Finalmente o nosso maior clássico saiu do 0 a 0 depois de quatro confrontos. Mas certamente essa vitória do Galo não foi a melhor das últimas cinco partidas entre eles. Os dois times desfigurados: o Cruzeiro com apenas Fábio, da prateleira de cima, e o Atlético sem cinco dos seus melhores. Na “fritada dos ovos” a única coisa que fez lembrar o grande clássico entre eles foi a vestimenta: a Raposa de camisa azul, calção branco, meiões azuis; o Galo com a listrada, calção preto e meiões brancos.
Com o dia das mães (e felizmente tenho o privilégio de curtir a minha); jogo às 16 horas; como raramente faço, não fui ao estádio em um jogo desses. Vi pela TV! No gol do Cruzeiro, o companheiro Rogério Correia disse na Globo Sat que o Marcelo Moreno, “reserva dos reservas”, abriu o placar. Não entendo este atacante boliviano, artilheiro do Brasileiro, três gols em quatro rodadas como um “reserva dos reservas”. Com a camisa do Cruzeiro ele rende muito mais do que com as camisas dos outros grandes clubes brasileiros que já defendeu.
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Foi um jogo dos nervos à flor da pele como todos entre Atlético e Cruzeiro, mas razoável tecnicamente, onde os treinadores pensaram em não tomar gols e, quando possível, tentar marcar. Para o bem do futebol, especialmente de quem gosta de gols, felizmente o placar foi aberto quase no fim do primeiro tempo, aos 37, obrigando a Levir Culpi e Marcelo Oliveira a repensar suas estratégias.
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O equilíbrio foi repetido no segundo tempo com o Cruzeiro dando mostras de satisfeito com o resultado e o Atlético tentando sair da zona do rebaixamento. Também valia a promessa do zagueiro argentino Otamendi que não queria se despedir da massa atleticana sem vencer um clássico. Aos nove, Marion empatou, e entrou para a história do clássico.
– O futebol é cheio de surpresas e Mariom é um bom exemplo. Vi este moço jogando pelo Democrata de Sete Lagoas e não dava para imaginar que ele se inserisse na “prateleira de cima” do nosso futebol. Pois conseguiu, e que justiça seja feita a Paulo Autuori, estes créditos precisam ser transferidos ele e a quem o Atlético o informou.
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Felizmente o Campeonato Brasileiro não é uma semelhança do espanhol, italiano, inglês, português e outros; europeus, ou aonde dois ou três clubes são figuras carimbadas na final. O Botafogo deu de 6 a 0 no Criciúma; o Palmeiras ganhou fácil de 2 a 0 do Goiás; mas quem aposta que um deles brigará pelo título ou contra o rebaixamento deste campeonato?
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É muito importante que o América suba para a Série A 2015 por que Minas Gerais precisa disso. Não só o futebol, mas como afirmação de um estado; discriminado, sacaneado. A que a Copa 2014 mostra isso: aeroporto, infra, estradas, telefonia e até energia. Em tudo, a sede da Copa menos contemplada, apesar de ser uma das mais importantes.
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