No Brasil, as camisas de futebol passaram a custar os olhos da cara dos anos 1990 para cá e nunca consegui entender o motivo de grande parte dos brasileiros fazer até sacrifícios pessoais para ter uma camisa do time para o qual torce ou seleção brasileira. Foge à razão e as empresas que dominam o mercado enfiam a mão no bolso, cada vez mais, sem dó.
A paixão cega faz com que o torcedor pague qualquer preço.
Mais incrível é que a camisa da seleção brasileira é a mais cara e a maioria dos jogadores atua fora do país!
Fazer o quê? Afinal de contas, como diz o ditado, “enquanto existir cavalo São Jorge não anda à pé!”.
Os clubes mudam os modelos todos os anos e nem se importam se as fornecedoras descaracterizam totalmente as tradições da instituição.
O que importa é a venda e o torcedor quer a “camisa nova”, paga e não chora!
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Interessante essa reportagem do Uol, hoje:
* “Nenhum torcedor paga tanto para se vestir sua camisa quanto o brasileiro”
Em nenhum lugar do mundo vestir a camisa que a seleção nacional vai usar na Copa do Mundo pesa tanto no bolso quanto no Brasil. No país, o preço desse artigo representa 16% da renda média mensal de um trabalhador – a camisa é vendida a R$ 349,90, enquanto o salário médio, de acordo com o Banco Mundial, é de R$ 2.177,00. A Nike justifica o preço com o argumento que há muita tecnologia embutida no tecido e que existe uma versão mais barata, de R$ 229, mas essa não é a usada pelos jogadores no Mundial.
O preço da camisa oficial é 75% maior que a do Corinthians, também feita pela Nike, e uma das mais caros do país pela popularidade do time. Mas isso se o consumidor optar pela versão sem o nome e o número estampado nas costas, a chamada personalização. Caso queira este serviço o torcedor precisa desembolsar R$ 34,80 adicionais. O preço final fica em R$ 384,70.
É quase o suficiente para comprar a camisa titular e a reserva de times tradicionais como São Paulo, Vasco, Cruzeiro e Internacional. E a camisa do Brasil nem é aquele com maior preço na etiqueta. Levando em conta a versão sem personalização e fazendo a conversão com a cotação do Banco Central, Portugal e França apresentam os maiores valores do mundo.
Um ponto curioso é que as camisas de valores mais altos e citadas na matéria são todas da Nike. As principais concorrentes, Puma e Adidas, cobram cerca de R$ 100 a menos. Caso da camisa alemã (Adidas) que custa o equivalente a R$ 234 (74,95 euros). A da Itália (Puma) sai R$ 246 (79 euros).
A Nike justificou que o valor reflete a tecnologia empregada no tecido. Informou que o material foi desenvolvido após pesquisas e feito para regular a ventilação e a temperatura do corpo. Acrescentou os estudos aumentaram a resistência e a elasticidade da camisa para facilitar a movimentação e o aumentar o conforto. Por fim, a empresa lembra que existe outra versão por R$ 229,90 chamada de versão do torcedor, que por não contar com as soluções criadas com os testes é mais barata.
A reportagem completa está no:
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