Foi um passeio de bola no Parque do Sabiá com o Cruzeiro colocando o Flamengo no lugar que ele está fazendo por merecer com este elenco totalmente limitado. E Ney Franco quis jogar só na defensiva e se deu mal, como era de se prever. Ao pensar que poderia segurar a artilharia celeste com três volantes apenas marcadores, encarou a Raposa taticamente do jeito que o time do Marcelo Oliveira mais gosta, facilitando as tabelas e as jogadas em velocidade, fatais. Amaral, Márcio Araújo e Luiz Fernando marcam, mas não criam jogadas e nem sabem atacar. Aos quinze e aos 18 minutos Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro balançaram as redes em gols de bela feitura, trabalhados. Parecia que teríamos uma goleada histórica logo no primeiro tempo, mas o time diminuiu o ritmo e só voltou a jogar com intensidade novamente a partir dos 35, e aos 45 Borges marcou o terceiro, que prevaleceria também no segundo tempo, quando os dois times deram a impressão de estar satisfeitos com o placar. O Flamengo sem qualidade técnica para esboçar qualquer reação, amargando o penúltimo lugar na classificação; o Cruzeiro líder isolado.
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A tristeza estampada no rosto do goleiro Giovanni, sentado no gramado, após o segundo gol do São Paulo definiu bem o que foi a derrota do Atlético no Morumbi. O goleiro e o time fizeram um bom jogo e o empate refletiria bem o que foram os quase 100 minutos de partida. Mas o frango engolido pelo reserva do Victor fez diferença já que foi momentos antes do apito final do árbitro, sem tempo para reação.
Erros de goleiros provocam estragos maiores que dos demais jogadores, em qualquer time, mas acontecem com todos. Matheus que vem se destacando no gol do América falhou duas vezes na derrota para o Náutico, em Muriaé, mas o time jogou muito abaixo do vem jogando neste Brasileiro. Duas derrotas consecutivas, preocupantes, que precisam ser bem avaliadas pela diretoria e comissão técnica, conjuntamente.
Apesar do incômodo pessoal e a tristeza dos torcedores, os bons goleiros têm crédito com seus respectivos clubes. Todo goleiro, por melhor que seja, engolirá frangos em sua carreira, proporcionando estragos de tamanhos diversos. Giovanni e Matheus são jovens, não podem se abater. Fábio é mais experiente, já superou situações mais adversas. E todos têm a solidariedade dos companheiros.
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O ano está sendo trágico para a imprensa e o futebol, com mortes que nos chatearam muito. Sábado foi o Maurício Torres, 43 anos, apresentador da Record, grande profissional.
Ontem, Marinho Chagas, 62, lateral da seleção na Copa de 1974. Na semana anterior foi o Washington, 54, ex-Fluminense. Antes, o Luciano do Valle.
Em Minas, perdemos o Márcio Caio, 61, craque de futsal do Olympico Club nos anos 1980.
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Marinho, em ação na Copa de 1974
e nos tempos atuais.
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