Jorge Barraza é um conceituado jornalista argentino que escreve sobre o futebol mundial, principalmente sobre os clubes da América do Sul. Tive o prazer de receber os seguintes questionamentos dele: “. . . Estou fazendo uma matéria sobre o futebol brasileiro. Eu vejo que esta abaixo, não é a potencia de outros tempos, não há tantos jogadores craques; a seleção está em reconstrução, os clubes não têm a potência de outras épocas. Inclusive o jeito de jogar dos clubes e da seleção não é o de antes, que eram máquinas de jogar. Em sua opinião, o que está se passando…? Onde estão as falhas? Por que não aparecem grandes craques como antes? Uma opinião o mais breve possível, seis linhas. Pode ser?”
Claro que sim e com o maior prazer respondi ao Jorge o que penso, apesar do espaço pequeno para falar do que entendo como as causas destes problemas.
Para mim a falta de craques em grande quantidade nos clubes brasileiros segue o mesmo problema vivido pela Argentina: os jogadores são levados cada vez mais jovens pelos empresários para o exterior, Europa principalmente.
A maioria dos grandes clubes passa por crises administrativas, em função de gestões incompetentes e ou suspeitas.
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Respondi ao colega argentino também que o futebol mineiro é exceção, já que Atlético e Cruzeiro, com diretorias sérias, dominam o futebol brasileiro por dois anos consecutivos, mesmo arrecadando muito menos em direitos de TV e publicidade do que os concorrentes do Rio e São Paulo. A seleção brasileira retrocedeu ao apostar novamente em Felipão, um técnico ultrapassado.
Que Mano Menezes foi demitido da seleção justamente quando estava acertando o time para a Copa, apesar de ter perdido a Medalha de Ouro em Londres. Para piorar, depois do vexame no Mundial e os 7 a 1 para a Alemanha, a CBF, que já não tem credibilidade com o torcedor brasileiro, aposta novamente em Dunga, quando tinha opções infinitamente melhores. Dentre elas, a melhor teria sido o Marcelo Oliveira, do Cruzeiro, maior novidade entre os treinadores brasileiros depois do Telê Santana. Marcelo sim, faria a seleção voltar a jogar um futebol bonito, ofensivo e produtivo, além de ser alguém insuspeito. É o que penso!
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E por falar nos argentinos o San Lorenzo passou apertado, mas passou, ontem, na prorrogação, pelo Auckland City da Nova Zelândia e vai decidir o Mundial de Clubes no Marrocos, sábado, 17h30, com o Real Madri.
Quero ver se o simpático Francisco faz milagres mesmo!
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