A primeira vez que vi uma cerca sobre muros dessas foi nos filmes de guerra, nos campos de concentração. Ao vivo, presencialmente, foi em Johanesburgo, na África do Sul, durante a Copa das Confederações em 2009. Na época pensei: deve ser difícil viver numa cidade assim, sem segurança, onde até Shopping Center é obrigado a fechar as portas às 18 horas por questões de segurança.
Meses depois vi dessas primeiras cercas medonhas em residências de Belo Horizonte. Mais meses, em Sete Lagoas. Hoje, até em Conceição do Mato Dentro e cidades menores ainda, Minas e Brasil afora. Fiquei sabendo depois que se chamam “consertinas”. Certamente o Brasil deve ter hoje o dobro ou o triplo da África do Sul.
Mais as câmeras de segurança, policiais particulares armados, cães e etecetera, etecetera, etecetera, como se isso resolvesse os problemas da segurança pública.
Um país onde os governantes preferem investir em cadeias, penitenciárias e aparatos físicos de segurança do que em educação, do fundamental ao superior.
E nenhum governante nem partido político, à exceção do saudoso Leonel Brizola foi ou é diferente.
É lamentável, mas é verdadade!
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