Fala-se tanto em melhorar o futebol brasileiro, incontáveis promessas de mudanças são feitas, mas tudo continua mais do mesmo. O filet nacional, Brasileirão, começou neste fim de semana como sempre começa: nenhuma programação especial, nenhuma abertura glamourosa e vários times reservas em campo. A maioria dos estádios vazios, mas apesar disso, também alguns grandes jogos. Atlético e Palmeiras parecia jogo decisivo, que na realidade foi mesmo, já que estes pontos perdidos por ambos e o pontinho conquistado, farão diferença nas rodadas finais, quando os times estarão brigando pelo título, por uma vaga na Libertadores ou Sul-americana, ou contra o rebaixamento. Por pontos corridos, todo jogo é importante e pensando nisso o São Paulo jogou completo em casa contra o Flamengo e faturou os três pontos. Levir Culpi e Marcelo Oliveira preferiram preservar seus titulares. Surpreendentemente os reservas do Atlético fizeram um ótimo jogo contra o completo Palmeiras. Não fosse o exagero do árbitro em dar absurdos cinco minutos de acréscimos o Galo teria voltado vitorioso da capital paulista. Com Vitor, único titular, difícil acreditar que este mesmo time que decepcionou a torcida no início do Campeonato Mineiro e Libertadores tenha jogado tanta bola contra um Palmeiras empolgado e empurrado por sua torcida.
Foi um jogo muito bom, pegado; dois times buscando a vitória. Oswaldo de Oliveira não esperava a postura tão agressiva adotada pelo Levir Culpi e o resultado foi uma partida dessas de prender a atenção durante todo o tempo, em que tudo poderia acontecer. O placar passou sabor amargo para os atleticanos que já comemoravam vitória, mas o Palmeiras fez por onde.
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Cruzeiro e Corinthians estavam com a cabeça apenas na Libertadores da América e fizeram um jogo modorrento, preguiçoso também sem os seus principais jogadores. O time paulista, mais encorpado, com alguns jogadores que decidem, como Danilo e Emerson Sheik. Preocupante para o mundo azul é que o time “alternativo” escalado por Marcelo Oliveira não rende tanto quanto o considerado titular. Outro motivo de preocupação para a diretoria, Marcelo Oliveira e consequentemente a torcida do Cruzeiro foi a reação do time depois que tomou o gol, aos 35 minutos do segundo tempo: frio, burocrático, sem esboçar reação à altura. Totalmente diferente do Palmeiras, que partiu feito um louco pra cima do Atlético e empatou.
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Em que pese ter sido em casa o empate do América não pode ser considerado um mau resultado. Fez um primeiro tempo ruim, mas reagiu e foi melhor no segundo. O Bahia tem um time formado há mais tempo, além de bem mais experiente. A tendência é que os comandados do Givanildo cresçam de produção.
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