Os primeiros jogos da temporada para os maiores clubes são de observações das comissões técnicas e afinamento dos times. Os menores dão tudo que têm, especialmente porque a maioria joga apenas nessa época do ano e o calendário consta de apenas três meses de atividades. Nos campeonatos estaduais estão as esperanças da maioria dos jogadores de futebol do Brasil, que ganham uma mixaria e estão no início ou no fim das carreiras. É o momento de aparecer e cavar um contrato em um clube grande ou de faturar um dinheiro de “saideira” e pendurar as chuteiras daqui a pouco tempo.
Com o calor danado que estava fazendo no Horto, o Atlético jogou para o gasto contra o Tupi e apesar disso desperdiçou várias oportunidades. Fez 2 a 0, aos seis e aos 18 minutos do primeiro tempo e tirou o pé. Passou a jogar em ritmo de treino, até com uma certa displicência, mas garantindo os três pontos e a primeira vitória em jogo oficial em 2015. O jogo contra o Shakhtar Donetsk foi muito melhor, apesar de amistoso.
Dátolo, além do gol, fez uma grande partida. Lucas Pratto mostrou de novo que é artilheiro de faro apurado e vai conquistando a confiança geral. Dois jogos, dois gols!
No estadual quem mais sofre é a arbitragem, que não conta com a tolerância de nenhum clube e nem da imprensa. Apitadores e auxiliadores são humanos e erram como qualquer jogador, treinador ou jornalista e radialista. Não é difícil diferenciar um erro de verdade de um erro suspeito, mas o pau come solto no lombo dos coitados em qualquer situação.
Já estava 2 a 0 e o jogo praticamente definido quando o Aurélio Fazekas Ferreira deixou de apitar um pênalti claro a favor do Atlético. A posição na qual ele estava o impediu de ver o zagueiro cortando a trajetória da bola com a mão, intencionalmente, dentro da pequena área do Tupi. O bandeira Márcio Eustáquio Santiago em situação idêntica, também não alertou ao árbitro.
Só mesmo pela repetição do lance na TV, no conforto de uma cabine ou de um sofá para algum comentarista ou torcedor ter certeza que foi pênalti, mas nem assim houve complacência com o do apito e bandeirinha. Pau neles! Faz parte. Não deveria, mas sempre foi e sempre será assim no futebol.
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Rodrigão fez um belíssimo 1 a 0 contra o Cruzeiro, que valeu o ingresso em Governador Valadares. Eram 13 minutos de jogo e o time do Marcelo Oliveira ainda não tinha acordado para a partida. Só dava Democrata até o momento em que enviei esta coluna, aos 30 do primeiro tempo. Mais cedo América e Guarani ficaram no 0 a 0 em Divinópolis, cada time com mais preguiça que o outro, certamente por causa do calor que fazia também no Farião.
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