Não acredito que a perda do Campeonato Mineiro derrube nem Marcelo Oliveira nem Levir Culpi. Em caso de acúmulo com a eliminação da Libertadores, sei lá! No futebol não se pode duvidar de nada, inclusive de um ou outro jogar a toalha, já que são bem resolvidos financeiramente e não são desses que ficam segurando o emprego, rezando para a bola entrar no gol adversário para que o patrão de momento não os demita.
O jornal O Tempo e o Super FC fizeram uma avaliação interessante sobre a situação dos dois, em reportagem do Diego Costa e Josias Pereira:
* “Clássico: treinadores lidam com erros para colocar times no prumo”
Marcelo Oliveira, no Cruzeiro, e Levir Culpi, no Galo, foram criticados pelos reveres na Libertadores
@SUPER_FC
Os técnicos Levir Culpi e Marcelo Oliveira terminaram 2014 em alta pelo bom futebol apresentado por seus respectivos comandados. O início da atual temporada, no entanto, não está fácil para os maestros, que têm desafinado em 2015.
Tanto Marcelo quanto Levir tiveram um meio de semana para esquecer. Na Argentina, o treinador estrelado apostou em um esquema tático com três volantes e foi presa fácil para o Huracán, que venceu por 3 a 1. Já Levir foi muito criticado pelos torcedores por ter sacado o atacante Lucas Pratto, quando o Galo estava perdendo para o Atlas-MEX por 1a 0. E os erros – na visão dos próprios torcedores –, estão longe de se tratar de fatos isolados nesta temporada.
Na Raposa, o esquema tático é um dos grandes dilemas de Marcelo. Acostumado a ter dois armadores desde 2013 (Ricardo Goulart e Everton Ribeiro), ele conta agora apenas com Arrascaeta. Em Buenos Aires, o treinador apostou em um esquema com uma trinca de volantes formada por Willian Farias, Henrique e Willians. O primeiro deles, não é titular e está longe de ser um atleta querido pelos cruzeirenses.
“A gente jogou com três volantes. Se eu falar que acho melhor jogar assim, não gosto. Prefiro jogar centralizado, como primeiro volante. Sou jogador de marcação, mas o que o professor tiver em mente, vou acatar e fazer para ajudar o Cruzeiro”, disse Willians se referindo ao esquema adotado por Marcelo Oliveira.
No Galo, a saída de Lucas Pratto do jogo contra o Atlas foi considerado um equívoco pelos torcedores, que não perdoaram o treinador. Após o jogo, Levir explicou que a decisão foi essencialmente tática, pois queria mais movimentação.
Outro argentino, Dátolo também tem rendido críticas ao treinador, que insiste na utilização do meia. Em Guadalajara, ele teve atuação apagada, mas esteve em campo boa parte do duelo. O próprio camisa 10 admite que está devendo. “Sei que tenho que melhorar muito, Mas também fiquei um mês sem jogar. Acredito que irei voltar ao meu nível no meu tempo”, destacou.
No domingo, ambos brigarão por preciosos pontos com os exigentes torcedores. Vencer o rival e chegar à final do Campeonato Mineiro acalmará, por ora, os ânimos dos palpiteiros.
» Comentar