os dois não rezam mais na mesma cartilha.
Paulo César informou que não tem nenhuma participação societária no Nacional, cuja primeira cidade sede foi Cel. Fabriciano, que também emprestava o nome ao clube, que é Ltda., uma empresa, portanto.
Como prefeito, que apostou muito no esporte, em três mandatos, tinha interesse em ter um time profissional na cidade e daí o convite ao clube para a parceria, inclusive com a mudança de nome, para Nacional.
Informou que contou sim com o apoio do Cruzeiro, então presidido por Perrella, que inclusive conseguiu aprovar uma emenda parlamentar com recursos no valor de R$ 30 milhões para a instalação de cadeiras no estádio, mas com a perda do comando da prefeitura, tudo mudou, e a verba não saiu.
Garante que o sucessor dele não teve o mesmo interesse no Nacional, que procurou outras cidades, outros parceiros e se acertou com Muriaé, onde foi muito bem recebido, depois de rápida passagem por Patos de Minas.
Paulo César disse também que o estádio de Nova Serrana continua se chamando Arena do Calçado e que em momento algum ele baixou decreto dando o nome do Zezé Perrella à obra.
Caso chegue à presidência da FMF ele tomará algumas medidas imediatas, que enumerou:
– Abertura das contas da entidade aos clubes e às Ligas.
– Criar um portal da transparência que informe todas as arrecadações e gastos, começando pelo valor do patrocínio que a Chevrolet paga para dar o nome dela à disputa.
– Mudar a sede da Federação, tirando-a de onde está, na Avenida Barbacena, em condições precárias e levá-la para local de acesso mais fácil, possivelmente para o Mineirinho, em parceria com o governo do estado.
– Adotar um calendário mais racional que dê mais atividade aos clubes do interior. Ele lembra que atualmente, os que não chegam à fase decisiva, tanto da primeira, como segunda e terceira divisões, só jogam 36 dias por ano, já que não há nenhuma outra competição a ser disputada.
– Quem chega às finais tem mais 30 dias, exceção feita aos que disputam as séries A, B, C e D do Brasileiro, o que é muito pouco para um estado do tamanho de Minas Gerais.
– Valorizar os clubes do interior, revendo taxas de inscrição de atletas, recursais e de arbitragem.
– Hoje, para se entrar em campo em qualquer competição promovida pela FMF, o mandante já entra com uma despesa de R$ 12 mil. Só Atlético e Cruzeiro não têm prejuízos financeiros com o Campeonato Mineiro.
– Já conversou com o governador Antônio Anastasia para que seja feita uma reforma no hotel do Mineirinho, onde os clubes do interior poderiam se hospedar quando vierem jogar em Belo Horizonte e cidades vizinhas, por um custo muito mais baixo do que pagam atualmente.
– Valorizar as Ligas e os clubes amadores, que pagam altas taxas à FMF para manter as suas atividades e disputar campeonatos. Ele defende a não cobrança de taxa alguma do futebol amador.
Paulo César Freitas finalizou dizendo que dentro de alguns dias apresentará documento à imprensa, clubes e Ligas com as suas propostas.
Está confiante no sucesso da sua candidatura, que aproveita o relacionamento político e pessoal que adquiriu como deputado estadual por dois mandatos, como presidente do PDT de Minas e como prefeito em três oportunidades de Nova Serrana, onde afirma, que o esporte é marcado por duas eras: antes e depois de suas administrações.
Paulo César de Freitas em foto do blog www.silvanalves.com.br em entrevista ao Silvan.
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