Não perdi tempo em assistir a mais uma entrevista de Felipão e turma, mas pelo que os companheiros estão dizendo no twitter não mudou nada em relação a ontem e continua com a mesma postura.
Para aqueles que sonham com mudança a partir desses 7 a 1, lamento dizer que nada mudará porque o comando da CBF continuará o mesmo, com a conivência dos clubes, inclusive os nossos.
Claro que Scolari, Parreira e cia. vão embora, mas os sucessores deles serão da mesma patota, da mesma linha, pois foram uma “confraria”. Se ajudam, trocam informações, e mesmo quando não gostam um do outro, fazem o jogo das aparências, visando benefícios mútuos futuros.
O torcedor brasileiro, principalmente aquele afastado dos estádios em função do preço dos ingressos, foi o que mais sofreu com os 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil, e continuará sofrendo. A maioria endinheirada que esteve nos estádios durante a Copa passou uma raiva momentânea, mas não está nem aí, por ser apenas simpatizante do futebol, feliz de estar naquela festa mundial. Os jogadores saíram cabisbaixos, xingados, mas quase todos jogam em grandes clubes da Europa, estão milionários e a dor passa rápido. Além de serem os menos culpados desse vexame histórico. Os dirigentes, nem aí. A cartorial eleição da CBF já aconteceu, com a cumplicidade dos clubes. Marín sai da presidência, vira vice e o Del Nero, atual vice, vira presidente. Nenhum deles preocupado com nada porque seus bolsos estão cheios e seus poderes intocados. Foram eles que ressuscitaram Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira, que aprontaram toda a lambança que resultou nos merecidos 7 a 1.
De todas as entrevistas pós-goleada a mais hipócrita foi justamente do Felipão, numa desfaçatez inacreditável.
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Falou o óbvio, que é o maior culpado, mas não assumiu que a preparação da seleção foi uma farsa, em clima de feira comercial para saciar aos patrocinadores e parceiros dele, da CBF e alguns jogadores, como Neymar, por exemplo, com a cumplicidade de parte da grande mídia, cujos parceiros comerciais são quase os mesmos. O pobre torcedor arrasado, mas os responsáveis pelo vexame, realizados comercialmente.
Nada por acaso
Neymar o garoto propaganda número 1, seguido pelo treinador, que aproveitou a nova oportunidade no cargo apenas para acabar de se enriquecer. Nem aí para treinos, táticas e concentração na disputa. Ontem, a turma da Globo, “emissora oficial”, dizia não saber explicar o que aconteceu no Mineirão. Ora, ora! Simples: enquanto a Alemanha treinava no isolamento do Sul da Bahia, a seleção de Felipão ficava no oba-oba da Granja Comary.
A maioria dos ex-jogadores e ex-treinadores travestidos de comentaristas não põe o dedo na ferida para não arranhar relações com antigos ou possíveis futuros colegas em algum clube ou mesmo na seleção. Mas há alguns sinceros, como o ex-jogador Zé Elias, que disse no ESPN: a seleção não tinha posicionamento em campo nem opções táticas. Um grupo de ótimos jogadores, mas um amontoado, sem orientação, sem comando; preparação mal feita.
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