Pratto, em foto do Mourão Panda/Gazeta Press, não conseguiu espaços na defesa da Caldense.
* O primeiro jogo da final do Mineiro foi uma saborosa volta ao tempo: Mineirão lotado (inclusive com a parte nobre, em frente à tribuna de imprensa) e festa das torcidas, sem confusões. Até o acesso ao estádio foi uma volta ao tempo, porém pelo lado ruim, com tráfego caótico. É só o público passar das 20 mil pessoas que dá nisso. E imaginar prometeram que a Copa do Mundo deixaria pelo menos este “legado” para todos nós! Conversa fiada. Também à moda antiga, uma frase que há muito não se ouvia no rádio: “Primeira parcial de público, 27.500 pagantes”, gritava o Mário Caixa pela Itatiaia. Público final: 53.772, o maior do país este ano até agora. O Atlético fez um acordo com o Consórcio Minas Arena, que proporcionou ingressos a valores decentes: R$ 30 e R$ 60. O Mineirão está doido para que o Galo volte a jogar lá com maior frequência; a torcida também quer, e as negociações estão chegando perto daquilo que o clube vem brigando desde os tempos do Alexandre Kalil presidente.
Continua a absurda proibição de se estacionar nas vias ao lado do estádio. Mais um legado nefasto da Copa e do edital que entregou ao Mineirão às empreiteiras que o reformaram: é preciso arrecadar e quem quiser que pague os R$ 30 cobrados pelo estacionamento. Para ocupar as 2.925 vagas disponibilizadas pelo consórcio dono.
O jogo foi muito abaixo das expectativas, frustrante, principalmente por causa do empurrão da torcida que compareceu em peso. Muito estudado e cadenciado. O Atlético foi deixando o tempo passar acreditando que o gol sairia “naturalmente”. A Caldense bem postada, porém sem optar pela retranca. Teve as duas primeiras boas oportunidades do jogo com Nadson e Luiz Eduardo.
Não é à toa que a Caldense é o único time invicto do campeonato e o goleiro Rodrigo está há oito jogos sem tomar gols. Aos 37 anos de idade Léo Condé vai pavimentando o seu caminho para chegar à prateleira de cima dos treinadores do futebol brasileiro. Estudioso, porém adepto da simplicidade, com esta campanha, já entrou para a história do Mineiro, independentemente de ser campeão ou não.
Mesmo com uma formação ofensiva o Atlético foi um time apático, longe do time aguerrido dos jogos anteriores, contra o Colo-Colo e Cruzeiro, quando todos os jogadores atuaram bem. Neste 0 a 0 ninguém se destacou positivamente. Para variar, Guilherme teve um problema físico, agora na coxa, e foi substituído no intervalo por Thiago Ribeiro.
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Tempo positivo
Se por um lado reclama de estar fora da final do estadual o Cruzeiro agradece o tempo para recuperar jogadores e treinar para as batalhas contra o São Paulo pelas oitavas de final da Libertadores. Um tempo considerável, que também será desfrutado pelo adversário, que assiste Palmeiras x Santos pela final paulista.
Diferente da situação de Atlético e Inter.
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* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã no jornal O Tempo, nas bancas!
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