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Um cão danado, todos a ele! Velhos “amigos” abandonam Marin

Está nesta reportagem do jornal Lance! Até outro dia José Maria Marin era bajulado por quem agora não quer nem saber de chegar perto. Interessante é que o advogado da Confederação Sul-americana de Futebol é um espanhol, filho do presidente da federação espanhola. Como diz o grande José Luiz Gontijo: “ação entre amigos”.

* “Conmebol tenta se desvincular de Marin e diz que não ajuda na defesa”

Quase quatro meses depois de conferir a José Maria Marin o título de membro honorário, a Conmebol não quer nem saber de manter um vínculo público com o ex-presidente da CBF, banido temporariamente do futebol após ser preso na Suíça, sob acusação de ter participado de um esquema de recebimento de propina.

Apesar de ter decidido em Zurique que iria prestar, ao menos, assessoria jurídica ao dirigente brasileiro, o diretor geral da Conmebol, Gorka Villar, garante que não há envolvimento algum na defesa de Marin. O mesmo vale para os outros dois detidos, o uruguaio Eugenio Figueredo, agora ex-vice-presidente da Fifa, e o venezuelano Rafael Esquível, que deixou de ser vice da entidade sul-americana.

– Eu sou diretor da Conmebol, advogado de formação, mas não sou o responsável por defender Esquível, Marin ou Figueredo. Eu estava na delegação em Zurique, mas não me envolvi. A Conmebol também não é a responsável por defender qualquer um dos três – disse

Villar, que é espanhol e filho do presidente da Federação Espanhola (José Maria Villar, que também é vice-presidente da Fifa), ressalta ainda que a entidade tampouco tem conhecimento da identidade dos advogados suíços que têm a missão de cuidar dos três casos.

– As informações que tivemos é que, como o caso está acontecendo na suíça, eles procuraram advogados suíços. Foram vários nomes. Fizeram contatos diferentes, mas a Conmebol não foi informada sobre quem são – comentou.

Villar evita descrever como serão os procedimentos da Conmebol para arrumar a casa após a prisão de três cartolas e a exposição de esquemas de corrupção envolvendo ex-presidentes da entidade:

– Prefiro não fazer comentários sobre isso. Esse assunto acabou na sexta-feira. No sábado, tivemos um dia importante. A reunião do Comitê Executivo manteve as quatro vagas e meia da América do Sul na Copa do Mundo. Foi muito importante isso.

Há quatro meses, no evento em que foi homenageado, José Maria Marin ouviu da boca do presidente da Federação Chilena, Sergio Jadue, que era “exemplo de tenacidade e integridade e um dos grandes promotores da unidade dentro da Conmebol”. Hoje, o pessoal quer distância.

Preso, Marin perdeu jantar de gala e assistente pessoal

Ao ser detido na manhã de quarta-feira, em Zurique, Marin perdeu uma das regalias que teria ao ter se mantido como dirigente da Conmebol: o jantar de gala da entidade, que ocorreu, sem os mesmos glamour e animação previstos. Segundo o L! apurou, Marin estava em Zurique acompanhado da esposa, Dona Neusa, como costuma acontecer em eventos importantes.

Além de perder o convívio social, Marin perdeu a companhia do fiel escudeiro, Alexandre Silveira – que é faz-tudo da cúpula da CBF desde a época de Ricardo Teixeira. Em viagens internacionais, Alexandre vira secretário, carregador de mala (ou pasta) e até assessor de imprensa.

Foi Alexandre quem avisou ao restante da delegação brasileira em Zurique (os presidentes da Federação Cearense, Mauro Carmélio, e da Federação Goiana, André Pitta) que Marin havia sido preso pela polícia suíça. Os dirigentes ficaram em hoteis separados.

Alexandre voltou ao Brasil na quinta-feira, com Marco Polo Del Nero, que voltou ao Rio com o argumento de que precisava resolver do Brasil os problemas enfrentados pela CBF.

Leia mais no LANCENET! http://www.lancenet.com.br/selecao/Conmebol-desvincular-Marin-ajuda-defesa_0_1367263390.html#ixzz3boCpYcVO


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Comentários:
9
  • Adilson Chaves - Bairro Eldorado - Contagem-MG disse:

    Bom dia, Chico!
    O Brasil está num verdadeiro mar de lama, tanto na política quanto no futebol.
    Me mande um abraço quando você for no programa do José Lino.
    Obrigado, saúde e paz.

  • Clóvis Fagundes disse:

    Se existe essa relação Marin/Kalil, só pode ser em busca de dividendos particulares, porque é histórico os favorecimentos a adversários do Galo. Enquanto isso, nosso rival sempre aderiu e associou ao que estes cartolas pregam e ganha muitos títulos duvidosos, inclusive por Fax.

  • Artur F. disse:

    Em lua de mel com a CBF, Kalil critica suposta perseguição a Marin: “É covardia”

    http://placar.abril.com.br/materia/em-lua-de-mel-com-a-cbf-alexandre-kalil-critica-suposta-perseguicao-a-marin-e-covardia/

    • Alisson Sol disse:

      Não se pode deixar a amizade do Sr. Kalil com o Sr. Marin, flagrado no ato, nublar o fato de que ele falou duas verdades:
      1) O Brasil perdeu mesmo a chance de punir aqueles que abusaram no período da ditadura militar.
      2) O Brasil tem mesmo esta mania de punir “o primo do tio do amigo do sobrinho”…

      Fica parecendo que cumprir a ordem para torturar alguém é o mesmo ou mais grave do que fazer saques ou depósitos de dinheiro de corrupto! O coronel fica solto, e prende-se a secretária! E o Brasil continua afrontando a lógica. É por estas e outras que já escutei e li asneiras como “a solução para o Brasil é a volta dos militares ao poder”. E, se insistirem muito, eles voltam, sem medo de repetir os erros, pois a impunidade é garantida.

  • Alisson Sol disse:

    Tem gente que deve achar que a sombra o segue com alguma má intenção…

    O NY Times publicou muito claramente semana passada como esta investigação começou: o Sr. Chuck Blazer, que era o “número 2” do futebol nos EUA tinha um estilo de vida “teatral” (vida boa, parecendo juiz brasileiro com os bens do Eike Batista). Alguém do imposto de renda decidiu fazer uma inspeção nas declarações de imposto de renda. Descobriu porque ele não havia criado nenhum alerta: o sujeito já não declarava imposto de renda há 6 anos (link). Daí, ele fez um acordo, e saiu denunciando outras pessoas e empresas que sonegavam impostos nos EUA.

    Não há qualquer pré-disposição dos EUA a atacar a FIFA, tomar conta da FIFA, etc. Simplesmente estão atrás de alguém similar ao Al Capone e seus comparsas. Acho até que, se outros países não “ajudarem”, a FIFA vai acabar escapando mais uma vez: ano que vem é ano de eleição nos EUA, o país vai novamente se voltar ao problemas internos, e no usual “ciclo de notícias”, o assunto morre.

  • Thales Rosa disse:

    V A G A B U N D O de marca maior esse Marin…

  • Luciano disse:

    Chico, não há amizades nesse meio. Há interesses e conveniências.

  • Paulo Afonso disse:

    Os norte-americanos nunca foram bonzinhos… Claro que os motivos não são os explicados… Eles não resolveram moralizar a FIFA… Acho que eles querem é se apoderar da FIFA… Quanto ao advogado e presidente da CBF Marco Polo Del Nero, por acaso a constituição brasileira é muito clara no que tange à extradição de brasileiros natos, vedando explicitamente a sua concessão… Por isto ele não mentiu em sua entrevista ao dizer que não temia ser preso…

  • Alessandro disse:

    Caro Chico, bom dia
    então o que dizer das frases do homem forte da Globo Esporte: “2015 vai entrar para a história do futebol brasileiro como um grande ano, o ano em que José Maria Marin passou o bastão ao presidente Marco Polo Del Nero”, disse Campos Pinto. De fato!

    Não satisfeito, acrescentou, emocionado, a Marin: “O senhor escreveu o seu nome na história do futebol brasileiro, tendo sucedido um outro grande presidente, que foi o Ricardo Teixeira”.
    Um abraço
    Alessandro