* Os três candidatos já declarados à presidência da Federação Mineira de Futebol deveriam assumir como prioridade número um: ampla discussão sobre os rumos do nosso futebol. Já passamos da hora de mudar a fórmula de disputa do campeonato estadual; a FMF nunca teve um programa de apoio ou revitalização dos clubes do interior. Tudo sempre gira em torno de Atlético e Cruzeiro, que na verdade são os que mandam na entidade, tradicionalmente.
No fim de cada Campeonato dá o de sempre: os dois decidindo. Mas o pior não é isso, já que a superioridade deles lhes garante presença nas finais. O grande problema é que os clubes do interior que antigamente revelavam bons jogadores, não têm mais esta condição. Nem tanto por culpa da Lei Pelé, que beneficia os empresários do setor, mas porque o calendário é perverso. A maioria só joga durante três meses durante o ano e fecha as portas, só reabrindo na véspera da temporada do ano seguinte. O medo de ser rebaixado os obriga a contratar veteranos que lhes garantam a permanência na primeira ou segunda divisão. Sem revelar jogadores não têm como ganhar dinheiro com jogadores da base, que antes eram uma das principais fontes de sustentação deles.
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Atrativos de menos
Sem apresentar novidades dentro das quatro linhas os clubes do interior não atraem torcedores nem aos seus próprios estádios.
A Globo paga R$ 5 milhões ao Atlético e ao Cruzeiro; R$ 1 milhão ao América e R$ 300 mil aos coadjuvantes do interior. Uma ciranda que se repete a cada ano, com média de público pagante cada vez menor, entediante.
Fórmula ultrapassada, decadente e sem perspectivas positivas.
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Momento certo
A luz no fim do túnel é que a audiência do futebol está caindo em todo o país; a Globo está incomodada com a situação, e quer mudanças.
O próximo presidente da FMF entrará com a faca e o queijo nas mãos e, se quiser, poderá fazer as mudanças que o nosso futebol precisa. Óbvio, que, dialogando muito, com os clubes do interior, as partes sérias do setor e com quem dá palavra final: Atlético, Cruzeiro e a Globo.
* Notas em minha coluna de hoje no jornal O Tempo, nas bancas!
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E como o golpe militar de 1964 completa hoje 50 anos, essa charge do Duke, no Super Notícia, precisa ser repassada:
É como disse a então candidata a presidente, Dilma Roussef: “prefiro as vozes críticas ao silêncio da ditadura”.
E no poder ela cumpriu o que prometeu, de não apoiar iniciativas de uma ala petista, que queria impor o controle sobre conteúdo dos meios de comunicação.
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